Uma recente investigação da Reuters revelou um lado sombrio do OnlyFans, destacando casos de escravidão sexual online, tráfico humano e agressões contra mulheres. A reportagem mostra como, sob a promessa de dinheiro e fama, várias mulheres foram forçadas a se tornarem escravas sexuais por seus parceiros, vivendo em ciclos de abuso e trauma.
Um dos casos mais impactantes envolve uma jovem de Wisconsin, que conheceu Austin Koeckeritz pela internet em 2020. O relacionamento começou de forma promissora, mas rapidamente se transformou em um pesadelo. Austin começou a isolar a mulher de sua família e amigos, chegando a proibi-la de comparecer ao funeral de sua avó. Com o tempo, as carícias se tornaram agressões físicas, culminando em espancamentos.
Em 2021, Austin forçou sua namorada a gravar vídeos pornográficos para o OnlyFans, prometendo que poderiam ganhar milhões com o conteúdo. Embora a jovem tenha arrecadado cerca de US$ 420 mil (aproximadamente R$ 2,5 milhões), Austin repassou apenas US$ 2.000 (R$ 11.500) para ela, enquanto a mulher trabalhava cerca de 60 horas por semana. Ele também a ameaçou, dizendo que mataria sua família se tentassem resgatá-la.
A jovem relatou que, antes de conhecer Austin, se sentia saudável e feliz. No entanto, após meses de abuso, seu estado físico e emocional deteriorou-se. Ela perdeu peso drasticamente, passando de 70 kg para 45 kg, e frequentemente apresentava hematomas. Em agosto de 2022, a mulher conseguiu escapar e encontrou ajuda policial. Austin foi preso e, em sua casa, foram encontradas 14 armas e uma grande quantidade de munição.
Em novembro de 2023, ele se declarou culpado de tráfico sexual e foi condenado a 20 anos de prisão. Infelizmente, esse não é um caso isolado. Outras mulheres em diferentes estados também relataram terem sido forçadas a trabalhar em plataformas como o OnlyFans e Chaturbate por seus parceiros.
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Além disso, um processo contra a atriz pornô Brittanya Razavi revelou uma rede de tráfico humano. Ela foi acusada de manipular duas mulheres, prometendo que elas poderiam ganhar dinheiro no OnlyFans, mas acabaram sendo exploradas. Brittanya usou documentos pessoais das vítimas para criar perfis na plataforma, arrecadando cerca de US$ 1,3 milhão (R$ 7,5 milhões) e repassando apenas 10% para elas.
Esses relatos alarmantes destacam a necessidade de uma maior vigilância e proteção para as vítimas de escravidão sexual online. A situação exige atenção e ação para garantir que essas práticas abusivas sejam combatidas e que as vítimas recebam o apoio necessário.
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Via TecMundo