Esforços da China para obter chips da Nvidia para IA geram questionamentos sobre controle de exportação

A China tenta adquirir chips Nvidia para IA e robôs, levantando dúvidas sobre os limites das sanções dos EUA e a segurança tecnológica global.
Publicado dia 1/08/2025
Esforços da China para obter chips da Nvidia para IA geram questionamentos sobre controle de exportação
China busca chips Nvidia, gerando incertezas sobre sanções e segurança tecnológica. (Imagem/Reprodução: Neowin)
Resumo da notícia
    • O exército da China tentou adquirir chips Nvidia para projetos de inteligência artificial, buscando avançar nessas tecnologias.
    • Essa tentativa mostra a busca por tecnologia de ponta, mesmo com restrições internacionais.
    • O esforço evidencia riscos de violações às sanções e a importância da segurança na inteligência artificial global.
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Apesar das restrições impostas pelos Estados Unidos, o exército da China estaria buscando adquirir Chips da Nvidia para projetos de inteligência artificial. Essas compras, que incluiriam desde servidores de IA até cães-robô, levantam questões sobre a eficácia dos controles de exportação. As informações vêm de registros públicos do exército chinês, revisados por fontes especializadas.

Solicitações e Restrições dos Chips da Nvidia

Os Estados Unidos, sob as administrações de Biden e Trump, impuseram diversas restrições ao acesso da China a chips avançados de IA da Nvidia e AMD. A medida visa proteger a segurança nacional, evitando o uso militar dessas tecnologias. Contudo, o exército chinês tem sido reportado tentando obter esses componentes.

O Business Insider, ao revisar registros do portal oficial do Exército de Libertação Popular (PLA) da China, encontrou solicitações de equipamentos. Vários desses pedidos faziam referência direta a produtos da Nvidia, como os chips H20, altamente requisitados para IA.

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Três solicitações específicas no portal pediam, no mínimo, oito chips H20 da Nvidia. O objetivo era desenvolver um sistema capaz de executar o DeepSeek-R1 671B, um dos modelos mais potentes para inteligência artificial. Isso demonstra a procura por alta capacidade de processamento para operações complexas.

Outro pedido buscava um sistema de “tomada de decisão inteligente”, que exigia quatro placas de vídeo RTX 6000, também compatíveis com o DeepSeek. Houve ainda solicitações por placas H100, com exigência de entrega em embalagem original e instalação no local. A venda de ambos os chips (RTX 6000 e H100) para a China é proibida por sanções de exportação dos EUA.

O exército chinês também teria tentado adquirir o módulo de computação Jetson da Nvidia para um cão-robô de 15 quilos, parte de um projeto-piloto. No entanto, essa solicitação foi retirada posteriormente. Não está claro se a China conseguiu obter esses produtos para uso militar, mas o país pode ter outras vias de aquisição.

Resposta da Nvidia e Contexto Geopolítico

Um porta-voz da Nvidia informou ao Business Insider que a China dispõe de chips domésticos suficientes para sua defesa. Ele minimizou a aquisição de produtos mais antigos para testes de concorrência, afirmando que isso não representa uma ameaça significativa à segurança nacional.

O porta-voz destacou que usar produtos restritos para aplicações militares seria impraticável. A ausência de suporte, software e manutenção tornaria esses componentes inoperáveis para tais fins. A constante busca por inovação em chips também é vista em outras frentes, como nas novas novidades da Qualcomm que incluem o processador Snapdragon 8 Elite 2.

A notícia do interesse militar chinês em chips da Nvidia vem dias após o regulador da China iniciar uma investigação sobre a empresa. A suspeita é de uma “porta dos fundos” (backdoor) nos chips H20 da Nvidia, adicionando mais uma camada de complexidade às tensões tecnológicas. A evolução da IA, incluindo o lançamento de modelos como o Gemini 2.5 Deep Think do Google, segue em ritmo acelerado.

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Este cenário de disputas e avanços tecnológicos ressalta a importância estratégica da inteligência artificial no mundo atual. Empresas buscam liderar, como na corrida da IA entre Apple e Samsung no segmento mobile. Essa dinâmica global influencia diretamente o desenvolvimento de inovações e a modernização de diferentes setores. O futuro da tecnologia continua sendo moldado por essas interações.

Ainda neste contexto, a busca por autonomia tecnológica se intensifica. A capacidade de desenvolver modelos open source com raciocínio híbrido em IA demonstra a diversidade de abordagens na área. Essa inovação não só beneficia o setor civil, mas também tem implicações significativas para a defesa e a competitividade global. Os avanços em IA da Apple, por exemplo, mostram como essa tecnologia impacta grandes empresas.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Neowin

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.