A Worldcoin, startup que realiza o escaneio de íris no Brasil e em outros países em troca de criptomoedas, obteve uma liminar que lhe permite continuar operando no Brasil. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), responsável por fiscalizar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), analisará o caso. Enquanto isso, a Worldcoin prosseguirá com suas atividades normalmente.
Escaneio de íris no Brasil: Entenda a polêmica
A ANPD havia proibido a coleta de dados biométricos e a remuneração com criptomoedas no final de janeiro. A Worldcoin, entretanto, recorreram da decisão e continuou operando em São Paulo até conseguir a liminar que suspende a proibição. A empresa se defende afirmando que não está “comprando” íris, e sim oferecendo uma forma de identidade digital. Vale lembrar que uma pesquisa recente mostrou que 60% dos brasileiros têm receio de compartilhar seus dados biométricos.
Em operação no Brasil desde novembro de 2024, a Worldcoin, projeto da Tools for Humanity, tem como figura central Sam Altman, CEO da OpenAI, criadora do ChatGPT. O projeto propõe criar um “passaporte digital” a partir do escaneio de íris, que funcionaria como autenticador em serviços online e offline, além de servir como carteira digital. Longas filas se formaram em São Paulo para realizar o cadastro e receber a criptomoeda Worldcoin.
A ANPD questiona a bonificação com criptomoedas, considerando-a um incentivo inadequado para a coleta de dados sensíveis, que deveria ser um processo livre e consciente. A Worldcoin já possui mais de 23 milhões de usuários cadastrados com o World ID, e lançou recentemente o World ID Credential, aplicativo para gerenciamento de criptomoedas e verificação de identidade.
A polêmica envolvendo a coleta de dados biométricos pela Worldcoin continua, e a decisão da ANPD será fundamental para o futuro da empresa no Brasil. O debate sobre privacidade e segurança de dados é cada vez mais importante em um mundo cada vez mais digital.
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Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via TecMundo