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- Empresas no Brasil estão investindo mais de R$ 1 milhão por ano em programas de saúde mental para funcionários.
- Você pode se beneficiar de ambientes de trabalho mais saudáveis e com menos riscos psicossociais.
- Essas iniciativas reduzem afastamentos e melhoram a produtividade, impactando positivamente a sociedade.
- A atualização da NR1 exige que empresas combatam fatores como assédio e excesso de jornada, reforçando a importância desses programas.
Empresas no Brasil estão investindo pesado em saúde mental, com valores que ultrapassam R$ 1 milhão ao ano. O foco? Atrair e reter talentos, além de evitar o aumento de afastamentos no trabalho. Gigantes como Nestlé e Vibra Energia já implementaram programas robustos. Essas iniciativas vêm antes mesmo da atualização da Norma Regulamentadora nº1 (NR1), que estabelece novas diretrizes para a identificação e eliminação de riscos psicossociais no ambiente de trabalho.
A atualização da NR1 exige que as empresas identifiquem e combatam fatores como excesso de jornada, assédio e cobrança exagerada, assim como já fazem com os riscos físicos. Dados do Ministério da Previdência Social mostram que os afastamentos por transtornos mentais cresceram mais de 400% desde a pandemia, impactando os cofres públicos em mais de R$ 3 bilhões.
Conscientização e Suporte nas Empresas
A preocupação com a saúde mental ganhou força após a pandemia de Covid-19, quando o bem-estar mental invadiu o ambiente de trabalho. Fabrício Pavarin, diretor da Nestlé, destaca que “não existe performance se as pessoas não estiverem bem”. A Nestlé, em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein, treina 600 colaboradores para atuarem como agentes de saúde mental, com um investimento anual de R$ 1,5 milhão.
O treinamento capacita os funcionários a identificar riscos de saúde mental em colegas, oferecendo apoio e encaminhamento para atendimento especializado. A meta é criar um ambiente de segurança psicológica, onde falar sobre saúde mental seja tão natural quanto mencionar uma questão física.
Na Vibra Energia, o orçamento para a área ultrapassa R$ 1 milhão, segundo Aspen Andersen. A empresa oferece suporte psicológico online, rodas de conversa e campanhas de conscientização, além de incentivar exercícios físicos, meditação e orientação financeira. Os resultados são medidos pela redução do absenteísmo e da sinistralidade do plano de saúde.
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O Papel do Equilíbrio na Saúde Mental
Na Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), os programas de saúde mental já existem há 8 anos. Andressa Lamana, diretora da CBA, explica que o bem-estar dos funcionários é trabalhado em pilares como saúde emocional, física e financeira. A empresa também promove ações de diversidade, equidade e inclusão, criando um ambiente mais aberto ao diálogo.
A CBA recebeu o selo Great People Mental Health, concedido pela consultoria Great Place to Work, em reconhecimento ao valor que a empresa dá à saúde emocional de seus funcionários. Pequenas mudanças, como a escuta genuína e o acolhimento, podem gerar grandes impactos na saúde mental no trabalho.
Na B3, a dinâmica de trabalho mudou com a tecnologia e a implementação de programas de saúde mental. A empresa oferece incentivo ao mindfulness, yoga, hábitos saudáveis, psicoterapia online gratuita e orientação jurídica e financeira. Nos últimos três anos, a B3 registrou uma redução de 40% na sinistralidade do plano de saúde.
Renata Caffaro, diretora de Pessoas da B3, afirma que os profissionais valorizam cada vez mais o bem-estar e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Um ambiente que prioriza a saúde mental atrai e retém talentos, reduzindo o número de afastamentos e fortalecendo o vínculo entre colaboradores e empresa.
Descendentes de alemães: Cuidado com a Positividade Tóxica e o Mentalwashing
É fundamental que as empresas evitem a positividade tóxica, que é a cobrança excessiva pelo bem-estar ou a tentativa de “camuflar” problemas. Bruno Chapadeiro, psicólogo e membro do Observatório Nacional de Saúde Mental e Trabalho, ressalta que o bem-estar começa com salários e jornadas dignas, além do combate ao assédio.
Outro problema é o mentalwashing, que se refere a ações de saúde mental de baixa efetividade, criadas apenas para constar em relatórios empresariais. Izabella Camargo, consultora especialista em burnout e segurança psicológica, alerta que não se pode cobrar um bom ambiente de trabalho se a cultura da empresa exige resultados difíceis, a liderança não é clara e há assédio.
Ações Práticas para a Saúde Mental
Darwin Grein, da consultoria Juntxs, destaca que a qualidade da liderança é crucial para a saúde mental dos colaboradores. Uma pesquisa do Instituto Gallup aponta que 50% dos pedidos de demissão são motivados pela liderança direta. Trabalhar para um líder grosseiro, inseguro ou que não defende a equipe gera desgaste emocional.
Isso significa que, antes de implementar um programa de saúde mental, é essencial cuidar da qualidade das lideranças, oferecendo suporte e apoio ao seu desenvolvimento. Se você está buscando maneiras de se manter atualizado com as novidades do mercado de trabalho, uma boa dica é acompanhar as notícias sobre a IA autônoma, que está revolucionando o atendimento ao cliente.
Pontos de Atenção para as Empresas
As empresas devem estar atentas a dinâmicas de trabalho que possam colocar os colaboradores em risco. Para identificar possíveis dinâmicas tóxicas, Izabella Camargo e Darwin Grein sugerem a realização de pesquisas anônimas. É importante observar se há casos de assédio moral, psicológico ou institucional.
Outras dinâmicas que prejudicam a saúde mental incluem a falta de clareza nas funções, a pouca flexibilidade, o excesso de trabalho, os prazos irreais e os conflitos interpessoais. Além disso, é fundamental que as empresas modernizem sua infraestrutura de TI para acompanhar as novas tecnologias e garantir um ambiente de trabalho eficiente.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via InfoMoney