Estudo revela que IA tem precisão similar a médicos não especialistas em diagnósticos

Pesquisa comparou IA e médicos em diagnósticos, revelando desempenho similar a não especialistas. Entenda os impactos na medicina.
Atualizado há 38 segundos
Estudo revela que IA tem precisão similar a médicos não especialistas em diagnósticos
IA e médicos mostram desempenho similar em diagnósticos; o futuro da medicina em questão. (Imagem/Reprodução: Neowin)
Resumo da notícia
    • Um estudo comparou a precisão diagnóstica de IA generativa com médicos, mostrando resultados similares aos de não especialistas.
    • O objetivo era avaliar as capacidades e limitações da IA no campo médico, especialmente em diagnósticos.
    • Isso pode impactar a forma como a medicina é praticada, com a IA auxiliando em diagnósticos e educação médica.
    • A pesquisa também destaca desafios éticos e a necessidade de transparência no uso da IA na saúde.

Uma pesquisa recente comparou o desempenho da inteligência artificial (IA) generativa com médicos no diagnóstico de doenças. O estudo, da Universidade Metropolitana de Osaka, analisou 83 pesquisas e mostrou que a IA tem precisão similar a médicos não especialistas, mas ainda fica atrás dos especialistas. Isso levanta discussões sobre o futuro da IA na medicina.

Como a IA se Compara aos Médicos?

A análise detalhada, liderada pelo Dr. Hirotaka Takita e pelo Professor Associado Daiju Ueda, revisou 18.371 estudos, selecionando 83 para uma análise aprofundada. O objetivo era entender as capacidades e limitações da IA no campo diagnóstico.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vários modelos de IA generativa foram avaliados, incluindo GPT-4 (o mais estudado), Llama3 70B, Gemini 1.5 Pro e Claude 3 Sonnet. Esses modelos foram testados em diversas áreas médicas para verificar sua performance.

A precisão diagnóstica média desses modelos ficou em 52,1%. O ponto principal é que a precisão da IA foi estatisticamente semelhante à de médicos não especialistas. A diferença foi mínima: apenas 0,6%, o que não é considerado significativo pelos pesquisadores (p=0,93).

No entanto, a história muda quando comparamos com médicos especialistas. Eles ainda superam a IA, com uma diferença de precisão de 15,8% (p=0,007), mostrando que a experiência humana ainda é um fator importante.

Leia também:

Desempenho da IA vs Médicos em Diferentes Áreas

O estudo observou que o desempenho da IA foi parecido na maioria das especialidades médicas. Isso sugere uma capacidade generalista da tecnologia em diferentes contextos clínicos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Houve exceções notáveis, como na dermatologia, onde a IA mostrou resultados mais fortes. Isso provavelmente se deve à capacidade da IA de reconhecer padrões visuais, algo comum na área.

Contudo, os pesquisadores alertam que a dermatologia também exige raciocínio complexo e decisões específicas para cada paciente, então os resultados não contam toda a história. A complexidade do diagnóstico vai além do reconhecimento de padrões.

Na urologia, os achados foram baseados em um único estudo grande, dificultando a generalização dos resultados. Mais pesquisas são necessárias para confirmar o desempenho da IA nesta especialidade.

Potencial na Educação e Desafios Éticos

Além do diagnóstico, a pesquisa aponta um potencial interessante para o uso da IA na educação médica. Segundo os autores, o desempenho comparável da IA com médicos não especialistas abre portas para integrar essas ferramentas no treinamento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A IA poderia simular casos clínicos reais, ajudando estudantes e médicos em treinamento a praticar e avaliar suas habilidades em um ambiente controlado e seguro.

Mas nem tudo são flores. Existem preocupações sobre a transparência e o viés desses modelos. Muitos sistemas de IA não divulgam detalhes sobre seus dados de treinamento.

Isso levanta dúvidas se os resultados podem ser aplicados a todas as populações. A transparência é fundamental para entender o conhecimento, o contexto e as limitações do modelo, garantindo um uso ético.

Os pesquisadores enfatizam a necessidade de aplicações de IA claras, éticas e rigorosamente validadas. A confiança na tecnologia depende dessa validação contínua.

Por enquanto, a IA generativa, embora promissora, ainda encontra dificuldades em casos complexos que envolvem informações detalhadas do paciente. A capacidade de lidar com nuances clínicas ainda é um desafio.

Será que os médicos devem começar a se preocupar em perder seus empregos? É difícil afirmar neste momento. No entanto, no que diz respeito ao diagnóstico, essa é certamente uma possibilidade em desenvolvimento.

Pesquisas futuras são necessárias para avaliar a IA em cenários clínicos mais complexos, usar registros médicos reais, melhorar a transparência das decisões da IA e verificar seu desempenho em diversos grupos de pacientes. A evolução da tecnologia ditará seu papel na saúde.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Neowin

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.