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- A campanha Stop Killing Games reúne mais de 1,2 milhão de assinaturas globally, contra encerramento de jogos e serviços online.
- Ela busca garantir acesso permanente a jogos adquiridos pelos consumidores, defendendo direitos digitais.
- A indústria argumenta que o encerramento de serviços é uma decisão complexa e necessária por motivos econômicos.
- Discussões envolvem o uso de servidores privados e questões de propriedade digital dos jogos online.
- Legislação na Califórnia reforça a necessidade de transparência na venda de licenças de jogos digitais.
A campanha Stop Killing Games já conseguiu mais de 1,2 milhão de assinaturas pelo mundo. Ela busca impedir que editoras desativem jogos ou encerrem serviços online. Para Ross Scott, o idealizador do movimento, essas ações se assemelham à obsolescência programada, afetando a preservação de títulos e os direitos dos consumidores.
A iniciativa destaca que jogadores investem em games que, de repente, podem se tornar inacessíveis. Essa situação levanta questões sobre a propriedade digital e a responsabilidade das empresas frente aos produtos. A comunidade busca garantir o acesso contínuo aos jogos pelos quais pagaram.
Em resposta a essa mobilização, a associação Video Games Europe reconheceu a preocupação dos jogadores. Contudo, defendeu que o encerramento de serviços online é uma decisão complexa, ocorrendo quando a manutenção se torna financeiramente inviável para as desenvolvedoras.
A entidade ressaltou que essas escolhas são comunicadas com antecedência aos usuários, seguindo as normas de proteção ao consumidor. Manter servidores e suporte para jogos com poucos jogadores gera custos significativos, exigindo decisões difíceis. A indústria tem buscado sistemas de roteamento de IA que se adaptam sem retreinamento para otimizar suas operações.
“A decisão de descontinuar serviços online é multifacetada e nunca é tomada de ânimo leve”, explicou a instituição. “Deve ser uma opção para as empresas quando uma experiência online não for mais comercialmente viável. Entendemos que isso pode ser decepcionante, mas a indústria garante avisos antecipados, em conformidade com as leis locais.”
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Servidores Privados e a Campanha Stop Killing Games
Com a iniciativa Stop Killing Games em alta, várias ideias para a preservação de jogos são debatidas. Uma delas sugere a utilização de servidores privados e dedicados. No entanto, a Video Games Europe considera que essa solução não é viável para a preservação de títulos.
A associação argumenta que servidores privados não oferecem segurança adequada nem controle sobre o conteúdo. Isso pode gerar problemas como pirataria e perda de integridade nos dados dos jogos. Garantir a autenticidade e a experiência original é um desafio, comparável às complexidades das diferenças na depreciação de GPUs entre empresas de tecnologia.
Além disso, muitos jogos são projetados exclusivamente para o ambiente online. Adaptá-los para funcionar em outros formatos, como servidores privados, exigiria altos custos de desenvolvimento. A reengenharia de código e a adaptação de funcionalidades de rede seriam complexas e caras.
Essa transição envolve questões de licenciamento e propriedade intelectual, tornando-a inviável economicamente para a maioria das empresas. A lógica de um jogo online é intrínseca ao seu funcionamento. O desenvolvimento de jogos também tem oportunidades para pesquisa focada em IA, visando novas soluções.
O Debate sobre a Propriedade de Jogos Digitais
A campanha Stop Killing Games contrapõe que consumidores pagam por jogos que podem se tornar inutilizáveis. O grupo questiona a venda de títulos que deixam de funcionar após o fim dos servidores, alegando prejuízo ao consumidor final que investiu no produto.
O cerne do debate é o que o jogador realmente adquire: um produto permanente ou uma licença temporária? O movimento defende que jogos vendidos como mercadorias devem permanecer acessíveis, mesmo após o encerramento do suporte oficial. Esse ponto se alinha com discussões sobre proteção ao consumidor, como o projeto de lei que busca reverter a isenção do imposto de compras internacionais de até US$ 50.
Essa discussão ressalta a diferença entre mídia física e digital. Enquanto discos e cartuchos dão uma sensação de posse, o modelo de licenciamento digital pode ser revogado. Essa incerteza gera frustração e a sensação de que a compra não é realmente “sua”.
A Video Games Europe afirmou estar aberta ao diálogo com legisladores e organizadores da iniciativa. Eles buscam um ponto de equilíbrio que seja bom para empresas e jogadores, com a intenção de encontrar soluções que protejam os interesses de ambas as partes neste cenário digital.
Legislação sobre a Propriedade de Jogos Digitais na Califórnia
Um ponto relevante que complementa essa discussão ocorreu em setembro do ano passado, na Califórnia. O governador Gavin Newsom assinou uma lei importante que exige que lojas digitais, como Steam e Epic Games, informem claramente aos clientes que eles estão obtendo apenas uma licença para usar o game ou software.
A legislação proíbe o uso de termos como “comprar” sem avisar explicitamente que o pagamento é por uma licença que pode expirar a qualquer momento. Isso visa aumentar a transparência e evitar equívocos sobre a propriedade digital. Essa medida reflete a crescente atenção dos legisladores para o mercado digital, assim como as discussões sobre promoções de SSDs PCIe NVMe Gen 4 e outros produtos digitais.
“A necessidade de proteção ao consumidor na compra de mídia digital se tornou cada vez mais importante, à medida que as varejistas se afastam da mídia física”, disse Jacqui Irwin, deputada da Assembleia da Califórnia. Ela destacou a importância de clareza nas transações digitais para os usuários.
“Agradeço ao governador por assinar o AB 2426 [projeto de lei], garantindo que a publicidade falsa de vendedores de mídia digital, que incorretamente dizem aos consumidores que eles são donos de suas compras, se torne coisa do passado”, concluiu Irwin. Essa lei marca um passo significativo na proteção dos direitos dos jogadores no ambiente digital, buscando mais honestidade nas ofertas.
O debate sobre a durabilidade e a propriedade dos jogos digitais continua, com a comunidade buscando um futuro onde os investimentos em entretenimento virtual sejam mais seguros e duradouros. As discussões entre jogadores, desenvolvedores e legisladores prometem moldar as políticas futuras para o setor.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.