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O governo dos Estados Unidos tem usado uma tática sigilosa para controlar o destino de cargas de chips avançados de inteligência artificial. Eles instalam rastreadores nessas remessas para evitar que os componentes cheguem à China. A ação foi divulgada pela agência de notícias Reuters nesta quarta-feira (13), levantando questões sobre a segurança das cadeias de suprimentos.
Essa estratégia não se limita apenas à China. Fontes ligadas à reportagem indicam que a mesma técnica é empregada para barrar a chegada ilegal desses itens em outras nações que enfrentam restrições comerciais de Washington. O monitoramento das cargas ajuda as autoridades a identificar empresas que tentam burlar as leis e descobrir quem são os envolvidos nesses desvios.
Como o Rastreamento de chips de IA Funciona?
Os dispositivos de rastreamento costumam ser discretos e ficam escondidos nas embalagens dos processadores. Estes chips são feitos para acelerar tarefas complexas ligadas à inteligência artificial. Ainda não se sabe ao certo a frequência de uso desses aparelhos, nem quando essa medida de investigação de contrabando de semicondutores foi iniciada.
Existe um relato de 2024, onde uma remessa de servidores da Dell, equipados com chips da Nvidia, continha rastreadores grandes nas caixas. Havia também versões menores escondidas dentro das embalagens dos produtos e até mesmo dentro dos próprios equipamentos. Esse caso mostra a profundidade da vigilância aplicada nas cargas.
Outra pessoa entrevistada mencionou ter visto rastreadores “quase do tamanho de um smartphone” em outros carregamentos de servidores da Dell e da Super Micro. Esses aparelhos foram depois removidos por revendedores. Essa informação sugere que a operação é ampla e atinge diferentes fabricantes no mercado de tecnologia.
A AMD é outra fabricante de produtos que foram alvo de rastreamento pelas autoridades americanas, conforme o relatório. Essas ações visam coibir o desvio de tecnologia sensível. Não há detalhes sobre quem é responsável pela instalação desses equipamentos nem o ponto exato da rota de navegação onde são inseridos.
O Bureau de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio dos EUA, que cuida dos controles de exportação e fiscalização, estaria envolvido diretamente nessa operação. Também é possível que o FBI e o Departamento de Segurança Interna participem ativamente do monitoramento dos chips de IA. A colaboração entre as agências visa garantir a eficácia do sistema.
Quando questionada sobre o assunto, a Dell afirmou não ter conhecimento do uso de rastreadores de localização pelo governo dos EUA em seus produtos. Já a Super Micro e a Nvidia preferiram não comentar sobre o tema, mantendo silêncio. A AMD, por sua vez, não respondeu às perguntas enviadas pela agência de notícias.
Restrições e o Cenário Atual dos Chips de IA
O uso de rastreadores para identificar desvios de cargas de chips de IA para a China está ligado às restrições à venda desses processadores. Tais medidas foram impostas pelo governo americano em 2022. Essas restrições fazem parte de uma disputa global pela liderança em inteligência artificial.
O objetivo principal dessas proibições é dificultar o acesso e o uso de tecnologia avançada pelas forças militares chinesas. Essa estratégia é um capítulo importante na competição tecnológica entre os dois países. Ela demonstra a importância estratégica que os chips de IA possuem no cenário geopolítico atual.
Vale lembrar que agências americanas utilizam métodos parecidos há décadas. Eles são aplicados para investigar exportações de outros produtos cuja venda é proibida para determinados mercados. Peças de aviões, por exemplo, já receberam rastreadores de localização para impedir que cheguem a destinos não autorizados, prevenindo contrabandos.
O cenário atual mostra uma intensificação das ações para proteger o domínio tecnológico. O rastreamento de chips de IA é mais uma ferramenta nesse esforço. Essas medidas podem impactar o desenvolvimento e a disponibilidade de tecnologias emergentes em escala global.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.