Entenda como funcionam as armas sônicas usadas na Sérvia

Descubra o funcionamento das armas sônicas e seu uso recente na Sérvia.
Atualizado há 7 horas
Armas sônicas

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O uso de armas sônicas em protestos recentes na Sérvia levantou debates sobre o controle de multidões e os efeitos dessas tecnologias. Relatos de manifestantes expostos a esses dispositivos incluem confusão mental, pânico, visão turva e dificuldades respiratórias. Mas, afinal, como essas armas funcionam e quais são os seus reais impactos na saúde humana? Será que elas são tão seguras quanto se imagina? Vamos descobrir!

O que são armas sônicas?

Armas sônicas são dispositivos que emitem ondas sonoras de alta pressão, afetando quem está próximo à fonte. Um exemplo é o Dispositivo Acústico de Longo Alcance (LRAD), que utiliza alto-falantes adaptados para emitir ruídos intensos. Elas são frequentemente descritas como “não letais”, sendo usadas para dispersar ou controlar multidões, mas seus efeitos podem ser mais graves do que se pensa.

Essas armas, também conhecidas como canhões de som, podem emitir ruídos de até 160 decibéis. Para se ter uma ideia, o motor de um caça produz cerca de 130 decibéis durante a decolagem, enquanto uma conversa normal atinge 60 decibéis. Sons acima de 100 decibéis já causam desconforto, e qualquer ruído acima de 120 decibéis pode provocar dor.

Os danos causados por armas sônicas dependem da intensidade do som, da proximidade da fonte e do tempo de exposição. Além dos riscos à audição, há a possibilidade de danos psicológicos, como a sensação de perseguição relatada por manifestantes na Sérvia.

Embora classificadas como “não letais” e indicadas para o controle de multidões, as armas sônicas podem ter consequências sérias, como o rompimento de órgãos internos em situações extremas. Por isso, o debate sobre a sua utilização em manifestações é tão importante.

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O incidente na Sérvia

No dia 15 de março, manifestantes em Belgrado, na Sérvia, relataram sintomas como confusão, pânico e dificuldades respiratórias após a polícia supostamente utilizar armas sônicas. Os participantes do protesto contaram que o som era semelhante ao de um jato voando baixo, acompanhado de vibrações intensas.

Os vídeos compartilhados nas redes sociais mostram pessoas se dispersando e fugindo após a emissão de um som agudo. Naquele momento, cerca de 300 mil pessoas faziam um minuto de silêncio em homenagem às vítimas de um desabamento em uma estação de trem local.

De acordo com os manifestantes, os sintomas duraram cerca de um minuto, mas algumas pessoas continuaram a sentir enjoo, dor de cabeça e tontura, necessitando de atendimento hospitalar no dia seguinte. O governo sérvio negou o uso de armas sônicas durante o protesto.

Além dos canhões de som, outra possibilidade levantada foi o uso de um canhão de vórtice, que expele gás em alta velocidade para produzir um som semelhante ao de um avião. No entanto, essa hipótese é contestada devido ao tamanho e peso do equipamento, que não foram vistos no local.

Armas sônicas: como funcionam?

Os canhões de som emitem ruídos extremamente altos, projetados para causar desconforto e desorientação. A pressão sonora pode afetar o sistema auditivo e o sistema nervoso, resultando em uma variedade de sintomas físicos e psicológicos. Esses dispositivos são projetados para serem eficazes em longas distâncias, permitindo que as forças de segurança controlem multidões sem a necessidade de contato físico direto.

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Um ponto importante é que a legislação sobre o uso de armas sônicas varia de país para país. Na Sérvia, por exemplo, a lei não permite o uso desses dispositivos para o controle de multidões. A falta de regulamentação clara e padronizada aumenta a preocupação sobre o uso indiscriminado dessas armas.

Apesar das alegações do governo sérvio, a tentativa de alterar a lei que proíbe o uso de canhões de som no país, em 2022, levanta questionamentos sobre a real postura das autoridades em relação a esses dispositivos. A falta de transparência e a divergência de informações contribuem para a desconfiança em relação ao uso de armas sônicas.

Equipamentos como o LRAD já foram utilizados em diversas situações, como em navios cargueiros para impedir ataques de piratas na Somália e por polícias em outros países para dispersar manifestantes e migrantes. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Força Aérea alemã também investiu em armas acústicas durante ataques aéreos.

Alegações e negações

O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, negou que as forças militares do país possuam armas sônicas, classificando as alegações como falsas. Ele ainda se dispôs a convidar autoridades dos Estados Unidos e da Rússia para investigar o caso. Essa postura do governo sérvio contrasta com os relatos dos manifestantes e levanta dúvidas sobre a veracidade das informações.

Apesar da negativa do governo, o especialista militar Aleksandar Radic afirmou que a legislação sérvia não permite o uso de armas sônicas em manifestações. Essa informação reforça a necessidade de uma investigação transparente e imparcial para esclarecer os fatos.

Enquanto o governo nega o uso de armas sônicas, os relatos dos manifestantes e as evidências em vídeo sugerem o contrário. A falta de um consenso sobre o ocorrido em Belgrado aumenta a preocupação sobre a utilização dessas tecnologias em contextos de protesto.

Os eventos na Sérvia servem como um alerta para a necessidade de regulamentação e transparência no uso de armas sônicas. É fundamental que as autoridades garantam a segurança dos cidadãos e respeitem o direito de manifestação, evitando o uso de tecnologias que possam causar danos físicos e psicológicos.

A discussão sobre os impactos das armas sônicas é crucial para garantir a segurança e o bem-estar dos cidadãos em protestos e manifestações. É importante que a sociedade esteja informada sobre os riscos e as consequências do uso dessas tecnologias, a fim de promover um debate democrático e transparente sobre o tema. Para saber mais sobre como a tecnologia está presente em nosso dia a dia, você pode ler sobre a tecnologia para você ficar por dentro hoje.

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Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via TecMundo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.