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- Executivos de casas de apostas explicaram que o mercado legal passou por regulamentações recentes.
- O setor busca esclarecer que suas plataformas oferecem maior segurança e controle para os usuários.
- A discussão aponta que a regulamentação ajuda a combater apostas ilegais e a proteger consumidores.
- A oposição do setor se concentra na desinformação e na crítica ao endividamento causado por apostas ilegais.
Uma nova edição do TecInverso foi ao ar nesta sexta-feira (18), apresentando uma entrevista com dirigentes de casas de apostas e do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR). Participaram o presidente do IBJR, Fernando Vieira, o country manager da Betano Brasil, Guilherme Figueiredo, e o CEO da Sporting Bet Brasil, Antonio Forjas. O debate abordou críticas ao setor e buscou esclarecer o papel das empresas regulamentadas.
Quais temas serão abordados nesta edição do TecInverso?
A conversa revelou que o mercado de apostas ilegal representa um grande desafio. Segundo Vieira, cerca de 70% dos apostadores têm dificuldades para identificar se uma plataforma possui licença. A chegada dos aplicativos de apostas na loja oficial do Android promete mudar esse cenário, uma vez que direciona o usuário às plataformas autorizadas, tornando o mercado mais seguro e regulamentado. Para mais detalhes, confira este artigo.
A regulamentação também tem ajudado a diferenciar as operações legais das ilegais, reforçaram os convidados. As plataformas autorizadas implementam medidas de segurança, como o uso de biometria facial e restrições de cadastro para menores de idade. No entanto, os convidados criticaram o atraso na regulamentação, que teria contribuído para a disseminação de informações erradas no mercado de apostas. Vieira mencionou que há mais de 300 projetos de lei no Congresso tentando alterar a legislação, muitas de forma negativa, apesar da regulamentação atual ter sido aprovada há apenas seis meses. Recentemente, o setor chegou a ser tema de debate no Senado, após a divulgação de um relatório que aponta consumidores deixando de comprar comida para apostar, em uma situação considerada preocupante por alguns críticos.
Disputa de mercados e críticas externas
Os representantes do setor também enfrentaram críticas de instituições bancárias, como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A preocupação é que a expansão das apostas pode aumentar o endividamento. Vieira questionou essas alegações, argumentando que há gastos de muito maior proporção na vida dos brasileiros, como o uso de cartões de crédito do varejo, que geram maiores problemas. Ele afirmou que “é o sistema bancário que deveria falar se as apostas estão ou não causando endividamento”.
A discussão também abordou o setor do varejo, que tem manifestado preocupação com as apostas. Vieira destacou que o debate muitas vezes é pautado por um “discurso ideológico”, que transforma o tema em uma espécie de campo de batalha. Ele enfatizou que as apostas têm foco no entretenimento e na diversão, apontando que há uma cultura equivocada de que apostas representam uma fonte de renda, muitas vezes alimentada por influenciadores e figuras públicas. Para entender melhor esse fenômeno, veja este Guia sobre apostas.
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Novo panorama para o mercado
A presença de plataformas como TecMundo reforça a importância de regulamentar o mercado de apostas para evitar a desinformação. O setor destaca que a legislação atual, após sua implementação recente, visa garantir maior segurança aos usuários, além de combater o crescimento de apostas ilegais. Essa iniciativa também pode influenciar na redução de riscos de endividamento.
O mercado de apostas enfrenta uma disputa por espaço com outras atividades financeiras e comerciais, incluindo o setor bancário. Vieira argumenta que, muitas vezes, as críticas relacionadas ao endividamento são exageradas e que, na verdade, há outros gastos que representam um problema maior para o brasileiro. Ele questionou se o sistema bancário, que lucra com altas taxas, também deveria ser visto como o responsável por endividar os consumidores que jogam legalmente.
Imagens como a de mostram os dirigentes presentes na entrevista, reforçando o diálogo aberto sobre o tema.
Fernando Vieira também criticou o setor do varejo, que demonstra preocupação com as apostas. Segundo ele, muitas vezes essa resistência está relacionada a interesses econômicos de outros negócios, como o crédito oferecido por cartões de lojas. “Quem realmente está ganhando dinheiro dentro do varejo é quem oferece cartão de crédito, não as vendas de roupas ou acessórios”, afirmou.
As apostas continuam sendo vistas pelo setor como uma forma de entretenimento e lazer, embora discutida sob controvérsia. Muitos consumidores ainda recebem a cultura de que apostas podem ser uma fonte de renda, o que leva a comportamentos irresponsáveis e problemas de endividamento.
O próximo TecInverso com os dirigentes das casas de apostas será transmitido às 16h pelo canal do TecMundo no YouTube. Além de falar sobre o mercado de apostas, os convidados também discutem temas relacionados a impostos, patrocínios em times de futebol e outras questões relevantes ao setor.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.