Falha no WhatsApp para Windows pode instalar malware disfarçado de anexo

Descubra como uma vulnerabilidade no WhatsApp para Windows pode enganar usuários e instalar malware disfarçado de anexo. Saiba como se proteger.
Atualizado há 6 dias
Falha no WhatsApp para Windows pode instalar malware disfarçado de anexo
Cuidado com o WhatsApp no Windows: vulnerabilidade pode instalar malware disfarçado!. (Imagem/Reprodução: Neowin)
Resumo da notícia
    • Uma falha no WhatsApp para Windows permite que criminosos disfarcem malware como anexos inofensivos.
    • Você pode ser enganado ao abrir um arquivo que parece seguro, mas instala malware no seu computador.
    • Isso pode resultar em roubo de dados, controle remoto do sistema ou infecção por ransomware.
    • A Meta já liberou uma atualização para corrigir a vulnerabilidade, mas a atenção do usuário ainda é essencial.
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Usuários do WhatsApp para Windows devem ficar atentos: uma brecha de segurança identificada pela Meta pode permitir que invasores disfarcem arquivos maliciosos como anexos seguros. Essa vulnerabilidade, rastreada como CVE-2025-30401, explora a diferença entre como o app exibe e abre arquivos, tornando possível enganar a vítima e levar à instalação de malware sem perceber.

O que a falha no anexo do WhatsApp permite e como funciona

Quando alguém recebe um arquivo via WhatsApp no Windows, a plataforma identifica o item com base no seu MIME type — que informa se aquilo é uma imagem, vídeo, documento e por aí vai. Só que, ao abrir manualmente o arquivo pelo app, quem decide como tratar aquela extensão é o sistema operacional, que leva em conta sua terminação, como .png ou .exe.

Esse detalhe dá espaço para que criminosos criem arquivos com um mismatch proposital. Eles podem definir o MIME type como uma foto para que o WhatsApp exiba um ícone confiável, porém manter a extensão com cara de programa, como .exe. O usuário desavisado, achando que vai abrir uma imagem ou vídeo, na verdade executa um aplicativo.

Isso abre uma porta para que códigos maliciosos rodem sem levantar suspeitas, instalando backdoors, roubando arquivos, monitorando a máquina, sequestrando dados com ransomware ou até controlando o sistema. Tudo porque o arquivo parece inofensivo para quem olha rápido.

De acordo com a Meta, versões do WhatsApp para Windows anteriores à 2.2450.6 são afetadas. A empresa reforça que a brecha só pode ser explorada caso a pessoa clique manualmente no anexo e confirme sua execução. Por isso, recomenda cautela com arquivos inesperados, mesmo aqueles enviados por contatos confiáveis.

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Detalhes técnicos e correção disponibilizada pela Meta

A Meta publicou um boletim de segurança explicando a brecha técnica. O problema é classificado como uma spoofing — ou seja, um método para enganar a percepção do usuário — e está vigorando na faixa de versões de 0.0.0 até antes da 2.2450.6 do aplicativo para Windows.

Diferentemente do MIME type que aparece durante o recebimento da mensagem, o sistema do computador prioriza a extensão para definir se deve abrir uma foto, vídeo, documento ou programa. O golpe, portanto, ocorre devido ao contraste entre essas duas formas de reconhecimento do arquivo.

A atualização que corrige a vulnerabilidade já foi liberada e está disponível tanto no site oficial do WhatsApp quanto na Microsoft Store. Instalar a versão 2.2450.6 ou superior impede esse ataque específico de ser explorado.

Mesmo com o patch, práticas básicas de cibersegurança continuam essenciais: mantenha atenção antes de executar anexos recebidos, evite abrir arquivos desconhecidos e confirme a origem da mensagem, já que perfis comprometidos também podem reenviar links e arquivos contaminados.

Como criminosos podem explorar anexos para infecções no Windows

Esta Falha no anexo do WhatsApp pode sustentar várias estratégias de ataques cibernéticos, como:

  • Disfarçar executáveis maliciosos em imagens: o arquivo se mostra como uma foto legítima, mas ao clicar pode instalar trojans ou ransomwares;
  • Distribuição silenciosa de vírus: o usuário acha que está abrindo um PDF, áudio ou vídeo, mas na verdade executa um programa infectado;
  • Enganar contatos confiáveis, já que o invasor pode assumir uma conta comprometida e enviar anexos fraudulentos a conhecidos para disseminar a ameaça;
  • Facilitar ataques baseados em phishing, associando links a arquivos fraudulentos para ativar o código malicioso;
  • Invadir sistemas protegidos por antivírus, pois o usuário dá permissão para execução, reduzindo a chance do antivírus bloquear automaticamente a ameaça.
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Essas estratégias são ainda mais comuns porque enganam quem usa aplicativos populares, aproveitando um canal já famoso para espalhar códigos perigosos.

Riscos da brecha e contexto geral da segurança em apps de mensagens

Casos como este mostram que falhas explorando a identificação e a manipulação de anexos seguem preocupando as empresas de tecnologia e afetando bilhões de pessoas. Por isso, apps como o WhatsApp precisam atualizar constantemente seus mecanismos de segurança para fechar pontos vulneráveis.

Embora o foco tenha sido o WhatsApp para Windows, golpes semelhantes também ocorrem em plataformas que envolvem manipulação ou visualização de arquivos, inclusive navegadores, clientes de e-mail e redes sociais. A brecha destaca a necessidade de avaliar sempre a verdadeira natureza dos anexos antes de abrir algo no computador.

Essa vulnerabilidade ganha ainda mais importância porque, em geral, os atacantes misturam engenharia social, arquivos adulterados e imitam extensões típicas para enganar, como PDFs falsos ou supostos vídeos. Assim, a atenção dos usuários é a barreira final contra infecções.

Atualizações recentes do Windows que miram segurança, como patches mensais, reforçam que a proteção é um ciclo constante. Falhas emergem rápido e exigem respostas ágeis para manter os sistemas protegidos.

Recomendações para usuários do WhatsApp Desktop no Windows

A orientação da Meta é clara: baixe a atualização mais recente para se proteger. Além disso:

  • Desconfie de arquivos inesperados ou que fujam do contexto da conversa;
  • Verifique se a extensão do arquivo bate com o que o contato disse estar enviando;
  • Evite abrir arquivos .exe, .scr e outros executáveis, a menos que tenha total certeza da origem;
  • Use antivírus atualizado, que pode bloquear ameaças mesmo que sejam abertas acidentalmente;
  • Nos negócios, conscientize colaboradores sobre golpes com anexos forjados, que continuam comuns;
  • Mantenha Windows e aplicativos sempre nas versões mais recentes, incluindo mensageiros, navegadores e soluções de segurança.

Esse conjunto de cuidados reduz muito as chances de cair em golpes digitais que exploram o que parecia só um anexo inofensivo.

Enquanto isso, outras plataformas seguem melhorando controles para contas de menores, como na iniciativa da própria Meta expandindo controles para adolescentes, mostrando como segurança digital evolui em várias frentes.

Vale lembrar que a manipulação dos arquivos e extensões ocorre há décadas, mas ainda é eficaz por enganar o fator humano, que é o elo mais vulnerável nas redes.

Mantendo seu aplicativo oficial atualizado e desconfiando sempre antes de abrir arquivos estranhos, o risco de ser vítima da brecha diminui consideravelmente.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Neowin

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.