Especialista em ética tecnológica alerta sobre riscos da IA generativa concentrada em poucos países

Kay Firth-Butterfield destaca a necessidade de governança global para evitar desigualdades e exclusão social causadas pela IA generativa.
Atualizado há 5 horas atrás
Especialista em ética tecnológica alerta sobre riscos da IA generativa concentrada em poucos países
Governança global é essencial para prevenir desigualdades geradas pela IA generativa. (Imagem/Reprodução: Startupi)
Resumo da notícia
    • Kay Firth-Butterfield, especialista em ética tecnológica, alertou sobre os riscos da IA generativa concentrada em poucos países durante o evento Interconnected 2025.
    • O objetivo da notícia é informar sobre a necessidade de governança global e diversidade no desenvolvimento de IA para evitar desigualdades.
    • O impacto direto é a conscientização sobre os riscos de exclusão social e viés em tecnologias de IA se não houver regras claras.
    • A diversidade nas equipes de desenvolvimento é essencial para criar soluções inclusivas e justas.
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Na última quarta-feira (21), Kay Firth-Butterfield, advogada, acadêmica e conselheira internacional, inaugurou o Interconnected 2025, evento promovido pela NTT DATA em São Paulo. Sua mensagem foi clara: a inteligência artificial precisa de regras claras, diversidade e responsabilidade compartilhada entre empresas e governos. Sem governança, corremos o risco de “alucinações”, viés e exclusão social.

Kay Firth-Butterfield, renomada especialista em ética na IA, destacou a importância de organizações públicas e privadas desenvolverem tecnologias de forma segura, inclusiva e com impacto social positivo. Sua experiência como ex-líder de inteligência artificial no Fórum Econômico Mundial e fundadora da consultoria Good Tech Advisory reforça a necessidade de uma governança clara para evitar desigualdades e riscos.

A Necessidade de Integração no Trabalho com IA

Durante sua palestra, Kay Firth-Butterfield compartilhou experiências de trabalhos com governos dos EUA e Reino Unido, além de organismos internacionais. Ela mencionou que iniciativas como a ordem executiva de Joe Biden e o framework do NIST ajudaram empresas a estruturarem políticas de IA responsáveis, mesmo sem regulações globais unificadas. Afinal, o que é preciso para que o uso da tecnologia seja feito de forma correta?

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Empresas que utilizam a IA de forma eficaz reúnem CIOs, equipes de risco, dados, negócios e tecnologia desde o início. Essa integração é crucial para evitar que a IA seja aplicada de forma isolada, sem considerar os impactos sociais e os riscos envolvidos. Uma das melhores maneiras de aprender mais sobre o assunto é com artigos sobre o tema.

Muitas empresas tentam apenas “injetar IA” em processos antigos, sem redesenhar fluxos ou refletir sobre os impactos sociais. É fundamental questionar desde o início quais riscos podem surgir, quem pode ser afetado negativamente e quais dados estão sendo utilizados. Empresas como a Dell anunciam novas soluções de IA para empresas, mas é preciso cuidado ao implementar essas ferramentas.

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A especialista também enfatizou a importância da diversidade nas equipes de desenvolvimento. Soluções inclusivas não podem ser criadas por grupos homogêneos. “Se você quer criar um produto que funcione para uma mulher mais velha como eu, não pode ter só jovens no time. Diversidade é chave para uma IA justa”, afirmou Kay Firth-Butterfield. Este ponto é crucial para garantir que a IA não perpetue preconceitos.

Brasil como Líder Ético em IA

A visão de Kay Firth-Butterfield se alinha com a de Ricardo Neves, CEO da NTT DATA Brasil, que defende uma inovação centrada no ser humano. “O Brasil está se posicionando como um dos hubs mais promissores de inovação na América Latina. Para que essa transformação seja sustentável, a IA precisa ser uma ferramenta que reduza desigualdades e amplie o acesso”, afirmou Neves.

Para que o Brasil continue sendo um dos maiores centros de inovação, é necessário que o país siga alguns passos importantes, como garantir que a tecnologia seja acessível. O governo brasileiro, inclusive, zerou o imposto de importação para equipamentos de mineração de criptomoedas.

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Além da participação de Kay Firth-Butterfield, o Interconnected 2025 ofereceu painéis e experiências interativas sobre temas como maturidade da IA generativa na América Latina, cibersegurança, infraestrutura digital resiliente e FinOps com IA. Representantes de empresas como AWS, Intel, IBM, Microsoft e Cisco também marcaram presença.

As experiências interativas incluíram desde personas digitais com IA generativa até um escape room imersivo para tomada de decisões em cenários críticos. Tais iniciativas demonstram o potencial da IA para transformar diferentes setores e a importância de preparar os profissionais para os desafios e oportunidades que surgirão.

Reflexões sobre Ética na IA e o Futuro da Tecnologia

A discussão sobre ética na IA é fundamental para garantir que a tecnologia seja utilizada de forma responsável e inclusiva. A mensagem de Kay Firth-Butterfield ressalta a necessidade de regras claras, diversidade e responsabilidade compartilhada para evitar que a IA agrave desigualdades e gere riscos legais, éticos e reputacionais.

A integração de equipes multidisciplinares, a reflexão sobre os impactos sociais e a diversidade nos times de desenvolvimento são passos essenciais para construir um futuro em que a IA seja uma ferramenta para o bem comum. O evento Interconnected 2025 proporcionou um espaço valioso para o debate e a troca de experiências sobre esses temas.

É importante lembrar que o uso da IA deve ser feito com responsabilidade para evitar problemas no futuro. Um engenheiro da Microsoft chegou a revelar como um código mal otimizado pode deixar o seu PC mais lento.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Startupi

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.