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- A partir de 2025, as regras de cibersegurança da UE exigem maior segurança nos dispositivos móveis.
- Fabricantes como Samsung e Xiaomi já estão ajustando seus aparelhos para cumprir as novas normas.
- A restrição ao desbloqueio do bootloader reduzirá opções de personalização para usuários e empresas.
- Haverá maior segurança contra softwares maliciosos, mas menor controle sobre o software do dispositivo.
A data de 1º de agosto de 2025 se aproxima, marcando um momento importante para a indústria de celulares. É quando as exigências de cibersegurança da Diretiva de Equipamentos de Rádio (RED) 2014/53/EU da União Europeia entram em vigor. Essas novas regras afetam diretamente a abertura que por muito tempo definiu os smartphones Android, iniciando uma fase de grandes transformações no setor.
Poucos dias antes das novas regras, a Samsung discretamente retirou o recurso de bootloader unlock na sua atualização OneUI 8. Essa ação indica uma preparação antecipada para atender às futuras exigências da União Europeia. Para marcas como Xiaomi, Google e outros fabricantes de Android, que construíram sua reputação na flexibilidade, a mensagem é clara: o cenário está em rápida mudança.
As Novas Regras de Cibersegurança da União Europeia
Em 2022, novas regras foram adicionadas à diretiva (o ato delegado 2022/30), colocando a cibersegurança em destaque. Essa medida visa fortalecer a proteção dos usuários e a integridade dos dispositivos comercializados na região. A União Europeia tem buscado intensificar a segurança de equipamentos tecnológicos.
A partir de agosto de 2025, fabricantes de dispositivos vendidos na União Europeia precisarão cumprir requisitos específicos. Essas normas garantem que os aparelhos ofereçam um nível maior de segurança. O objetivo principal é proteger os dados e a privacidade dos usuários.
Entre as principais mudanças, destacam-se a necessidade de barrar a instalação de softwares não autorizados. Isso significa que apenas programas validados pelo fabricante poderão ser executados nos dispositivos. Tal medida busca coibir a disseminação de aplicativos maliciosos.
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Os fabricantes também deverão usar o Secure Boot, ou um sistema parecido, para verificar a autenticidade do firmware. Além disso, somente as ROMs que forem assinadas e aprovadas poderão rodar. Essas exigências, embora não citem o bootloader diretamente, tornam o seu desbloqueio, como conhecemos, algo do passado.
A Importância do Bootloader desbloqueado do Android para Usuários e Empresas
O bootloader é como a porta de entrada para o sistema operacional de qualquer smartphone. Por anos, o Android se destacou justamente por permitir que usuários, e até mesmo empresas, pudessem desbloquear esse recurso. Essa liberdade permitia a instalação de ROMs personalizadas e a adaptação dos dispositivos a necessidades bem específicas.
Essa flexibilidade sempre foi um ponto forte para o Android. Isso atraía tanto usuários avançados quanto clientes corporativos que precisavam personalizar seus aparelhos. A possibilidade de alterar o software abria um leque de oportunidades para diferentes usos, algo que o diferenciava no mercado.
Contudo, as novas exigências da RED mudam esse cenário. Agora, cada parte do firmware precisa ser assinada de forma criptográfica. O hardware e o software terão que ser validados em conjunto antes de cada inicialização do aparelho. Isso garante que não haja alterações não autorizadas.
Como resultado, ROMs não aprovadas ou modificadas serão bloqueadas por padrão. Essa mudança reduz bastante o controle que usuários e empresas tinham sobre o software de seus dispositivos. Tal alteração pode impactar a satisfação do consumidor e o uso em nichos de mercado.
A Mudança da Samsung e o Impacto no Mercado
A decisão da Samsung de desativar o desbloqueio do bootloader na OneUI 8 não foi um acaso. Foi uma atitude estratégica, feita para se adiantar à aplicação da RED. Essa iniciativa da Samsung confirma a tendência para o mercado de celulares na União Europeia.
Outros fabricantes, como a Xiaomi, Google e outras marcas, precisarão seguir o mesmo caminho. Isso é essencial para manter seus dispositivos certificados e aptos a serem vendidos na Europa. A conformidade é crucial para qualquer empresa que queira continuar atuando nesse mercado. Para a Samsung, os resultados financeiros de 2025 já podem refletir essa adaptação.
A pressão é grande para que as empresas mantenham a certificação CE, essencial para a venda na União Europeia. Elas precisam garantir que o firmware dos aparelhos não possa ser adulterado. Além disso, é necessário realinhar todas as políticas internas para atender às demandas de cibersegurança da RED.
Não cumprir essas regras não é uma opção para nenhuma marca que deseja manter sua presença no mercado da União Europeia. A não conformidade pode resultar em banimento de vendas, o que representa um risco enorme para as operações globais das empresas de tecnologia. Marcas como Xiaomi e POCO, que frequentemente oferecem promoções em seus celulares, precisarão adaptar suas estratégias.
O Futuro do Android: Semelhanças com o iOS?
Uma questão que surge é se o Android estaria perdendo uma de suas principais vantagens. Com as novas regras da RED, os dispositivos Android na Europa podem se parecer muito mais com os iPhones. Isso é especialmente verdadeiro quando se fala sobre o controle de software e a liberdade do usuário. Inclusive, a interface do iOS 26 já mostra um design bastante refinado.
Isso significa menos flexibilidade para o usuário. O acesso root e as ROMs personalizadas, que eram características marcantes do Android, podem desaparecer para a maioria das pessoas. Essa era de personalização profunda pode estar chegando ao fim no continente europeu.
Em contrapartida, haverá um aumento na segurança. O Secure Boot oferece uma proteção adicional contra malwares logo na inicialização do sistema. Esse recurso dificulta a ação de softwares maliciosos que tentam se instalar antes mesmo do sistema carregar completamente.
Além disso, o controle do fabricante será maior. Apenas as atualizações oficiais de firmware serão permitidas, limitando as opções dos usuários. Pode haver uma fragmentação regional, com países como China e Índia mantendo, por enquanto, o modelo mais aberto e flexível do Android.
A Reação Esperada da Xiaomi às Diretrizes
A Xiaomi construiu sua reputação com base na flexibilidade oferecida aos usuários. No entanto, a necessidade de cumprir a RED pode forçar a empresa a fazer grandes mudanças. A Xiaomi China, por exemplo, já bloqueou o desbloqueio do bootloader em seus aparelhos.
É provável que o desbloqueio do bootloader seja removido dos modelos europeus da Xiaomi. As variantes globais poderão enfrentar políticas mais rigorosas na União Europeia em comparação com outras regiões. Essa adaptação é crucial para a presença da marca no mercado europeu. A semana de serviço da Xiaomi já é um reflexo de sua organização em relação à manutenção.
Pode ser que dispositivos voltados para desenvolvedores ou para o uso corporativo recebam exceções especiais. No entanto, essa possibilidade ainda é incerta e dependerá das interpretações finais da diretiva. Modelos futuros, como o HyperOS 3, devem vir de fábrica com Secure Boot e validação rigorosa de ROMs.
Dada a postura pública da Xiaomi em relação à conformidade regulatória, é quase certo que a empresa alinhará suas operações europeias ao novo padrão da Samsung. A Xiaomi tem se mostrado proativa em adotar as diretrizes do mercado. A atualização do HyperOS 2.2, por exemplo, já trouxe melhorias visuais e de desempenho.
Um Novo Capítulo para os Smartphones Android
A RED não é apenas uma atualização técnica; ela representa uma mudança significativa na forma como os dispositivos Android serão comercializados e utilizados na União Europeia. A liberdade de desbloquear o bootloader está desaparecendo, impactando a personalização.
O acesso a ROMs personalizadas e a possibilidade de fazer root podem se tornar coisas do passado. Os dispositivos Android na Europa tendem a se assemelhar mais aos iPhones. Isso ocorre em termos de controle e restrições impostas aos usuários e desenvolvedores.
Para a maioria dos consumidores, o lado positivo é o aumento da segurança. Para empresas e entusiastas, no entanto, marca o fim de uma era de abertura e personalização. É uma troca que certamente moldará o futuro do ecossistema Android na Europa e, potencialmente, em todo o mundo. Para mais detalhes sobre as implicações, é sempre bom procurar fontes confiáveis.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via XiaomiTime