EUA concentram 33% dos bilionários globais, mas elite busca alternativas no exterior

Cresce o número de bilionários americanos buscando residências alternativas. Entenda os motivos e impactos dessa tendência.
Atualizado em 23/05/2025 às 07:13
EUA concentram 33% dos bilionários globais, mas elite busca alternativas no exterior
Cresce a busca por residências alternativas entre bilionários americanos. (Imagem/Reprodução: Infomoney)
Resumo da notícia
    • Os EUA concentram 33% dos bilionários do mundo, mas muitos estão buscando residências alternativas no exterior.
    • Entenda como essa tendência pode afetar a economia global e os investimentos internacionais.
    • A busca por dupla cidadania e regimes fiscais favoráveis está redefinindo as prioridades da elite financeira.
    • Programas como o EB-5 e o “Gold Card” também atraem investidores estrangeiros para os EUA.
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Os Estados Unidos concentram uma grande parcela da riqueza mundial, abrigando 33% dos bilionários do planeta e 34% da riqueza privada líquida global. São mais de 6 milhões de milionários, 10.800 centi-milionários e mais de 850 bilionários. Apesar dessa concentração de riqueza, um número crescente de americanos ricos está buscando alternativas fora do país, indicando uma mudança nas prioridades da elite financeira.

A consultoria Henley & Partners revelou que, em 2025, os cidadãos dos EUA já representam mais de 30% das solicitações globais de migração por investimento. Esse número é quase o dobro do total combinado das cinco nacionalidades seguintes. O interesse por cidadanias e residências alternativas cresceu 183% entre o primeiro trimestre de 2024 e o mesmo período de 2025.

“Buscar residências e cidadanias alternativas virou uma forma estratégica de gestão de risco”, afirma Basil Mohr-Elzeki, sócio da Henley & Partners para a América do Norte. Peter J. Spiro, professor da Temple University, destaca que “a cidadania americana sozinha deixou de ser uma garantia suficiente. A dupla cidadania virou o novo sonho americano”.

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Essa tendência surge após uma década de crescimento acelerado. Entre 2014 e 2024, a população milionária dos EUA cresceu 78%, superando a China (74%) e outras economias do G10 da riqueza. Alemanha teve um aumento de 10% e o Japão, 5%, enquanto o Reino Unido perdeu 9% dos seus milionários. Cidades como Scottsdale (125%), West Palm Beach (112%), Miami (94%) e Austin (90%) se destacaram como polos de crescimento.

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Nova York lidera a lista de cidades com o maior número de milionários, totalizando 384.500, incluindo 818 centi-milionários e 66 bilionários. A região da Baía de São Francisco, que engloba San Francisco e o Vale do Silício, ocupa a segunda posição, com 342.400 milionários e a maior concentração de bilionários do país, somando 82. O número de milionários na região cresceu 98% na última década.

Outras cidades como Dallas (+85%), Houston (+75%) e Los Angeles (+35%) também registraram crescimento. A consultoria Henley & Partners destaca o surgimento de polos emergentes como Tampa, Denver, Salt Lake City e Santa Fé, impulsionados por setores de tecnologia e condições fiscais favoráveis.

O interesse por vistos de investidor nos EUA também está em alta. O programa EB-5, que oferece residência nos EUA a estrangeiros que investem a partir de US$ 800 mil, teve um aumento de 57% nas consultas no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024.

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Além disso, um novo plano proposto pelo ex-presidente Donald Trump, chamado de “Gold Card”, promete acelerar o processo de cidadania para aqueles que investirem US$ 5 milhões no país.

O Contraponto: Visto de Investidor Americano em Ascensão

Apesar do crescente interesse de americanos em buscar novos destinos, o fluxo inverso também ganha força. O programa EB-5, que concede residência nos EUA a estrangeiros que investem a partir de US$ 800 mil, registrou um aumento de 57% nas consultas no primeiro trimestre de 2025, comparado ao mesmo período de 2024.

O possível retorno do ex-presidente Donald Trump e seu plano “Gold Card”, que promete acelerar a cidadania para quem investir US$ 5 milhões no país, pode intensificar ainda mais esse movimento. Enquanto alguns bilionários procuram alternativas no exterior, outros veem os Estados Unidos como um terreno fértil para investimentos e crescimento patrimonial.

Jean Paul Fabri, economista-chefe da Henley & Partners, ressalta que “Os EUA continuam sendo o melhor lugar para criar e expandir riqueza, mesmo com parte da elite olhando para fora”.

O Futuro da Riqueza Americana

A movimentação de bilionários americanos em busca de novas residências e cidadanias levanta questões sobre o futuro da concentração de riqueza nos Estados Unidos. As motivações por trás dessa tendência podem variar desde a busca por regimes fiscais mais favoráveis até a preocupação com a instabilidade política e social.

Enquanto isso, o aumento do interesse no programa EB-5 e a proposta do “Gold Card” demonstram que os EUA continuam a ser um destino atraente para investidores estrangeiros. Este cenário aponta para uma possível transformação na dinâmica da riqueza no país, com a entrada de novos capitais e a saída de parte da elite estabelecida.

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Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via InfoMoney

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.