Entenda o final da série Monstro: A História de Ed Gein

A série Monstro: A História de Ed Gein, lançada pela Netflix em 3 de outubro, apresenta a trajetória de uma criança reprimida que se torna um assassino em série e ladrão de túmulos. Com o tempo, a lenda de seus atos macabros cresce, inspirando a criação de figuras muito famosas da ficção, um padrão visto em diversas produções de entretenimento.

A produção não apenas narra os eventos da vida de Gein, mas também explora como sua história foi interpretada por outras pessoas. Segundo Charlie Hunnam, que interpreta o personagem, a intenção é fazer o público refletir sobre quem é o verdadeiro monstro. Seria o jovem abandonado, que não recebeu tratamento adequado, ou aqueles que se aproveitaram de sua vida trágica para buscar fama e dinheiro? O tema convida a uma análise mais profunda das motivações humanas.

Descobrindo o Enredo de Monstro: A História de Ed Gein

A produção da Netflix nos leva desde o nascimento de Ed Gein, em uma área isolada da pequena cidade de Plainfield, Wisconsin. Com um pai ausente e um irmão que faleceu sob circunstâncias que permaneceram misteriosas, ele foi criado praticamente sozinho. Sua mãe, Augusta, era uma figura dominante e uma fanática religiosa, que tinha a crença de que todas as mulheres eram corruptas e pecaminosas. Essa criação singular moldou grande parte de sua personalidade.

A série dedica tempo para explorar o ambiente opressor em que Gein cresceu, um fator crucial para entender suas ações futuras. A casa isolada e a influência extremista da mãe contribuíram para seu desenvolvimento psíquico peculiar. Essa ambientação reforça o questionamento central da série sobre a origem da maldade.

Apesar de ser inspirada em uma história real, a produção faz alguns desvios que tendem para a ficção, um aspecto comum em adaptações de casos complexos, como os mistérios que cativam o público. Entre esses elementos fictícios, a série mostra Ed como o assassino do próprio irmão, algo que nunca foi comprovado na vida real. A liberdade criativa permite explorar possibilidades dramáticas.

A trama também inclui a história de Ilse Koch, uma alemã que, durante a Segunda Guerra Mundial, supostamente utilizava a pele de judeus assassinados para criar móveis e capas de livros. Essa figura macabra serve como uma inspiração na ficção para os atos de Ed Gein. Na série, ele é frequentemente mostrado conversando com seu irmão, mesmo após a morte. Da mesma forma, ele mantém conversas normais com sua mãe, Augusta, mesmo depois que ela faleceu e seu corpo entrou em decomposição na casa onde moravam. Essas interações alucinações destacam o isolamento e a degradação mental do personagem.

A série História de Ed Gein acompanha o protagonista vivendo uma vida reclusa e isolado da sociedade, iniciando uma série de matanças e roubos de túmulos. A produção assume que ele foi o responsável por muitas mortes que nunca confessou. Além disso, a série retrata um romance entre ele e Adeline Watkins, algo que as evidências da vida real mostram que nunca aconteceu, apesar das alegações da garota.

A dramatização desses eventos, mesmo com licenças poéticas, visa aprofundar a compreensão sobre o impacto psicológico do isolamento e da influência materna na vida de Gein. A série busca criar um retrato complexo, ainda que controverso, de um dos casos criminais mais notórios da história.

O Desfecho de Monstro: a História de Ed Gein

A narrativa da série da Netflix culmina após a morte de Bernice Worden, proprietária de uma loja de ferramentas. O desaparecimento de Bernice atraiu a atenção das autoridades para os crimes de Ed Gein. Durante a investigação de sua casa, policiais fazem descobertas aterrorizantes. Eles encontram máscaras feitas de pele, móveis criados com pedaços de corpos humanos e outros objetos macabros. O local se revela um cenário de horrores indescritíveis, chocando até os investigadores mais experientes.

Embora os policiais suspeitem que o assassino tenha matado mais de 200 pessoas, ele afirma ter tirado a vida de apenas duas delas, sendo Bernice uma delas. O assassino se mostra cooperativo com os investigadores. No entanto, é considerado incapaz de passar por um julgamento convencional. Ed Gein é diagnosticado com esquizofrenia e encaminhado para uma instituição psiquiátrica para o resto de sua vida, marcando o fim de seus crimes e o início de um novo capítulo em sua história.

Enquanto Ed Gein permanece internado, sua história é amplamente divulgada pela imprensa por Adeline. Rapidamente, sua antiga casa se transforma em um local de interesse entre os fãs do macabro. Seus itens pessoais são leiloados por preços exorbitantes, dado o status de “celebridade” que ele, infelizmente, obteve. Preso em uma instituição psiquiátrica, o protagonista desenvolve uma paixão pelo rádio amador e, dessa forma, estabelece uma amizade com a alemã Koch. A comunicação, mesmo em condições adversas, pode criar conexões inesperadas, assim como plataformas de streaming buscam novos talentos para inovar.

A etapa final de Monstro: A História de Ed Gein adentra um território mais fictício, mostrando o assassino tendo visões de uma grande matança. Ele também se vê ajudando o FBI a capturar Ted Bundy, outro serial killer famoso da vida real. Quando o personagem morre, a série mostra seu corpo sendo carregado por Ed Kemper, Charles Manson, Bundy e outros matadores. Esses personagens são apresentados como inspirados por seu legado. Além disso, seu túmulo acaba protegido por figuras ficcionais baseadas em sua história, como Norman Bates, Buffalo Bill e Leatherface. Seu legado, assim como o de outras séries temáticas, perdura na cultura popular, influenciando novas obras. Essas escolhas narrativas reforçam o impacto duradouro de sua história na cultura pop e no gênero de terror, mesmo com a mistura de fatos e ficção.

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