▲
- Um processo judicial revela que Krafton tentou atrasar o lançamento de Subnautica 2 para evitar pagar um bônus de US$ 250 milhões.
- O caso envolve uma disputa por quebra de contrato entre Krafton e os fundadores da Unknown Worlds, desenvolvedora do jogo.
- As ações da Krafton incluem a suposta sabotagem do lançamento, com demissões e atrasos no projeto.
- A disputa aponta para tensões em aquisições no setor de games, com acusações e defesas de ambos os lados.
A disputa entre a KRAFTON e a Unknown Worlds, desenvolvedora de Subnautica 2, ganhou novos capítulos. Um processo judicial movido pelos cofundadores da Unknown Worlds, Charlie Cleveland, Max McGuire e Ted Gill, foi tornado público, revelando detalhes sobre a acusação de quebra de contrato contra a KRAFTON. A situação escalou rapidamente, trazendo à tona as razões por trás da ação legal.
O Acordo de Aquisição e a Disputa pelo Bônus
Em 2021, a KRAFTON adquiriu a Unknown Worlds por US$ 500 milhões. O acordo incluía uma cláusula que prometia um bônus adicional de US$ 250 milhões ao estúdio, caso ele atingisse certas metas de receita até o final de 2025. Esse valor seria distribuído entre os três cofundadores e cerca de 40 funcionários.
Os cofundadores afirmam que, embora o bônus fosse formalmente para eles, a intenção era compartilhá-lo com outros membros da equipe que não estavam listados no acordo. A relação entre Unknown Worlds e KRAFTON começou a piorar quando a KRAFTON percebeu que o lançamento de Subnautica 2 em *early access* até o fim de 2025 faria o estúdio superar as metas de receita necessárias para liberar o bônus.
Segundo o processo, Changhan Kim, CEO da KRAFTON, teria admitido aos cofundadores que o pagamento do bônus seria “desastroso financeiramente” e “extremamente embaraçoso” para a KRAFTON. A empresa, no entanto, nega essa declaração, atribuindo-a a uma má interpretação de tradutores, algo que, segundo os cofundadores, nunca foi um problema antes.
Essa revelação joga uma nova luz sobre a dinâmica entre as empresas, especialmente considerando o grande valor envolvido. A transparência no processo é agora um ponto crucial para ambas as partes, com acusações e negações se sucedendo.
Leia também:
Supostas Medidas para Atrasar o Jogo
O processo judicial detalha que a KRAFTON teria iniciado uma campanha de meses para atrasar o lançamento de *Subnautica 2*. Entre as supostas ações, estariam a remoção de materiais de marketing importantes e a recusa em seguir com parcerias essenciais para o jogo. Além disso, a empresa teria voltado atrás em compromissos antigos para gerenciar tarefas pré-lançamento cruciais.
Ainda segundo o processo, alguns funcionários da própria KRAFTON teriam sugerido que essas manobras tinham o objetivo de impedir o pagamento do bônus. Isso vai contra uma cláusula do acordo que proibia ações destinadas a frustrar o earnout. A equipe da Unknown Worlds, por sua vez, teria se esforçado para realizar as tarefas que a publicadora deveria ter feito.
Esse cenário levou aos eventos de 2 de julho, quando os três cofundadores foram demitidos pela KRAFTON. Logo após assumir o controle, a editora decidiu adiar o lançamento de *Subnautica 2* para 2026. A alegação é que isso permitiria à KRAFTON reter a receita do jogo e, ao mesmo tempo, evitar o bônus de US$ 250 milhões devido aos cofundadores e outros funcionários da Unknown Worlds.
A situação também se conecta a outros desafios no setor de games. Demissões em massa na Virtuos impactam o desenvolvimento de jogos, refletindo um momento delicado para muitos estúdios e editoras. No entanto, o caso KRAFTON e Unknown Worlds tem suas particularidades por envolver disputas contratuais específicas e alegações de sabotagem.
Alegações da KRAFTON e as Respostas da Unknown Worlds
O processo judicial também aborda as afirmações anteriores da KRAFTON, que alegava que Cleveland e os outros cofundadores haviam “abandonado” seus cargos na Unknown Worlds para se dedicarem a um “projeto de filme pessoal”. A ação legal contradiz essa versão, afirmando que o filme em questão era, na verdade, um projeto de *Subnautica* que a própria KRAFTON havia solicitado que os cofundadores desenvolvessem.
Outra alegação da KRAFTON era que *Subnautica 2* não estava pronto para o lançamento em early access. Documentos internos, que foram vazados e depois confirmados como autênticos pela KRAFTON, indicavam que o jogo carecia de conteúdo e precisava ser adiado para 2026, com base no feedback de testes internos com jogadores. Contudo, os cofundadores discordam totalmente dessa avaliação.
Segundo a ação judicial, os “especialistas” contratados pela KRAFTON para avaliar o jogo não tinham experiência em desenvolver ou lançar títulos em early access. Os cofundadores argumentam que o feedback dos jogadores nos testes internos “provou inequivocamente” que *Subnautica 2* estava pronto para ser lançado. É uma batalha de narrativas, onde cada lado apresenta sua própria leitura dos fatos.
O processo também acusa a KRAFTON de ter escrito o comunicado no site da Unknown Worlds confirmando o atraso de *Subnautica 2*, após assumir o controle do site e publicá-lo sem o conhecimento da equipe da Unknown Worlds. Isso adiciona mais uma camada de complexidade à disputa, apontando para uma suposta interferência direta na comunicação do estúdio.
Essa situação ilustra as tensões que podem surgir em grandes aquisições na indústria de games. Recentemente, houve notícias sobre a série de Assassin’s Creed confirmada pela Netflix no Brasil, o lançamento de produtos de alta performance da AMD, e até o aumento da ameaça cibernética à indústria de chips em Taiwan, mostrando a diversidade de notícias no setor de tecnologia. Enquanto isso, o universo dos jogos também recebe novidades no GeForce NOW.
O processo alega que a KRAFTON violou várias promessas centrais do contrato de aquisição da Unknown Worlds. Isso inclui a garantia de controle criativo e operacional para os fundadores, a promessa de consulta antes de qualquer ação que pudesse prejudicar o bônus, e a proibição de ações com o propósito principal de frustrar o earnout. Além disso, a KRAFTON teria rompido a promessa de não demitir os fundadores sem justa causa.
A KRAFTON agora terá a tarefa de apresentar sua defesa contra essas graves acusações. O desdobramento dessa batalha legal continua sendo acompanhado de perto, pois pode ter implicações significativas para ambas as partes e para a forma como grandes editoras e estúdios independentes interagem no futuro.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.