Entrevista com Light Zhong, produtor de Arknights: Endfield

Em uma conversa recente com o produtor e cofundador da Gryphline, Light Zhong, obtivemos detalhes sobre o aguardado Arknights: Endfield. O jogo, que terá sua segunda fase beta disponível para mobile em 28 de novembro, representa um grande passo para a franquia e para a empresa. Zhong compartilhou os desafios do desenvolvimento de um game 3D live-service e as aspirações da equipe.

O Salto para o Universo 3D de Arknights: Endfield

Para Light Zhong, este novo título é um momento significativo para a Gryphline. A empresa, que tinha poucos jogos antes deste lançamento, está crescendo, e tanto a equipe quanto os jogadores buscam desafios maiores. Ele explica que alguns fãs do Arknights original desejavam uma nova experiência dentro da IP, impulsionando a criação de algo inédito.

A produção de um game live-service em 3D é um grande salto, especialmente pela sua complexidade e escala. Zhong, sem experiência prévia em jogos 3D, comparou a transição a pedir a um motociclista para competir na Fórmula 1, destacando o nível de dificuldade enfrentado no projeto.

Este movimento visa fortalecer a Gryphline, oferecendo uma experiência renovada aos jogadores e expandindo as capacidades de desenvolvimento da equipe. O objetivo é criar um jogo que não só mantenha a base de fãs, mas também atraia novos públicos, com um produto de alta qualidade técnica e visual.

A ambição por trás de Endfield é clara: ir além do que já foi feito, explorando novas fronteiras de gameplay e narrativa. Este desafio técnico e criativo reflete a busca da empresa por inovação e por entregar uma experiência que surpreenda e engaje os jogadores.

Inspirações Estéticas e Sonoras do Novo Título

A estética visual de Arknights: Endfield é um dos seus pontos fortes. Wuling City, por exemplo, é inspirada na arquitetura tradicional chinesa, mas com um toque tecnológico e futurista. Filmes como Dune (versões antiga e nova), Mad Max e Borderlands foram referências importantes para a equipe.

Os trabalhos de Hideo Kojima também influenciaram o desejo de criar algo com uma atmosfera e escopo semelhantes. A equipe buscou inspiração em diversas obras cinematográficas e de ficção científica. Esse tipo de conteúdo, assim como os 11 principais filmes que chegam aos cinemas em novembro de 2025, contribui para a fusão de ficção científica e fantasia que a equipe deseja incorporar em Arknights: Endfield.

Na parte sonora, a escolha da banda Starset para a trilha sonora foi intencional, buscando uma música mais intensa e “pesada”, que contrasta com a abordagem mais “leve” ou orquestral de outros jogos do gênero. Essa decisão reflete a intenção de criar uma atmosfera mais técnica e tecnológica, alinhada à ambientação de ficção científica do jogo.

Light Zhong, que também é artista, explica que seu estilo é influenciado por diversos artistas, mas ele busca originalidade. Enquanto muitos criam arte conceitual de anime com vibes “ensolaradas” e “animadas”, o conceito de Zhong se aproxima mais do estilo de quadrinhos Marvel ou filmes de ação americanos, com um toque mais sombrio e de ficção científica. Embora ele reconheça um certo risco em ir contra o que é tipicamente comum, o feedback da comunidade tem sido positivo, mostrando que essa abordagem única é bem-recebida.

Temas e Personagens que Unem o Jogo

Arknights: Endfield apresenta um elenco diversificado de personagens e uma mistura de temas. O ponto central, porém, é a ideia de trabalhar juntos para superar desafios. A história explora como os protagonistas interagem com diferentes facções e personagens, compreendendo seus passados e descobrindo valores compartilhados.

Essa união é crucial, pois o jogo se passa em Talos II, um planeta distante e inóspito, repleto de dificuldades e inimigos misteriosos. A necessidade de cooperação para enfrentar esses obstáculos reforça o tema principal, criando uma narrativa de superação coletiva em um ambiente desafiador.

Quando questionado sobre seu personagem favorito, Light Zhong mencionou Perlica, uma das protagonistas, na qual ele dedicou bastante esforço. Ele também destacou Chen Qianyu, uma personagem que teve uma abordagem criativa diferente. A Chen de Endfield é mais direta e ingênua, em contraste com a Chen original de Arknights, que era inspirada em filmes de artes marciais de Hong Kong, com forte senso de justiça, inteligência e um temperamento marcante.

O produtor acredita que a qualidade artística e o estilo de Endfield são “sem precedentes” em comparação com outros jogos de anime, combinando elementos AAA com características de anime. Este estilo, que busca um ar mais sombrio e uma ficção científica moderna, tem gerado respostas positivas nos vídeos promocionais. A jogabilidade de “fábrica” integrada ao sistema de progressão RPG também é vista como um diferencial que pode atrair novos jogadores e oferecer algo inovador.

Experiência em Todas as Plataformas

A mecânica de ter quatro personagens em campo ao mesmo tempo é um aspecto central do gameplay. Embora essa funcionalidade tenha sido desenvolvida separadamente do tema de “união”, ela coincidentemente se alinha com a mensagem de cooperação do jogo. A equipe trabalhou por anos para garantir que o combate fosse fluido e dinâmico, mesmo com vários operadores na tela, ajustando efeitos e corrigindo bugs desde os testes iniciais.

A segunda beta será a primeira vez que jogadores de mobile terão acesso a Arknights: Endfield, e a Gryphline está comprometida em oferecer uma experiência consistente em todas as plataformas. Light Zhong explicou que a ideia é otimizar o jogo para cada dispositivo, corrigindo problemas e fazendo ajustes específicos para mobile, como a facilidade dos controles em telas menores e a possibilidade de jogar a qualquer hora e em qualquer lugar.

Para o PC, o foco é maximizar a beleza visual, aproveitando monitores maiores. Essa abordagem multiplataforma, que permite jogar onde e como o jogador quiser, é vista como uma grande vantagem. O desenvolvimento em diversas plataformas é um desafio que busca unificar a comunidade e oferecer um jogo acessível e envolvente, assim como Warframe será lançado para o Nintendo Switch 2 em 2026 com melhorias.

A equipe fez muitos testes com dispositivos móveis e adotou o feedback dos jogadores para priorizar a liberdade e a facilidade de controle. Light Zhong, que joga em todas as plataformas, acredita que o cross-platform é significativo, pois atrai jogadores e permite que todos joguem juntos, a qualquer momento.

Design e as Expectativas Finais

Os elementos industriais e de ficção científica são visíveis no design dos personagens de Arknights: Endfield. As roupas, embora ainda fantasiosas, incorporam elementos práticos como botas e equipamentos de trabalho, adaptados para um estilo moderno. A equipe de arte da Gryphline foca em criar designs que reflitam o contexto de ficção científica quase moderna do jogo.

Para criar ambientes realistas, a equipe realizou “tours de campo”. Embora a primeira área, Valley IV, tenha sido mais baseada na imaginação, a segunda, Wuling City, se beneficiou de visitas a locais como Hongzhou e Xi Hu. Essa pesquisa de campo permitiu que fantasias fossem combinadas com a realidade, resultando em um mapa mais detalhado e autêntico.

A segunda fase beta funciona como uma preparação para o lançamento oficial, com a equipe aperfeiçoando sistemas e elementos do jogo. Ajustes baseados no feedback dos jogadores serão implementados, e novas funcionalidades serão adicionadas em futuras atualizações. Zhong expressou gratidão aos fãs, destacando que o feedback deles torna o trabalho significativo e que o desenvolvimento do jogo é um processo de construção de mundo em conjunto com a comunidade.

O lançamento global simultâneo é uma novidade para a Gryphline, permitindo que a comunidade mundial se una e discuta o futuro do jogo. Este tipo de reconhecimento da comunidade gamer é valioso, e eventos como o Pocket Gamer Awards demonstram a importância da interação entre desenvolvedores e jogadores. Isso reforça o tema de “união” de Arknights: Endfield, convidando a todos para se juntarem e aproveitarem a experiência.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.