▲
- Rod Stafford, ex-funcionário da Unity, foi condenado a 22 anos de prisão por crimes sexuais e abuso de menores no Reino Unido.
- A notícia mostra como o histórico criminal de Stafford, que atuou na Unity, levanta questões sobre contratação e verificação de antecedentes.
- A condenação e as mudanças na Unity, incluindo demissões e reestruturações, afetam o setor de tecnologia e desenvolvimento de jogos.
- O caso evidencia a importância de políticas internas rigorosas na contratação de profissionais.
Rod Stafford, ex-funcionário sênior da Unity, foi condenado a 22 anos de prisão no Reino Unido após ser considerado culpado por 33 crimes sexuais, incluindo estupro, agressão sexual e abuso de menores. A sentença foi dada pelo Tribunal da Coroa de Oxford. O tribunal também determinou licença estendida, registro vitalício como criminoso sexual e restrições adicionais.
Stafford, que também usava os nomes Roderick Bryce-Hagain e Roderick Bryce-Stafford, representou a Unity em eventos importantes do setor entre 2023 e 2024. Ele participou da Developer Conference, Reboot Develop e GDCy, mostrando sua atuação pública. Na época, ele trabalhava na área de serviços de nuvem e jogos da empresa.
Além de suas responsabilidades na Unity, Stafford detinha um cargo executivo na Merchiston Consulting, o que ampliava sua influência. Seu histórico criminal é extenso e bem documentado, levantando preocupações sobre as práticas de verificação de antecedentes. Isso se tornou um ponto de discussão no setor tecnológico.
Em 2004, Stafford já havia sido condenado por abusos enquanto era oficial do Exército Britânico. Os crimes incluíam trocas de favores sexuais por avaliações e agressões a colegas. Após um julgamento militar, ele cumpriu uma pena de três meses e meio de prisão. A reincidência e sua representação pública da Unity geram questionamentos sobre os processos de contratação da empresa.
Unity se manifesta sobre os Crimes sexuais de Stafford
Logo após a confirmação da sentença de Rod Stafford, a Unity se pronunciou rapidamente. A empresa informou ao veículo Game Developer, em uma breve declaração, que Stafford não faz mais parte de seu quadro de funcionários. No entanto, o comunicado não especificou há quanto tempo essa desvinculação ocorreu.
Um porta-voz da empresa fez uma declaração oficial sobre o ocorrido. “Soubemos que um ex-funcionário residente no Reino Unido está atualmente envolvido em um processo criminal”, afirmou o representante da Unity. A empresa buscou deixar claro que a situação era isolada de suas operações diárias.
O porta-voz acrescentou que “o indivíduo em questão não está mais na Unity e seu processo criminal não tem nenhuma conexão com a Unity ou suas operações”. Essa posição visa desassociar a empresa do escândalo, focando na individualidade do caso e na ausência do ex-funcionário. A falta de clareza sobre a data exata da saída ainda gera dúvidas.
Não ficou exatamente claro quando Stafford deixou a Unity. Contudo, um documento acessado pela Game Developer indicou que o funcionário ainda estava na empresa em abril de 2025. Esse mês coincide com a época em que seu julgamento estava ocorrendo, levantando mais perguntas sobre o conhecimento da Unity sobre o processo.
Até o momento, a Unity se recusou a responder perguntas adicionais sobre o caso. A empresa não esclareceu quando tomou conhecimento dos procedimentos criminais contra Stafford. Além disso, não explicou como conseguiu contratar alguém com um histórico público de má conduta sexual. Isso mantém um ponto de interrogação sobre as políticas internas.
Onda de demissões também impactou a Unity
O ano não começou da melhor forma para a Unity, que enfrentou uma série de demissões no início de 2025, segundo relatos não oficiais. Em fevereiro, a empresa, conhecida por seu motor gráfico bastante usado na indústria de games, teria comunicado os cortes por e-mail, sem um anúncio oficial.
De acordo com Shanee Nishry, um desenvolvedor e ex-funcionário da Unity, toda a equipe responsável pela ferramenta Unity Behavior foi desligada nessa ocasião. Essa ferramenta permitia criar comportamentos para personagens não jogáveis (NPCs) e objetos nos jogos, otimizando o desenvolvimento. O suporte a ela foi encerrado imediatamente após as demissões.
A ferramenta Unity Behavior estava sendo desenvolvida como parte da estratégia da empresa para expandir suas soluções de inteligência artificial e automação em jogos. O desligamento repentino dessa equipe levanta dúvidas sobre o futuro dessa tecnologia ou se ela continuará em desenvolvimento interno. Reestruturação na indústria de jogos é um tema recorrente.
É importante lembrar que, em 2024, a Unity já havia realizado demissões em massa, afetando cerca de 1.800 pessoas. Esses cortes resultaram em um impacto financeiro de aproximadamente US$ 205 milhões para os cofres da empresa. A situação reflete um período de instabilidade na companhia.
Este ano tem sido repleto de desafios para a Unity, com eventos como a condenação de seu ex-funcionário e as ondas de demissões afetando sua operação. A empresa segue em um período de reajustes e busca por estabilidade no mercado de desenvolvimento de jogos. Acompanharemos os próximos passos da companhia e as repercussões no cenário tecnológico.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.