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O Brasil atingiu a marca de mais de 1,5 milhão de TV boxes pirata infectadas pelo malware Bad Box 2.0, tornando-se o país mais afetado por esse agente malicioso. A notícia, divulgada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) nesta terça-feira (12), revela o aumento expressivo na quantidade de aparelhos comprometidos, o que traz riscos à segurança dos usuários e das redes de telecomunicações brasileiras.
O que o Bad Box 2.0 faz?
Reconhecido mundialmente, o malware Bad Box 2.0 tem alertas de centros de segurança na Irlanda, Portugal e do FBI. Ele pode comprometer dados pessoais, roubar credenciais de acesso e facilitar invasões em contas de diversos serviços online. Além disso, representa uma ameaça à segurança das redes de telecomunicações, colocando as operações de operadoras em risco.
Segundo estudos da Anatel, o agente malicioso vem pré-instalado nesses dispositivos, mas sua ativação pode ocorrer remotamente toda vez que o aparelho se conecta à internet. Quando ativado, o malware pode realizar fraudes publicitárias, gerando cliques falsos em anúncios, ou ser utilizado em campanhas de Ataque Distribuído de Negação de Serviço (DDoS).
Ele também fica ativo mesmo em modo de espera, gerando tráfego de dados suspeitos. Assim, os TV boxes infectados podem retransmitir atividades ilícitas, como manipulação de dados pessoais, golpes online, além de acessos a sites de tribunais e bancos, aumentando o risco para os usuários e para a segurança dos sistemas.
Impacto no Brasil
Desde fevereiro até maio, cerca de 340 mil aparelhos comprometidos foram contabilizados. No entanto, de lá para cá, houve um salto na quantidade de TV boxes pirata infectadas, atingindo a marca de mais de 1,5 milhão em julho. Esses dispositivos atraem usuários por oferecerm acesso a conteúdos pagos de plataformas ilegais, como comentado nesta notícia.
O uso de TV boxes pirata com malware é especialmente preocupante devido ao porte do problema: muitas dessas caixinhas são vendidas de forma clandestina e não passam por controle de qualidade ou de segurança. Além disso, podem ser usadas em campanhas de ataques cibernéticos mais complexos. Para entender melhor os riscos, a ferramenta de segurança explica que esses aparelhos, além de oferecerem conteúdo ilegal, representam uma porta de entrada para cibercriminalidade.
Recomendações para os usuários
A Anatel recomenda que os consumidores priorizem a compra de dispositivos homologados e que desliguem imediatamente TV boxes pirata com sinais de comprometimento, especialmente aqueles que apresentam comportamento suspeito, como tráfego de dados incomum mesmo em modo de espera.
Outra dica importante é baixar aplicativos e atualizações exclusivamente de fontes oficiais e manter o sistema operacional atualizado para minimizar vulnerabilidades. Essas ações reduzem as chances de infecção e dificultam o trabalho dos cibercriminosos, que frequentemente utilizam esses dispositivos para atividades ilícitas, como golpes financeiros e ataques em larga escala.
A fiscalização da Anatel está intensificando o combate a esses aparelhos irregulares, desenvolvendo soluções tecnológicas que ajudem a detectar e eliminar os TV boxes pirata no mercado. Ações desse tipo visam proteger o mercado digital e garantir maior segurança para os consumidores, além de ajudar a blindar as redes contra ataques cada vez mais sofisticados.
Via Tecnoblog