Diretora financeira da NVIDIA comenta desafios e expectativas sobre receita de chips AI na China

NVIDIA enfrenta desafios geopolíticos para receita de chips AI na China e projeta alta demanda por próxima geração de GPUs.
Diretora financeira da NVIDIA comenta desafios e expectativas sobre receita de chips AI na China
(Imagem/Reprodução: Wccftech)
Resumo da notícia
    • Diretora financeira da NVIDIA detalha desafios geopolíticos que impactam a receita da empresa com vendas de chips AI na China.
    • Você pode entender como tensões comerciais podem afetar a disponibilidade e expansão de tecnologias avançadas de IA no mercado.
    • O controle sobre a receita e a entrega dos chips influencia o crescimento financeiro e tecnológico da NVIDIA e sua presença global.
    • A empresa projeta necessidade energética alta para nova geração de chips, indicando avanço tecnológico e demanda no setor.
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A diretora financeira da NVIDIA, Colette Kress, abordou os desafios geopolíticos entre os EUA e a China que afetam o reconhecimento da receita da empresa. Ela também compartilhou detalhes sobre as unidades de processamento gráfico (GPUs) de inteligência artificial (IA) H20 e a próxima geração Vera Rubin. A discussão aconteceu na conferência Goldman Sachs Communacopa + Technology, onde Kress reafirmou a liderança da NVIDIA no mercado de chips de IA.

Kress destacou a capacidade da empresa de manter um forte crescimento mesmo diante de obstáculos comerciais. Ela apontou para a robusta demanda por seus produtos e a escalada eficiente de suas novas plataformas. A executiva também comentou sobre a visão da NVIDIA em relação à concorrência e a importância da eficiência energética em sistemas de IA.

Desafios e Potencial da Receita de H20 na China

A NVIDIA enfrenta entraves para reconhecer as receitas de suas vendas de GPUs H20 AI para a China, causados por questões geopolíticas. Colette Kress mencionou que a empresa já obteve licenças da administração Trump para o H20. Este movimento mostra a complexidade das negociações comerciais.

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A expectativa é que a receita com as vendas de H20 para a China possa gerar entre 2 bilhões e 5 bilhões de dólares no terceiro trimestre. Para isso, será necessário que as tensões entre as duas maiores economias mundiais diminuam. A situação atual pede cautela por parte da NVIDIA e dos clientes chineses.

A CFO explicou que os clientes chineses da NVIDIA desejam garantir que o recebimento do H20 seja bem visto pelo governo local. Relatos indicam que o governo chinês incentiva o uso de chips domésticos. Apesar disso, Kress acredita que há uma “forte possibilidade” de que os envios do H20 se concretizem, dada a demanda. A indústria de aceleradores de IA na China depende de memória HBM estrangeira para crescer e a NVIDIA busca atender essa demanda.

A empresa tem trabalhado para navegar nesse cenário complexo, buscando a aprovação de ambas as partes. A potencial receita, que pode variar entre 2 bilhões e 5 bilhões de dólares, representa um montante significativo para a NVIDIA. A concretização desses envios é vital para o desempenho financeiro da empresa no mercado asiático.

Crescimento no Segmento de Data Centers e GPUs Blackwell

Colette Kress comentou sobre o crescimento das receitas da NVIDIA no setor de data centers. Mesmo com a exclusão das GPUs H20 específicas para a China, a empresa registrou um aumento de 12% na receita sequencial no segundo trimestre. Isso demonstra a força da NVIDIA em outros mercados.

Ela afirmou que o crescimento sequencial para o terceiro trimestre é estimado em 17%, sinalizando um aumento contínuo na procura por seus produtos. Relatos recentes indicam que a NVIDIA pode ter um crescimento sequencial de 300% para os sistemas GB300 no terceiro trimestre, refletindo a alta demanda. Registros de envio, como os que indicam que Intel Panther Lake se aproxima dos laptops Samsung, mostram o dinamismo do mercado de componentes.

A CFO destacou o sucesso da escalada do GB300 Ultra, que opera em larga escala junto com os racks GB200. Essa transição foi descrita como “contínua” e surpreendeu alguns pela capacidade de volume que a NVIDIA conseguiu entregar ao mercado. Essa agilidade na produção é um diferencial importante.

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A NVIDIA espera expandir ainda mais a entrega dos racks GB200 e GB300 no terceiro trimestre. Essa estratégia visa atender à crescente demanda por infraestrutura de IA. A capacidade de escalar rapidamente a produção de componentes complexos é crucial para manter a liderança.

Visão da NVIDIA sobre Chips de IA Personalizados

As ações da NVIDIA sofreram pressão após a Broadcom anunciar um contrato de 10 bilhões de dólares para chips de IA personalizados. Isso gerou debates sobre a competitividade dos chips customizados no mercado. A discussão central gira em torno de qual abordagem é mais eficiente e rentável.

No entanto, Kress enfatizou que a energia é um fator indispensável na computação de IA. Ela defende que a capacidade de processamento por watt é vital para modelos de IA que exigem muitos tokens e inferências. A demanda por modelos de raciocínio, essenciais para a inteligência artificial agentiva, cresce exponencialmente.

Segundo a CFO, sua empresa busca criar sistemas de IA de grande porte, pois modelos de raciocínio, essenciais para a inteligência artificial agentiva, demandam um alto volume de geração de tokens e inferência. O aplicativo Gemini, por exemplo, mostra a evolução de como a IA lida com diferentes formatos, enfatizando a necessidade de hardware robusto.

A NVIDIA foca em oferecer a melhor performance por watt e por dólar em suas soluções de data center. A executiva ressaltou que, ao adquirir um sistema de grande porte, o consumo de energia ao longo de quatro a seis anos é um custo significativo. Portanto, o alto desempenho é fundamental para justificar o investimento e a energia consumida. Parcerias estratégicas no setor, como a possibilidade de Apple e Google firmarem parceria em inteligência artificial, ressaltam a constante movimentação do mercado de tecnologia.

Avanços com a Próxima Geração Vera Rubin

Colette Kress confirmou que o projeto Rubin está avançando conforme o cronograma de um ano, com todos os seis chips já na fase de tape out. Esse desenvolvimento antecipa novas capacidades no mercado. A iminente chegada de novos componentes, como quando a Intel se prepara para lançar GPU Battlemage BMG-G31, ilustra a corrida tecnológica no setor de GPUs.

Para preparar os data centers para a integração do Rubin, a NVIDIA já teve discussões que indicam uma necessidade de “vários gigawatts” de energia. Essa demanda energética é um sinal claro da escala e do poder de processamento esperados para essa nova geração de chips. É um planejamento de longo prazo que a empresa já está realizando.

Apesar de os chips Vera Rubin ainda não estarem prontos para o mercado, a NVIDIA já projeta uma demanda expressiva. A antecipação de “gigawatts de necessidades” demonstra a confiança da empresa no sucesso da próxima geração de GPUs para IA. Essa visão prospectiva é crucial para o setor de tecnologia, que exige constante inovação.

Os planos da NVIDIA para a linha Vera Rubin sublinham a importância de um desenvolvimento contínuo e bem planejado. Com seis chips já na etapa de tape out, a empresa reforça seu compromisso com o avanço da tecnologia de IA. Este é um passo fundamental para manter a competitividade e atender às futuras demandas do mercado global.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.