Erupções solares reduzem vida útil de satélites Starlink, aponta estudo

Estudo revela que erupções solares estão reduzindo a vida útil dos satélites Starlink, causando reentradas precoces na atmosfera. Saiba mais.
Atualizado em 05/06/2025 às 16:52
Erupções solares reduzem vida útil de satélites Starlink, aponta estudo
Erupções solares encurtam a vida útil dos satélites Starlink, levando a reentradas precoces. (Imagem/Reprodução: Redir)
Resumo da notícia
    • Erupções solares estão reduzindo a vida útil dos satélites Starlink, causando reentradas precoces na atmosfera terrestre.
    • Se você depende de serviços de internet via satélite, isso pode afetar a estabilidade e a qualidade da conexão.
    • O fenômeno pode aumentar o lixo espacial e dificultar observações astronômicas, impactando a ciência e a tecnologia.
    • Especialistas alertam para o aumento de satélites reentrando na atmosfera, um cenário inédito na exploração espacial.
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Erupções solares estão reduzindo a vida útil dos satélites Starlink, da SpaceX, empresa de Elon Musk. Segundo pesquisa divulgada pelo site New Scientist, o fenômeno está causando uma reentrada recorde de equipamentos na atmosfera terrestre.

Tempestades solares afetam órbita de satélites

O estudo liderado por Denny Oliveira, pesquisador da Nasa e da Universidade de Maryland, revela que o Sol passa por períodos de atividade intensa a cada 11 anos, conhecidos como máximo solar. Durante essas fases, as erupções solares se intensificam e podem desencadear tempestades geomagnéticas.

Em maio de 2024, a maior tempestade solar em 20 anos foi registrada, causando auroras boreais incomuns em regiões da Europa e até na Argentina e Chile. Esses eventos aquecem e expandem a atmosfera, aumentando a resistência enfrentada pelos satélites em órbita.

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“Descobrimos que, quando temos tempestades geomagnéticas, os satélites reentram mais rápido do que o previsto”, afirmou Oliveira. Durante o máximo solar, a vida útil de um satélite pode ser reduzida de 15 para apenas 5 dias.

A SpaceX já tem cerca de 7.000 satélites em órbita e planeja expandir para até 30.000. Entre 2020 e 2024, foram rastreados 523 satélites Starlink retornando à atmosfera terrestre. Em eventos geomagnéticos recentes, 37 satélites em órbitas inferiores a 300 km reentraram apenas cinco dias após o lançamento.

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Sean Elvidge, professor da Universidade de Birmingham, explica que o fenômeno tem aspectos positivos e negativos. Por um lado, remove satélites inativos que poderiam representar risco de colisão. Por outro, limita a capacidade de operar satélites em órbitas muito baixas.

Organizações científicas alertam para outros impactos do aumento de lixo espacial, como a dificuldade na observação astronômica devido ao brilho dos satélites e os efeitos ainda desconhecidos de partículas como óxido de alumínio na atmosfera terrestre.

Com o aumento da atividade solar e o crescimento das constelações de satélites, especialistas preveem que em alguns anos haverá equipamentos retornando à atmosfera diariamente, um cenário inédito na história da exploração espacial.

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Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Folha de S.Paulo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.