Estudo sugere que memória orgânica pode ser transmitida em transplantes

Memória orgânica pode ser transmitida em transplantes, segundo pesquisadores que estudam a possibilidade de órgãos carregarem memórias para novos corpos.
Atualizado há 5 dias
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Alguns pacientes que receberam transplantes de coração relatam experiências intrigantes, como a sensação de ter herdado novas emoções, gostos e até memórias. Esses relatos, que vão desde desejos alimentares a mudanças de personalidade, levantam questões sobre a possibilidade de que os órgãos possam carregar memórias. O transplante de órgãos é uma prática médica estabelecida desde 1954, quando o primeiro transplante de rim foi realizado com sucesso, permitindo que muitos pacientes tivessem uma nova chance de vida.

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Entretanto, a questão sobre a memória orgânica nos transplantes tem atraído a atenção de cientistas. Pacientes que receberam corações frequentemente relatam mudanças surpreendentes. Alguns desenvolvem preferências alimentares que não tinham antes, enquanto outros afirmam ter adquirido novos medos ou traços de personalidade.

Um exemplo notável é o de uma coreógrafa que, após o transplante, sentiu uma vontade incontrolável de comer nuggets de frango, um alimento que seu doador carregava consigo no momento de sua morte. Embora essas histórias sejam anedóticas, elas têm incentivado investigações científicas sobre os mecanismos que poderiam explicar essas mudanças.

Explorando a Memória Orgânica nos Transplantes

Pesquisadores têm sugerido várias teorias para explicar a memória orgânica. Uma delas é a ideia de “memória celular”, que propõe que as células podem armazenar informações além de suas funções básicas. Isso poderia significar que as memórias poderiam ser transferidas junto com os órgãos. Além disso, mudanças na expressão do DNA, sem alterar a sequência, podem ocorrer quando um novo órgão é integrado ao corpo, afetando o ambiente celular do receptor.

Outro aspecto a ser considerado é o campo eletromagnético do coração, que contém uma rede de neurônios. Essa rede pode se comunicar com o cérebro de maneiras que ainda não compreendemos completamente. Embora não haja uma explicação definitiva, a interação bidirecional entre o coração e o cérebro sugere que essa conexão pode ser relevante para a discussão sobre a memória orgânica.

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Os caminhos neurológicos, bioquímicos e biofísicos podem contribuir para essa conexão entre o coração e o cérebro. Além disso, o impacto físico e emocional da cirurgia de transplante, juntamente com os medicamentos, pode influenciar as experiências relatadas de “transferência de memória” dos órgãos.

O Que Isso Significa para o Futuro da Medicina?

À medida que os pesquisadores continuam a investigar, essas descobertas podem mudar nossa compreensão sobre o transplante de órgãos e a experiência humana associada a ele. Por enquanto, essas histórias levantam mais perguntas sobre o corpo humano e nos fazem refletir sobre o que ainda há para descobrir sobre a memória orgânica e suas implicações.

Essas investigações não apenas ampliam nosso conhecimento sobre a biologia humana, mas também podem ter um impacto significativo na forma como abordamos a medicina e o cuidado com os pacientes transplantados. O que mais podemos aprender sobre a conexão entre corpo e mente? O futuro promete ser fascinante.

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Via BGR

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.