Ex-ministro da Agricultura comenta primeiro caso de gripe aviária no Brasil

Francisco Turra, ex-ministro da Agricultura, analisa os efeitos da gripe aviária no Brasil e as medidas para conter a doença.
Atualizado há 9 horas atrás
Ex-ministro da Agricultura comenta primeiro caso de gripe aviária no Brasil
Francisco Turra discute os impactos da gripe aviária e as ações de prevenção no Brasil. (Imagem/Reprodução: Infomoney)
Resumo da notícia
    • O primeiro caso de gripe aviária no Brasil foi confirmado, conforme comentado pelo ex-ministro da Agricultura Francisco Turra.
    • Você pode ser afetado pelo possível impacto nas exportações de frango e no mercado internacional.
    • A doença pode levar à suspensão temporária de importações e afetar a reputação do Brasil como exportador.
    • O setor está adotando protocolos para minimizar os danos e manter a confiança global.
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Francisco Turra, ex-ministro da Agricultura durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e figura importante na Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), comentou sobre o primeiro caso de gripe aviária no Brasil. Apesar dos esforços para evitar a doença, Turra não se mostrou surpreso com o ocorrido, destacando que era quase inevitável diante do cenário global. Ele também mencionou os possíveis impactos nas exportações de frango, comparando a situação com um caso anterior da doença de Newcastle.

Turra ressaltou que as empresas do setor estão trabalhando em conjunto para seguir os protocolos e evitar a disseminação da gripe aviária no Brasil. Segundo ele, essas ações são cruciais para manter a reputação do país no mercado internacional. Além disso, ele acredita que a falta de outros grandes exportadores de frango pode favorecer o Brasil neste momento.

O Protagonismo do Brasil nas Exportações de Carne de Frango

O InfoMoney questionou Francisco Turra sobre os riscos que o recente caso de gripe aviária no Brasil pode trazer para o status do país como grande exportador de carne de frango.

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Turra respondeu que, graças aos esforços para conter a influenza aviária, o Brasil se tornou o maior exportador mundial desde 2005, com 37% de participação no mercado global. Ele enfatizou a profissionalização do setor, que gera 4 milhões de empregos diretos e indiretos, sendo muito importante para a pequena propriedade. O sistema de integração brasileiro é um modelo mundial, transformando o pequeno produtor em empresário, amparado por uma lei específica.

O ex-ministro complementou que o Brasil já estava preparado com protocolos, estudos e treinamentos para enfrentar um possível caso de influenza aviária. As ações, como descarte de ovos, abate de aves, regionalização, desinfecção e corredores sanitários, foram implementadas rapidamente, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Agricultura, o que deve minimizar os impactos.

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Questionado se o aparecimento da doença afeta a reputação do Brasil, Turra respondeu que o mundo confia no trabalho de sanidade do país. Ele usou como exemplo o caso da doença de Newcastle, onde a capacidade de reação e contenção foi fundamental. Para Turra, o importante não é evitar a ocorrência da doença, mas sim saber como lidar com ela.

Impacto nas Exportações e Medidas de Contenção da Gripe Aviária no Brasil

Turra comentou que, após o foco da doença de Newcastle no Rio Grande do Sul no ano passado, as exportações de frango foram impactadas por cerca de três meses. Ele acredita que um cenário semelhante pode se repetir com a gripe aviária no Brasil.

Ele explicou que os protocolos internacionais preveem a suspensão temporária das importações, no mínimo, do estado onde o caso foi detectado, ou, em alguns casos, do país todo. A retomada das exportações depende da capacidade de demonstrar controle e reação. No entanto, ele ressaltou que a região afetada pode sofrer prejuízos mais duradouros, como no caso do Rio Grande do Sul, que ainda não retomou as vendas para o Chile e a China após o caso de Newcastle.

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Quanto ao risco de a influenza se espalhar para outras regiões, Turra afirmou que existe essa possibilidade, já que o caso ocorreu em uma granja de ovos férteis que já havia feito vendas para outros estados e países. O rastreamento está sendo feito e os ovos estão sendo descartados. Ele considera essa situação mais delicada, pois a contaminação ocorreu em um local onde não poderia ter acontecido, exigindo um trabalho maior para mitigar os prejuízos.

Sobre a possibilidade de os compradores que suspenderam as importações buscarem mercados alternativos, Turra acredita que não há outro país que possa substituir o Brasil devido ao grande volume de exportação. Os Estados Unidos, apesar de serem grandes produtores, não têm excedentes exportáveis, e a União Europeia é importadora. Essa falta de alternativas joga a favor do Brasil.

Ações do Setor e Recuperação Após Enchentes

Turra destacou que as empresas do setor estão totalmente integradas e cumprindo os protocolos. O foco da doença está em uma empresa com recursos para ajudar na contenção, e há solidariedade entre as empresas, o governo e um fundo de defesa sanitária no Rio Grande do Sul para auxiliar em casos de dificuldade.

Ao comentar sobre o impacto da chegada da gripe aviária no Brasil na recuperação do setor agrícola do Rio Grande do Sul, que recentemente completou um ano das enchentes, Turra lamentou a sequência de desastres que atingiram o estado, como a Covid-19, enchentes, estiagem, a doença de Newcastle e agora a influenza aviária. No entanto, ele acredita que essa sequência de eventos pode ter servido como um treinamento para superar as dificuldades.

Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.
Segunda: Via InfoMoney

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.