Esforços da China para obter chips da Nvidia para IA geram questionamentos sobre controle de exportação

A China tenta adquirir chips Nvidia para IA e robôs, levantando dúvidas sobre os limites das sanções dos EUA e a segurança tecnológica global.
Atualizado há 14 horas atrás
Esforços da China para obter chips da Nvidia para IA geram questionamentos sobre controle de exportação
China busca chips Nvidia, gerando incertezas sobre sanções e segurança tecnológica. (Imagem/Reprodução: Neowin)
Resumo da notícia
    • O exército da China tentou adquirir chips Nvidia para projetos de inteligência artificial, buscando avançar nessas tecnologias.
    • Essa tentativa mostra a busca por tecnologia de ponta, mesmo com restrições internacionais.
    • O esforço evidencia riscos de violações às sanções e a importância da segurança na inteligência artificial global.
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Apesar das restrições impostas pelos Estados Unidos, o exército da China estaria buscando adquirir Chips da Nvidia para projetos de inteligência artificial. Essas compras, que incluiriam desde servidores de IA até cães-robô, levantam questões sobre a eficácia dos controles de exportação. As informações vêm de registros públicos do exército chinês, revisados por fontes especializadas.

Solicitações e Restrições dos Chips da Nvidia

Os Estados Unidos, sob as administrações de Biden e Trump, impuseram diversas restrições ao acesso da China a chips avançados de IA da Nvidia e AMD. A medida visa proteger a segurança nacional, evitando o uso militar dessas tecnologias. Contudo, o exército chinês tem sido reportado tentando obter esses componentes.

O Business Insider, ao revisar registros do portal oficial do Exército de Libertação Popular (PLA) da China, encontrou solicitações de equipamentos. Vários desses pedidos faziam referência direta a produtos da Nvidia, como os chips H20, altamente requisitados para IA.

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Três solicitações específicas no portal pediam, no mínimo, oito chips H20 da Nvidia. O objetivo era desenvolver um sistema capaz de executar o DeepSeek-R1 671B, um dos modelos mais potentes para inteligência artificial. Isso demonstra a procura por alta capacidade de processamento para operações complexas.

Outro pedido buscava um sistema de “tomada de decisão inteligente”, que exigia quatro placas de vídeo RTX 6000, também compatíveis com o DeepSeek. Houve ainda solicitações por placas H100, com exigência de entrega em embalagem original e instalação no local. A venda de ambos os chips (RTX 6000 e H100) para a China é proibida por sanções de exportação dos EUA.

O exército chinês também teria tentado adquirir o módulo de computação Jetson da Nvidia para um cão-robô de 15 quilos, parte de um projeto-piloto. No entanto, essa solicitação foi retirada posteriormente. Não está claro se a China conseguiu obter esses produtos para uso militar, mas o país pode ter outras vias de aquisição.

Resposta da Nvidia e Contexto Geopolítico

Um porta-voz da Nvidia informou ao Business Insider que a China dispõe de chips domésticos suficientes para sua defesa. Ele minimizou a aquisição de produtos mais antigos para testes de concorrência, afirmando que isso não representa uma ameaça significativa à segurança nacional.

O porta-voz destacou que usar produtos restritos para aplicações militares seria impraticável. A ausência de suporte, software e manutenção tornaria esses componentes inoperáveis para tais fins. A constante busca por inovação em chips também é vista em outras frentes, como nas novas novidades da Qualcomm que incluem o processador Snapdragon 8 Elite 2.

A notícia do interesse militar chinês em chips da Nvidia vem dias após o regulador da China iniciar uma investigação sobre a empresa. A suspeita é de uma “porta dos fundos” (backdoor) nos chips H20 da Nvidia, adicionando mais uma camada de complexidade às tensões tecnológicas. A evolução da IA, incluindo o lançamento de modelos como o Gemini 2.5 Deep Think do Google, segue em ritmo acelerado.

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Este cenário de disputas e avanços tecnológicos ressalta a importância estratégica da inteligência artificial no mundo atual. Empresas buscam liderar, como na corrida da IA entre Apple e Samsung no segmento mobile. Essa dinâmica global influencia diretamente o desenvolvimento de inovações e a modernização de diferentes setores. O futuro da tecnologia continua sendo moldado por essas interações.

Ainda neste contexto, a busca por autonomia tecnológica se intensifica. A capacidade de desenvolver modelos open source com raciocínio híbrido em IA demonstra a diversidade de abordagens na área. Essa inovação não só beneficia o setor civil, mas também tem implicações significativas para a defesa e a competitividade global. Os avanços em IA da Apple, por exemplo, mostram como essa tecnologia impacta grandes empresas.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Neowin

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.