Dinheiro móvel atinge mais de 2 bilhões de contas no mundo

Dinheiro móvel ultrapassa 2 bilhões de contas, impulsionando inclusão financeira e economia global. Saiba mais sobre o crescimento.
Atualizado há 5 dias
Dinheiro móvel atinge mais de 2 bilhões de contas no mundo
Dinheiro móvel atinge 2 bilhões de contas, promovendo inclusão financeira global. (Imagem/Reprodução: Mobiletime)
Resumo da notícia
    • O dinheiro móvel já possui mais de 2 bilhões de contas cadastradas globalmente, com 500 milhões de usuários ativos mensais.
    • Você pode se beneficiar de soluções digitais mais acessíveis para pagamentos e transferências, especialmente em regiões sem bancos tradicionais.
    • O serviço contribuiu com US$ 720 bilhões para o PIB de países emergentes, impulsionando economias locais.
    • Na América Latina, apesar de um recuo no número de provedores, o engajamento dos usuários permanece alto, com 53 milhões de contas ativas.
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O dinheiro móvel já soma mais de 2 bilhões de contas cadastradas mundialmente e mais de 500 milhões de usuários ativos mensais, conforme relatório de 2025 da GSMA. Esse crescimento acelerou a inclusão financeira, especialmente em locais antes sem acesso a serviços bancários tradicionais, dobrando os números somente nos últimos cinco anos, enquanto o primeiro bilhão levou quase vinte anos para ser alcançado.

Expansão acelerada e números globais do dinheiro móvel

Em 2024, mais de 108 bilhões de transações foram realizadas por meio do dinheiro móvel, movimentando o equivalente a US$ 1,68 trilhão. Esses números representam um avanço anual de 20% no volume de operações e um aumento de 16% no montante financeiro movimentado no sistema. A crescente adesão reflete a popularização de soluções digitais para pagamentos e transferências.

Segundo o levantamento, a utilização desse meio de pagamento tem sido um combustível para a economia global. A estimativa é que a atividade gerada pelo dinheiro móvel tenha contribuído com US$ 720 bilhões para o PIB dos países onde está presente em 2023. Esse impacto mostra o quanto o serviço está integrado às economias desses mercados emergentes.

Somente na África Subsaariana, por exemplo, a contribuição para a economia alcançou US$ 190 bilhões em 2023. A região permanece como a principal adotante do serviço, especialmente no leste e oeste africano, onde o crescimento continua acelerado. Já no Leste Asiático e Pacífico, países como Camboja, Filipinas, Fiji e Vietnã também impulsionam a popularidade devido a regras regulatórias favoráveis.

A facilidade e a inclusão promovidas atraem novos usuários, contribuindo para expandir a base de clientes. Além disso, há uma transição para serviços financeiros digitais que ampliam o alcance entre comunidades rurais ou desbancarizadas.

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Evolução e mudanças no cenário do dinheiro móvel na América Latina

A quantidade de usuários e contas registradas no serviço de Dinheiro móvel na América Latina e Caribe recuou levemente em 2024. Isso ocorreu porque três plataformas encerraram atividades: na Bolívia, República Dominicana e México, reduzindo de 34 para 31 o total de provedores ativos na região. Apesar do recuo, o uso permanece significativo no cenário financeiro local.

Atualmente, mais de 53 milhões de contas continuam ativas por lá, com destaque para a taxa de atividade mensal, que bateu 32,1%, a maior registrada globalmente. Esse número ficou um pouco abaixo dos 36,5% vistos em 2023, mas revela o forte engajamento dos usuários que escolheram continuar utilizando as plataformas.

Mesmo com um mercado um pouco menor, a América Latina demonstra que seus clientes mantêm o hábito de usar a ferramenta com frequência e para diversas finalidades. O cenário contrasta com o crescimento na África e no leste asiático, onde o foco é a ampliação do número total de contas, enquanto na América Latina o ponto forte é a intensidade do uso.

Essa alta participação mensal indica que o dinheiro móvel ainda desempenha um papel relevante na rotina dos usuários latino-americanos, mesmo com o fechamento de serviços específicos. Além disso, abre espaço para que novas soluções ou fintechs possam preencher essas lacunas no futuro.

Ampliação dos serviços e desafios para superar desigualdades

O uso do dinheiro móvel não se limita mais a transferências e pagamentos simples. Em junho de 2024, o relatório apontou que 44% dos provedores também ofereciam linhas de crédito via celular. Outros 33% disponibilizavam contas de poupança integradas e cerca de 28% incluíam opções de seguro, ampliando assim as funcionalidades das plataformas.

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Entretanto, obstáculos ainda precisam ser enfrentados para ampliar o acesso, especialmente entre as mulheres. Em oito dos doze países analisados, ainda há uma diferença de gênero na posse dessas contas. Essa disparidade está muito ligada à falta de informação e baixa alfabetização financeira e digital.

Mesmo assim, quando as mulheres conseguem acesso, passam a usar o serviço com quase a mesma frequência que os homens. Por isso, quase 60% das operadoras investiram em projetos de educação financeira digital, com foco em aumentar as habilidades e melhorar o entendimento sobre a tecnologia e suas vantagens.

Essas iniciativas ajudam a reduzir a brecha digital e fomentar uma adoção mais igualitária, impactando positivamente não apenas o saldo das contas, mas estimulando o uso contínuo e a autonomia financeira para mais grupos sociais. Também proporcionam oportunidades para profissionais e pequenos comerciantes usarem o sistema em suas rotinas.

Um cenário global em constante movimento

Com a expansão do dinheiro móvel globalmente, o setor vem transformando comunidades sem acesso a bancos, dinamizando o comércio local e criando alternativas para movimentações financeiras. A África Subsaariana domina em termos de volume e crescimento, enquanto o Leste Asiático acelera com políticas mais abertas.

Na América Latina, a tendência é de consolidar os usuários ativos, mesmo com uma base um pouco menor, indicando fidelidade e engajamento significativos. Esse cenário promete impulsionar outras soluções financeiras digitais, fomentando mercados mais inclusivos diante de novos desafios regulatórios e econômicos.

Ainda que existam desafios como inclusão de mulheres e barreiras educacionais, o dinheiro móvel deve continuar desempenhando papel central na inclusão financeira e econômica em várias partes do mundo. Essa evolução constante coloca o setor como importante vetor para estimular diferentes setores da economia digital.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.