Estratégias de precificação de smartphones e seu impacto no consumidor

O preço de lançamento do Galaxy Z Flip 7 FE, fixado em US$ 899, levantou questionamentos no mercado. Este valor parece elevado para um aparelho que, em essência, é uma versão remodelada do Galaxy Z Flip 6, mas com um chip mais lento. Para muitos, a diferença de preço para o Galaxy Z Flip 7, que custa apenas US$ 200 a mais, pode fazer com que o modelo FE não pareça uma opção vantajosa logo de cara. Uma análise aponta que essa precificação pode ser uma tática de mercado intencional, seguindo um princípio já conhecido por empresas de fast-food para direcionar a escolha do consumidor.

A Tática do Preço: Uma Jogada de Mercado

A percepção de um preço “alto” pode, na verdade, ser parte de uma estratégia mais ampla. É possível que a Samsung esteja aplicando o truque de ancoragem de preço, uma tática comum usada por empresas para influenciar a decisão de compra. Pense nas redes de fast-food: a diferença de preço entre um lanche normal e um grande é quase sempre mínima, muitas vezes menos de um dólar. O cliente vê primeiro o preço mais baixo, e a pequena diferença para a opção “melhor” parece uma escolha óbvia.

Se você já está gastando US$ 9 em uma refeição, o que são mais US$ 1 para ter mais batatas fritas e um refrigerante maior? A intenção por trás dessa estratégia é sempre vender o item mais caro, mas o consumidor talvez não justificasse o valor se não houvesse um ponto de comparação. O preço mais baixo serve apenas para chamar a atenção, enquanto a venda do item mais caro é o objetivo final. Muitos clientes, de forma instintiva, acabam escolhendo a opção de maior valor.

No caso do Galaxy Z Flip 7 FE, a Samsung poderia ter posicionado o preço entre US$ 700 e US$ 750, criando uma diferença mais significativa em relação ao Galaxy Z Flip 7. Contudo, ao cobrar US$ 899, o papel do Galaxy Z Flip 7 FE parece ser menos de vender por si só e mais de direcionar os clientes para o Galaxy Z Flip 7, que provavelmente oferece margens de lucro maiores para a empresa.

A diferença de US$ 200 entre os modelos pode ser facilmente justificada ao comparar os dois celulares. O Galaxy Z Flip 7 oferece uma tela de capa maior, um display dobrável de melhor qualidade, painéis mais brilhantes, um corpo mais fino, uma bateria de maior capacidade, um chipset superior, e mais memória RAM e armazenamento. De repente, não parece uma boa ideia optar por um dispositivo com menos recursos quando se pode pagar um pouco mais e adquirir um dos melhores celulares dobráveis do tipo clamshell disponíveis no mercado.

A Escolha do Consumidor e a Estratégia Futura

O cliente pode acreditar que chegou a essa conclusão por conta própria, após analisar todos os ângulos, fazer as comparações e tomar uma decisão racional de gastar os US$ 200 extras. No entanto, a verdade é que a decisão já foi influenciada pela forma como a Samsung apresentou essas opções. O objetivo imediato é impulsionar as vendas do modelo principal, e a tática de ancoragem de preço tende a conseguir isso.

Contudo, a Samsung não deixará o Galaxy Z Flip 7 FE de lado. A empresa mantém a flexibilidade para aumentar o volume de vendas desse dispositivo no futuro, por meio de cortes estratégicos de preço que melhorem sua proposta de valor. Vendas mais baixas no lançamento não devem preocupar a Samsung. A empresa pode reduzir o preço em US$ 100 a US$ 150, seja por meio de descontos diretos ou por valores de troca aprimorados, alguns meses depois, para que o dispositivo alcance seu verdadeiro potencial de preço mais acessível.

Essa é uma estratégia que a Samsung já aplicou com seus modelos Galaxy S FE. No entanto, no caso desses dois celulares dobráveis, a tática parece um pouco mais evidente. Como o Galaxy Z Flip 7 FE é basicamente um aparelho montado com componentes que a Samsung já possuía em estoque, os custos de pesquisa e desenvolvimento são menores. Além disso, não há o mesmo investimento em marketing dos dispositivos carro-chefe.

Mesmo com cortes estratégicos de preço no futuro, vender o dispositivo na faixa de US$ 700 não representaria um grande impacto nas margens de lucro da Samsung. Este aparelho é uma espécie de “isca inteligente” da Samsung para maximizar os lucros iniciais das vendas de seus modelos principais, já que o volume de vendas tende a ser maior no lançamento e diminui gradualmente nos meses seguintes. Portanto, se o Galaxy Z Flip 7 FE parece um negócio desfavorável agora, é porque, em sua concepção, ele não foi planejado para ser a opção mais atraente de início.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via SamMobile