Entenda o final do episódio 4 da 7ª temporada de Black Mirror

Descubra o impacto do final do episódio 'Brinquedo' de Black Mirror e como ele reflete sobre tecnologia e humanidade. Confira agora!
Atualizado há 3 dias
Entenda o final do episódio 4 da 7ª temporada de Black Mirror
Reflexões sobre tecnologia e humanidade no chocante final de 'Brinquedo' em Black Mirror. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • O episódio ‘Brinquedo’ da 7ª temporada de Black Mirror explora a relação entre humanos e inteligência artificial.
    • O objetivo é analisar como a tecnologia pode afetar a consciência humana e os limites da realidade.
    • O impacto do episódio levanta questões sobre vício digital e a fusão entre humanos e máquinas.
    • O final ambíguo deixa o público refletindo sobre o futuro da humanidade e a ética tecnológica.
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A 7ª temporada de Black Mirror trouxe de volta a essência da série, explorando os perigos da tecnologia em um futuro que parece cada vez mais próximo. No episódio “Brinquedo” (ou Plaything), somos apresentados a um enredo que mistura inteligência artificial, vício digital e os limites da consciência humana, marcando o retorno de um personagem já conhecido pelos fãs.

A trama central gira em torno de Cameron Walker, um jornalista dos anos 90 que se depara com uma tecnologia revolucionária criada por Colin Ritman, um programador que já apareceu no filme interativo Bandersnatch. Ao testar um jogo experimental, Walker desenvolve uma forte ligação com seres digitais chamados Thronglets (Bandoletes), que evoluem de simples avatares para formas de vida conscientes.

Conforme a obsessão de Walker aumenta, o episódio se transforma em um thriller psicológico com toques de ficção científica. A narrativa levanta questões importantes sobre o que define a realidade, o impacto da tecnologia no comportamento humano e o que estamos dispostos a sacrificar em nome da conexão — seja com outros humanos ou com máquinas. Vamos entender o que acontece no final do episódio de Black Mirror “Brinquedo”?

O Passado Que Assombra o Futuro em Black Mirror

O episódio se inicia em 2034, com Cameron Walker tentando assaltar uma loja, mas sendo detido por um sistema automatizado. Preso, ele é identificado como suspeito de assassinato e levado para uma cela, onde pede papel e caneta para escrever. Enquanto isso, dois policiais investigam o apartamento de Walker, encontrando eletrônicos antigos e uma sala com sons estranhos.

Essa sequência inicial já nos transporta para um mundo repleto de referências aos videogames. Ao longo do episódio, vemos consoles que vão desde clássicos da SEGA até o Nintendo Switch, além de jogos como DOOM aparecendo na tela. Para quem curte um bom filme, vale a pena conferir três filmes pouco conhecidos na Max para assistir neste fim de semana.

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Afinal, Quem São os Thronglets (Bandoletes)?

Durante um interrogatório no futuro, descobrimos que Walker foi um jornalista nos anos 1990 e foi convidado para testar um projeto de Colin Ritman, da Tuckersoft, empresa conhecida por seu papel em Bandersnatch. Essa conexão estabelece um elo com o universo da série, indicando que algo está para acontecer.

Ritman, após um colapso psicológico, retorna com um projeto inovador: um jogo onde vidas digitais evoluem dentro de um ambiente virtual. Com gráficos pixelados, os personagens desse mundo digital, os Thronglets, demonstram consciência e capacidade de reprogramação. Quem acompanha as novidades do mundo da tecnologia já deve ter ouvido falar sobre os lançamentos dos modelos Llama 4, que marcam uma nova era na inteligência artificial multimodal.

Intrigado, Walker rouba o CD com o jogo e o instala em seu computador. Solitário, ele começa a cuidar dos seres virtuais como se fossem seus amigos, já que tinha poucos conhecidos.

Um amigo chamado Lump visita Walker e oferece drogas. Sob efeito dos entorpecentes, ele resolve usar o computador e consegue “entender a linguagem” do Bando, como passa a chamá-los, e recebe sua primeira mensagem: melhorias para o computador.

Sob efeito de ácido, Walker consegue “conversar” com o Bando, recebendo mensagens e instruções para melhorias no hardware. Assim, o jornalista começa a evoluir seu computador para que os bichinhos aprimorem sua consciência, enquanto usa drogas para se comunicar com eles.

Violência no Mundo Digital: A Reação dos Thronglets

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Além de comprar novas peças para o computador, Walker adquire drogas para se comunicar com seus amigos virtuais. Ele passa tanto tempo com o Bando que esquece de escrever o artigo para a revista em que trabalha, precisando ir ao escritório para resolver isso.

Antes de sair de casa, seu amigo Lump retorna para ficar mais alguns dias — e vender mais drogas. Sob efeito das drogas, Walker vai para o trabalho de metrô, deixando o traficante sozinho em casa.

Lump encontra o computador com o Bando e começa a matá-los no jogo. Os personagens correm desesperados enquanto são queimados e apedrejados por Lump. Walker recebe uma notícia no trabalho: o jogo não será mais lançado pela Tuckersoft, pois Ritman enlouqueceu e apagou o código-fonte de Bandoletes.

Walker deixa seu trabalho após escrever códigos no computador, o que deixa seu chefe perplexo. Ao chegar em casa, percebe que Lump estava matando o Bando, e os dois entram em conflito.

No fim, Walker mata Lump e se livra do corpo, colocando-o em uma mala jogada na floresta, sem deixar rastros. O objetivo? Não ser pego para proteger o bando.

O Protetor do Bando: A Missão de Walker

Com o passar dos anos, Walker se tornou “o protetor” do bando e, para mantê-los fortes, continuou evoluindo seu computador. Ele também seguiu usando ácido para conversar com eles, para manter a confiança do grupo e mostrar que a humanidade não é feita só de violência.

Segundo Walker, “o mundo lá fora já não importava mais”, e sua única missão era proteger os bichinhos virtuais. Com a evolução do Bando, eles começaram a trabalhar juntos para que os personagens digitais coexistissem com os humanos.

Em conjunto com o Bando, Walker criou um chip capaz de conectá-lo ao computador, permitindo ao personagem fundir sua mente ao coletivo digital. Com isso, descobrimos seu grande objetivo. Para os fãs de jogos, vale lembrar que Deep Rock Galactic: Survivor sai do acesso antecipado em setembro de 2025.

O Impactante Final do Episódio de Black Mirror: O Destino da Humanidade

Após contar sua história, Walker revela que foi propositalmente preso para “entregar uma mensagem” do Bando. De dentro das instalações, ele abre uma brecha no computador mais potente do país para que os bichinhos digitais invadam o sistema.

Em segundos, eles conseguem: o Bando envia um sinal sonoro por todos os dispositivos eletrônicos do mundo para se conectar com a mente humana. Com isso, as pessoas começam a desmaiar e ficam inconscientes, exceto Walker.

O episódio termina de maneira aberta, com Walker estendendo a mão para o agente que o agrediu. Afinal, o Bando se fundiu com a humanidade ou todos foram mortos, após as demonstrações de violência que os seres digitais testemunharam? Todo o mundo foi afetado pelos Thronglets ou apenas uma área específica?

O Que Diz o Criador?

Charlie Brooker, criador da série, comentou sobre o final do episódio de Black Mirror com o ator Lewis Gribben, que interpreta a versão jovem de Walker, e Will Pouter (Colin Ritman). Eles deram suas interpretações do final no site Tudum, da Netflix.

Brooker disse que deixou o final aberto para o público pensar se a fusão de humanos com os Thronglets foi boa ou ruim. “Eu queria que fosse um pouco mais ambíguo quanto a se vocês achavam que isso era algo bom ou ruim. Não damos muitas informações.”

Lewis Gribben disse que Walker trouxe um bem maior para a humanidade, mas com o custo da liberdade. “Parece que Cameron eliminou a violência das pessoas. Ele tirou a liberdade delas e escravizou todos para que fossem pacíficos e não tivessem tendências ruins”, explicou o ator. “É como um regime ditatorial que ele acabou de criar, com todas essas pessoas sem noção e ouvindo os Thronglets.”

Will Poulter, que interpreta Colin Ritman, também deu sua explicação sobre o final, indicando o grande ensinamento de Plaything. “Acho que a mensagem principal do episódio é tratar os outros como você gostaria de ser tratado, e eu realmente aprecio isso.”

Como Jogar Bandoletes?

Além de mostrar os perigos de vícios digitais, o episódio 4 de Black Mirror Temporada 7 também traz uma grande mensagem sobre empatia. E você pode colocar isso à prova agora mesmo.

Aproveitando o lançamento da série, a Netflix lançou o jogo Black Mirror: Bandoletes, que traz os bichinhos virtuais para o seu celular. O game pode ser jogado de graça no Android e iOS.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via TecMundo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.