Dificuldades na expansão de chips impactam empregados da Intel nos EUA

Intel anuncia cortes de milhares de empregos nos EUA devido às dificuldades de ampliar sua produção de semicondutores, afetando sua estratégia de mercado
Atualizado há 10 horas atrás
Dificuldades na expansão de chips impactam empregados da Intel nos EUA
Intel corta milhares de empregos nos EUA, impactando sua produção de semicondutores. (Imagem/Reprodução: Wccftech)
Resumo da notícia
    • A Intel planeja demitir aproximadamente 2.392 funcionários em sua fábrica no Oregon, maior que o previsto anteriormente.
    • Os cortes acontecem em meio a uma baixa na expectativa de crescimento na produção doméstica de chips.
    • As mudanças podem impactar a competitividade da empresa no mercado global de semicondutores.
    • Esta reestruturação visa reduzir custos e reforçar sua presença no mercado nacional e internacional.
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Os ambiciosos planos da Intel para a fabricação de semicondutores nos Estados Unidos estão enfrentando dificuldades significativas. Um relatório recente indica que a empresa planeja um volume de demissões na Intel em Oregon cerca de cinco vezes maior do que o inicialmente previsto. Essa situação levanta questionamentos sobre a capacidade da empresa de consolidar sua posição na produção doméstica de chips.

Mudanças Estratégicas e as Layoffs na Intel em Oregon

A situação financeira da Intel tem sido desafiadora nos últimos trimestres, com a divisão de fundição não atingindo as expectativas. Diante desse cenário, o novo CEO, Lip-Bu Tan, está adotando medidas enérgicas para tentar estabilizar a empresa e recolocá-la em uma trajetória de crescimento.

Um aviso WARN, emitido por autoridades locais, revelou que a Intel pretende desligar 2.392 funcionários em sua unidade no Oregon. Esse número é notavelmente superior aos 529 inicialmente reportados na semana anterior, confirmando que a reestruturação da empresa está em um ritmo mais intenso do que o esperado.

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A fábrica da Intel no Oregon representa um investimento de 64,84 bilhões de dólares e emprega mais de 23.000 pessoas. O fato de a empresa estar realizando cortes nesse local tão estratégico sugere uma necessidade urgente de readequação de custos e operações. As demissões, embora não afetem as operações no curto prazo, certamente impactarão a estratégia da Intel para futuras gerações de chips, como os nós 18A e 14A.

O mercado americano tem uma alta demanda por chips, impulsionada por iniciativas como a “Made in USA”, que atraíram outras gigantes como a TSMC para produzir semicondutores avançados no país. Apesar de sua longa história nos EUA e de ser uma das maiores beneficiárias do CHIPS Act, a Intel tem enfrentado dificuldades para atender a essa demanda. Isso indica problemas estruturais, especialmente em sua divisão de fundição.

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Embora os desligamentos no Oregon visem a reduzir as perdas operacionais, eles também refletem um certo ceticismo da Intel em relação ao seu negócio de semicondutores no momento. Enquanto outras empresas, como a NVIDIA, exploram novas tecnologias, e a TSMC capitaliza a demanda por novos processos, a Intel se vê em uma posição de desvantagem em um mercado crucial.

O próprio CEO da Intel já reconheceu que a empresa não está entre as dez maiores fabricantes de semicondutores globalmente. Recuperar o prestígio e a posição de liderança exigirá mais do que apenas injeções financeiras, demandando uma reavaliação profunda de suas estratégias e operações no setor de chips.

A jornada da Intel para retomar o protagonismo no setor de semicondutores continua desafiadora. A reestruturação e os cortes de pessoal no Oregon são passos importantes em sua busca por eficiência, mas o caminho para alcançar os concorrentes e atender às expectativas do mercado ainda parece longo e complexo.

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Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.