▲
- Erupções solares estão reduzindo a vida útil dos satélites Starlink, causando reentradas precoces na atmosfera terrestre.
- Se você depende de serviços de internet via satélite, isso pode afetar a estabilidade e a qualidade da conexão.
- O fenômeno pode aumentar o lixo espacial e dificultar observações astronômicas, impactando a ciência e a tecnologia.
- Especialistas alertam para o aumento de satélites reentrando na atmosfera, um cenário inédito na exploração espacial.
Erupções solares estão reduzindo a vida útil dos satélites Starlink, da SpaceX, empresa de Elon Musk. Segundo pesquisa divulgada pelo site New Scientist, o fenômeno está causando uma reentrada recorde de equipamentos na atmosfera terrestre.
Tempestades solares afetam órbita de satélites
O estudo liderado por Denny Oliveira, pesquisador da Nasa e da Universidade de Maryland, revela que o Sol passa por períodos de atividade intensa a cada 11 anos, conhecidos como máximo solar. Durante essas fases, as erupções solares se intensificam e podem desencadear tempestades geomagnéticas.
Em maio de 2024, a maior tempestade solar em 20 anos foi registrada, causando auroras boreais incomuns em regiões da Europa e até na Argentina e Chile. Esses eventos aquecem e expandem a atmosfera, aumentando a resistência enfrentada pelos satélites em órbita.
“Descobrimos que, quando temos tempestades geomagnéticas, os satélites reentram mais rápido do que o previsto”, afirmou Oliveira. Durante o máximo solar, a vida útil de um satélite pode ser reduzida de 15 para apenas 5 dias.
Impacto na megaconstelação Starlink
A SpaceX já tem cerca de 7.000 satélites em órbita e planeja expandir para até 30.000. Entre 2020 e 2024, foram rastreados 523 satélites Starlink retornando à atmosfera terrestre. Em eventos geomagnéticos recentes, 37 satélites em órbitas inferiores a 300 km reentraram apenas cinco dias após o lançamento.
Leia também:
Sean Elvidge, professor da Universidade de Birmingham, explica que o fenômeno tem aspectos positivos e negativos. Por um lado, remove satélites inativos que poderiam representar risco de colisão. Por outro, limita a capacidade de operar satélites em órbitas muito baixas.
Organizações científicas alertam para outros impactos do aumento de lixo espacial, como a dificuldade na observação astronômica devido ao brilho dos satélites e os efeitos ainda desconhecidos de partículas como óxido de alumínio na atmosfera terrestre.
Com o aumento da atividade solar e o crescimento das constelações de satélites, especialistas preveem que em alguns anos haverá equipamentos retornando à atmosfera diariamente, um cenário inédito na história da exploração espacial.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Folha de S.Paulo