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- A Comissão Europeia cancelou a implementação da Taxa de Serviços Digitais no próximo orçamento da UE a partir de 2028.
- Essa mudança pode afetar empresas de tecnologia como a Apple, que eram alvo dessa tributação.
- O foco agora é em novas fontes de receita, como impostos sobre produtos de tabaco e resíduos eletrônicos.
- A decisão busca equilibrar arrecadação e negociações comerciais, especialmente com os EUA.
A Comissão Europeia parece ter reconsiderado seus planos iniciais de implementar um imposto digital sobre grandes empresas de tecnologia, incluindo a Apple. Essa mudança vem à tona por meio de um documento preliminar que circulou internamente na Comissão na semana passada. Esse documento detalha as fontes de receita para o próximo orçamento de sete anos da União Europeia, que começa em 2028, e a Digital Services Tax não está mais na lista.
O Futuro Orçamento e a Taxa de Serviços Digitais
A mudança foi confirmada em um documento de rascunho, obtido pela Politico, que circulou internamente na Comissão Europeia no final da semana passada. Esse documento delineia as potenciais fontes de receita para o próximo orçamento da União Europeia, que cobrirá o período a partir de 2028 e terá duração de sete anos.
É importante notar que, ausente desta lista, está a amplamente discutida taxa de serviços digitais. Ela estava em consideração ainda em maio deste ano e era vista como uma ferramenta para assegurar que grandes empresas do setor digital contribuíssem de forma justa para a economia europeia, principalmente aquelas sem presença física na UE.
A Apple, por exemplo, tem enfrentado um crescente escrutínio regulatório na Europa. A empresa estava entre os principais alvos da proposta agora abandonada, que visava impor impostos adicionais especificamente a companhias digitais que geram receita significativa de usuários europeus sem terem sede física nos estados-membros da União Europeia.
Essa medida da Comissão Europeia reflete uma nova direção. Ela busca equilibrar as necessidades de arrecadação do bloco com as complexidades das negociações comerciais internacionais. A desistência dessa tributação pode ter implicações para outras grandes empresas de tecnologia que operam no continente.
Novas Propostas de Arrecadação para a UE
Em vez de seguir com a taxa de serviços digitais, a Comissão agora propõe três novas fontes de arrecadação. Uma delas é um imposto de consumo sobre produtos de tabaco, que seria aplicado em toda a União Europeia, buscando padronizar a tributação nesse setor.
Outra proposta é um imposto sobre equipamentos elétricos e eletrônicos descartados. Essa medida visa incentivar a reciclagem e a gestão sustentável de resíduos eletrônicos, contribuindo para a economia circular e diminuindo o impacto ambiental.
A terceira proposta é um imposto corporativo direcionado a grandes empresas. Serão alvo companhias com faturamento anual na União Europeia superior a 50 milhões de euros, como a Apple, garantindo que grandes corporações com vasta atuação no bloco contribuam de maneira mais significativa.
É crucial ressaltar que todas essas novas propostas de impostos exigirão aprovação unânime de todos os 27 estados-membros da União Europeia. Esse requisito pode tornar o processo de implementação complexo e demorado, dependendo do consenso entre os países.
As Razões por Trás da Mudança de Rota
O momento dessa mudança é amplamente compreendido como ligado às negociações em curso para um novo acordo comercial transatlântico entre a União Europeia e os Estados Unidos. As discussões buscam estabelecer termos mais favoráveis para ambas as partes no cenário global.
De acordo com informações da Politico, a decisão da Comissão de retirar a taxa digital é vista como uma tentativa de evitar prejudicar essas negociações comerciais com os Estados Unidos. O objetivo é assegurar termos mais vantajosos em um futuro acordo prospectivo, mostrando flexibilidade regulatória.
A remoção dessa taxa pode facilitar o progresso das conversas comerciais, aliviando uma potencial fonte de atrito. A União Europeia parece estar priorizando um bom relacionamento comercial com os EUA, o que pode trazer benefícios econômicos mais amplos a longo prazo. A Comissão Europeia alterou sua proposta inicial, indicando uma estratégia mais alinhada com as relações internacionais.
A Comissão Europeia recuou da tributação digital, sinalizando um ponto de virada significativo na política fiscal do bloco. Essa abordagem pragmática pode abrir caminho para acordos mais amplos, beneficiando o comércio e a colaboração entre os dois grandes blocos econômicos mundiais. Esse recuo da UE na tributação digital impacta diretamente empresas como a Apple, que seriam fortemente afetadas.
A proposta final para o orçamento da União Europeia para o período de 2028 a 2035 está programada para ser publicada na quarta-feira, 16 de julho. Embora a contribuição digital permaneça fora da mesa por enquanto, o resultado das próximas conversas comerciais com os Estados Unidos e as ações contínuas de aplicação do DMA continuarão a moldar o ambiente regulatório para a Apple na União Europeia.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.