Estudo sugere que futebol moderno pode ter origem na Escócia, não na Inglaterra

Novas evidências arqueológicas indicam que a Escócia pode ter sido o berço do futebol moderno, desafiando a história tradicional. Saiba mais!
Atualizado há 1 dia atrás
Estudo sugere que futebol moderno pode ter origem na Escócia, não na Inglaterra
Escócia: novas descobertas sugerem que o futebol moderno pode ter se originado aqui!. (Imagem/Reprodução: Super)
Resumo da notícia
    • Novas evidências arqueológicas sugerem que o futebol moderno pode ter surgido na Escócia, não na Inglaterra.
    • O objetivo da notícia é informar sobre a possível revisão da história do futebol devido a descobertas recentes.
    • Isso pode mudar a narrativa histórica do esporte mais popular do mundo, impactando sua cultura e identidade.
    • A descoberta também reacende debates sobre as origens de práticas esportivas organizadas.
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O mundo do futebol pode ter uma reviravolta histórica! Uma descoberta na Escócia reacendeu o debate sobre as origens do esporte mais popular do planeta. Durante séculos, a Inglaterra foi considerada o berço do futebol, mas novas evidências arqueológicas sugerem que a Escócia pode ter sido a pioneira. Um campo de 400 anos e uma carta de um pastor são as peças-chave dessa possível mudança na história do futebol.

Campo Escocês Desafia a História do Futebol

Pesquisadores identificaram o que acreditam ser o campo de futebol mais antigo do mundo, localizado na antiga fazenda Mossrobin, na cidade de Anwoth, no sudoeste da Escócia. Acredita-se que o campo tenha sido usado para jogos de “foot-ball” pelos moradores locais, conforme descrito em uma carta de 1630 escrita pelo reverendo Samuel Rutherford, pastor da igreja presbiteriana local.

Na carta, Rutherford expressava sua indignação com o fato de seus paroquianos jogarem futebol aos domingos e relatou ter ordenado que pedras fossem colocadas atravessando o campo para impedir as partidas. Arqueólogos, liderados por Ged O’Brien, seguiram essa descrição e localizaram 14 grandes pedras alinhadas, atravessando uma área plana de aproximadamente 85 metros por 45 metros.

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Testes no solo indicam que as pedras foram colocadas há cerca de 400 anos, o que coincide com o período mencionado na carta. Especialistas afirmam que a estrutura não tinha função agrícola, como delimitar terras ou conter animais, mas sim como uma barreira temporária para impedir o jogo.

Evidências e Interpretações

“Este não é um muro, mas uma barreira para impedir um evento específico – neste caso, o futebol”, explicou Phil Richardson, arqueólogo que participou do estudo, em entrevista ao The Telegraph. Essa descoberta sugere que o futebol já era uma prática comum na Escócia no século XVII.

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O’Brien, fundador do Museu do Futebol Escocês e um dos responsáveis pela descoberta, argumenta que a prática regular do futebol na região indica a existência de regras definidas, diferenciando o jogo da versão caótica e violenta conhecida como mob football, popular na Idade Média. “Este é o ancestral, o avô, do futebol mundial moderno, e é escocês”, defende O’Brien.

O historiador também ressalta que o futebol escocês era praticado de forma organizada, semanalmente, o que pressupõe regras consensuais e menos violência, já que os jogadores precisavam estar aptos para o trabalho no dia seguinte. Essa organização é um ponto crucial para diferenciar o futebol escocês de outras práticas da época.

Controvérsias e Perspectivas

No entanto, nem todos concordam com essa interpretação. Em entrevista ao The New York Times, Steve Wood, da organização de caridade Sheffield Home of Football, afirmou que não há provas de que o “foot-ball” jogado em Mossrobin esteja diretamente ligado ao futebol moderno. A discussão sobre a origem do futebol está longe de ser um consenso.

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A cidade de Sheffield, na Inglaterra, abriga o clube mais antigo do mundo, fundado em 1857, seis anos antes da oficialização das regras do esporte pela recém-criada Football Association inglesa, em 1863. Essa história tradicionalmente coloca a Inglaterra como o berço do futebol moderno.

Ainda assim, O’Brien defende que a descoberta exige uma revisão na narrativa histórica do futebol. “Por séculos, o futebol foi jogado em todas as cidades e vilarejos da Escócia. Não mob football, mas futebol de verdade”, afirmou, em entrevista à BBC. Será que a Escócia realmente inventou o futebol moderno?

Ao longo da história, diversos povos desenvolveram jogos com bola que podem ser vistos como ancestrais do futebol. Na China antiga, por volta do século 3 a.C., praticava-se o cuju, uma atividade militar e recreativa que consistia em chutar uma bola por entre estacas ou para dentro de uma rede, evitando o uso das mãos e sem deixar a bola tocar no chão.

Na América Central, civilizações como os maias e astecas jogavam o pok-ta-pok ou tlachtli, um esporte ritualístico que utilizava uma bola de borracha, com regras que variavam entre as culturas, mas que sempre carregavam significado simbólico e religioso. Uma versão moderna, chamada ulama, ainda é praticada no México.

Na Grécia Antiga, havia o episkyros, um jogo coletivo com bola, enquanto os romanos praticavam o harpastum, que envolvia força e estratégia em confrontos entre equipes. Durante a Idade Média europeia, o já citado mob football era comum, com partidas extremamente violentas entre vilarejos rivais, sem campos definidos ou regras claras.

Foi apenas na Inglaterra, no século 19, que surgiram as primeiras regras formais que levaram ao futebol moderno. A descoberta em Anwoth, entretanto, levanta a possibilidade de que a Escócia tenha desenvolvido uma prática organizada e regular do esporte que conhecemos muito antes. Talvez o esporte que hoje apaixona bilhões tenha raízes ainda mais antigas e diversas do que se pensava.

Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

Segunda: Via Superinteressante

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.