▲
- Seres vivos emitem um brilho sutil que desaparece após a morte, segundo estudo recente.
- Você pode se beneficiar de métodos não invasivos para monitorar saúde no futuro.
- A descoberta pode revolucionar diagnósticos médicos e monitoramento ambiental.
- O fenômeno também pode ajudar a entender melhor processos biológicos em plantas e animais.
Todas as formas de vida emitem um brilho sutil que se dissipa logo após a morte, de acordo com um estudo recente. A descoberta dessa “aura” luminosa pode ser útil para monitorar a saúde de florestas e até detectar doenças em pessoas. Até recentemente, muitos cientistas debatiam a existência dessa luz emitida por seres vivos.
O estudo sugere que esse brilho da vida é resultado de um processo chamado “emissão de fótons ultrafraca”. As mitocôndrias e outras organelas utilizam moléculas que constantemente trocam energia, liberando alguns poucos fótons por segundo a cada centímetro quadrado de tecido epitelial. A dificuldade está em detectar esses biofótons em meio a tantos outros processos biológicos.
O físico Daniel Oblak, da Universidade de Calgary, Canadá, liderou o novo estudo, que isolou o comportamento dos biofótons após a morte dos animais. Os resultados, que diferenciam essas fontes de luz da radiação emitida por objetos quentes, foram publicados no periódico The Journal of Physical Chemistry Letters.
Luz após a morte: estudo revela emissão de brilho por seres vivos
Pesquisadores conseguiram registrar as emissões ultrafracas de fótons (as partículas que formam a luz) emitidas por ratos. A pesquisa comparou o brilho de camundongos vivos com o dos cadáveres dos roedores. Para identificar os fótons, foram utilizadas câmeras digitais para fotos de longa exposição, com a lente aberta por duas horas para captar a luz.
Leia também:
Os pesquisadores fotografaram quatro ratos sem pelos antes e depois da morte, mantendo-os na mesma temperatura para evitar qualquer luminosidade gerada pelo calor. Os animais foram mantidos em uma caixa sem acesso à luz, para evitar interferências nos biofótons emitidos pelas trocas energéticas nas células.
A equipe também conduziu testes com folhas de árvore-guarda-chuva (Heptaplerum arboricola) cortadas. Eles descobriram que o processo de reparação de danos na planta aumentava a emissão de fótons.
É esperado que esse brilho desapareça após a morte, uma vez que os processos metabólicos são interrompidos. Embora esse fenômeno já tenha sido observado em células isoladas e pequenas partes do corpo, este é o primeiro estudo a demonstrar o processo em um animal inteiro.
Com o avanço das pesquisas e o desenvolvimento de métodos mais simples para medir esse brilho natural, a emissão de fótons ultrabaixa poderá ser utilizada para monitorar tecidos vivos sem a necessidade de testes invasivos – bastaria “fazer um xis” para a câmera.
Em busca de ampliar seus conhecimentos sobre tecnologia e inovação? Descubra como a inteligência artificial está revolucionando a saúde no Brasil.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Super