Exército Brasileiro realiza maior treinamento de defesa cibernética do hemisfério Sul

Exército Brasileiro realiza o Guardião Cibernético 7.0 para fortalecer a defesa contra ataques digitais.
Exército Brasileiro realiza maior treinamento de defesa cibernética do hemisfério Sul
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • O Exercício Guardião Cibernético 7.0 é o maior treinamento de defesa cibernética do hemisfério Sul, realizado no Brasil.
    • Você pode se beneficiar de um país mais seguro digitalmente, com instituições preparadas para enfrentar ciberataques complexos.
    • O treinamento aprimora a proteção das infraestruturas críticas e fortalece a capacidade de resposta a ameaças digitais nacionais e internacionais.
    • A preparação incluí estratégias para proteger eventos globais, como a COP30, garantindo maior segurança digital.
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O Exercício Guardião Cibernético 7.0 (EGC 7.0) começou na segunda-feira, dia 15, marcando sua sétima edição como o maior treinamento de defesa cibernética do hemisfério Sul. As atividades principais acontecem simultaneamente em dois pontos estratégicos: na Escola Superior de Defesa (ESD), em Brasília (DF), e no Comando Militar Norte (CMN), na cidade de Belém (PA).

Essa iniciativa, organizada pelo Ministério da Defesa, alcançou um número recorde de participantes. Cerca de 750 pessoas, representando mais de 160 instituições de 20 países diferentes, estão envolvidas presencialmente. Se contarmos as atividades realizadas de forma online, o total de inscritos se aproxima de mil. O treinamento se estenderá até a próxima sexta-feira, dia 19.

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Abertura da sétima edição do treinamento, em Brasília. (Imagem: Érico Alves/Ministério da Defesa/Reprodução)

O que é e como funciona a Defesa cibernética do Brasil com o Guardião Cibernético 7.0?

O EGC 7.0 é um treinamento especializado que serve para avaliar as capacidades da defesa cibernética no país. Ele é coordenado diretamente pelo Comando de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro (ComDCiber). O objetivo principal é verificar a eficácia dos planos de contingência e testar novas estratégias de mitigação em cenários de ataques digitais.

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Durante o exercício, são realizadas diversas simulações. Essas simulações são desenhadas para replicar situações reais, permitindo que as equipes identifiquem pontos fortes e fracos nos sistemas de segurança existentes. Com isso, é possível aprimorar as respostas a possíveis incidentes cibernéticos.

As metas do EGC 7.0 são bem claras e abrangentes.

  • O principal objetivo é aprimorar o preparo das Forças Armadas e de todas as instituições que participam da segurança nacional. Isso inclui a proteção das infraestruturas críticas do país, como setores de transporte, energia, finanças e comunicações, que são essenciais para o funcionamento da nação.
  • Ao longo das atividades, os participantes trabalham para criar e desenvolver soluções inovadoras. A ideia é fortalecer a capacidade de reação a ataques cibernéticos que são coordenados e de alta complexidade. Assim, o país estará mais preparado para lidar com ameaças digitais avançadas.
  • Uma das simulações é bem imersiva: diretores de diversas empresas e entidades são colocados em cenários de crise. Eles enfrentam problemas tecnológicos que não conheciam, o que ajuda a desenvolver resiliência e tomada de decisão sob pressão em momentos críticos.
  • Existem também exercícios específicos para as equipes técnicas, com o foco em melhorar seu desempenho operacional. Além disso, há cenários de emergência em grande escala, simulando situações que afetam várias empresas e representam riscos graves para o país como um todo, exigindo uma resposta coordenada.

A escolha de Belém para sediar parte do EGC 7.0 tem um papel bem estratégico nesta edição. A capital do Pará recebeu um hub especial de operações, que irá auxiliar diretamente na preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30. Este evento importante está agendado para novembro.

A ideia dos organizadores é que o treinamento ajude a proteger os sistemas digitais que serão usados como suporte para a COP30. A conferência terá grande destaque mundial, com uma expectativa de cerca de 50 mil pessoas e representantes de quase 200 países. Reforçar essa proteção é crucial para garantir a segurança de um evento de tamanha visibilidade.

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As atividades do EGC 7.0 também acontecem em Belém, em preparação para a COP30. (Imagem: Érico Alves/Ministério da Defesa/Reprodução)

Fortalecendo a Resiliência Digital Brasileira

O Ministério da Defesa destaca que programas como o EGC 7.0 são fundamentais para fortalecer a resiliência tecnológica do país. Resiliência, nesse contexto, significa a capacidade de um sistema de TI ou infraestrutura digital de funcionar bem. Isso inclui a habilidade de prevenir, identificar, responder e se recuperar rapidamente de problemas como falhas de hardware, ciberataques, erros de pessoas ou até mesmo desastres naturais.

Na cerimônia de abertura, o general Hertz Pires do Nascimento, que é o chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército (DCT), enfatizou a importância do Guardião Cibernético. Ele descreveu o exercício como uma ferramenta eficaz para integrar o Ministério da Defesa com empresas e outras organizações. Essas entidades participam ativamente de uma tarefa que exige muito conhecimento técnico e colaboração.

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O general Hertz ainda ressaltou que o Brasil tem mostrado um crescimento considerável na área de tecnologia. Segundo ele, há um potencial real para que o país possa exportar tecnologia no futuro. Isso demonstra a importância de investir em treinamentos como o Guardião Cibernético para manter essa evolução e garantir um lugar de destaque no cenário global.

Esses esforços contínuos em segurança cibernética mostram o comprometimento do Brasil em proteger seus ativos digitais e sua soberania no espaço virtual. A capacitação e a cooperação internacional são pilares para garantir um ambiente digital mais seguro para todos e um futuro tecnológico resiliente.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.