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- Os cheques foram uma forma popular de pagamento, mas estão perdendo espaço.
- Se você ainda usa cheques, é importante saber como isso pode afetar suas transações.
- A queda do uso dos cheques impacta a maneira como as pessoas realizam pagamentos no Brasil.
- Apesar de se tornarem raros, os cheques ainda são preferidos por alguns para determinadas transações.
Cada vez mais, ao fazer compras, utilizamos cartões de crédito, celulares ou até smartwatches para confirmar pagamentos. O dinheiro em espécie está se tornando menos comum, mas existe um método de transferência ainda mais raro hoje em dia: os cheques. Considerados por muitos como um método trabalhoso e inseguro, os cheques já foram um dos meios de pagamento mais populares no Brasil, oferecendo segurança, conveniência e limites mais altos. Assinar e entregar um cheque hoje parece complicado, mas essa foi a rotina de muitos brasileiros por mais de um século.
A História e o Fim dos Cheques
O cheque é basicamente uma garantia de pagamento à vista, emitida através de um pedaço de papel assinado pelo titular da conta, ordenando ao banco que realize o pagamento, desde que haja fundos disponíveis. Ao longo dos séculos, diversas culturas adaptaram esse mecanismo para facilitar transações financeiras. Não há um inventor oficial para esse meio de pagamento, mas existem indícios de métodos similares já em 350 a.C., na Roma Antiga. Relatos do século XI mostram que o viajante iraniano Nasir-i Khosrau utilizava um papel assinado como ordem de pagamento.
Cidades europeias como Veneza, Amsterdã e Barcelona também têm registros de práticas semelhantes no século XV. No entanto, o formato se popularizou de fato na Inglaterra, quando o banco oficial do país emitiu o primeiro cheque em 1660. A partir daí, ele se tornou uma alternativa para comerciantes depositarem lucros e para a corte realizar pagamentos à população, que podia sacar diretamente no Tesouro.
O termo bills of exchequer foi abreviado para check, e em português, adaptado para “cheque”. No Brasil, o cheque chegou em 1845, com a emissão de uma nota pelo Banco Comercial da Bahia. Cinco anos depois, o governo nacional regulamentou essa forma de pagamento, e ela se espalhou por todo o território.
Como Funciona o Pagamento com Cheque
O cheque é um documento oficial, emitido em papel timbrado do banco e assinado pelo comprador, funcionando como um comprovante de débito. Após ser preenchido, o cheque é entregue ao beneficiário, que geralmente precisa ir até uma agência bancária para descontá-lo, ou seja, converter o documento em dinheiro. A liberação do depósito pode levar até um dia útil.
Existem diferentes tipos de cheques: nominais (com o nome do beneficiário), cruzados (pagos via depósito em conta), administrativos (emitidos pelo banco e comprados por um cliente) e ao portador (depositados por quem apresentar o cheque no caixa). Além disso, há os cheques pré-datados, emitidos com uma data futura para o débito, comuns em pagamentos parcelados ou salários.
Cada banco possui seu próprio modelo de cheque, mas algumas informações são indispensáveis. Entre elas, o nome do titular da conta, CPF ou CNPJ, número, órgão expedidor e UF do documento de identidade, data de emissão, valor a ser pago (em números e por extenso), código do banco, agência, número da conta e número do cheque. O nome completo do beneficiário também é obrigatório em cheques nominais. O cheque deve ser apresentado ao banco em até 30 dias, ou até dois meses se emitido em local diferente do de pagamento.
Ao longo do tempo, tecnologias como a assinatura eletrônica e a Compensação Digital por Imagem foram criadas para otimizar o processo e aumentar a segurança. Se o valor emitido no cheque não estiver disponível na conta, ele é considerado “sem fundos” e devolvido. Além disso, os cheques possuem um número de série para evitar fraudes.
O Uso Atual e o Fim dos Cheques
Os cheques são emitidos em talões com várias folhas em branco, que devem ser preenchidas manualmente. Com a diminuição do uso, os clientes precisam solicitar um número específico de folhas ao banco, um processo que pode ter custos. Apesar de estarem cada vez mais raros, os cheques ainda são uma forma válida de transação financeira no Brasil e, mesmo com a popularização dos meios digitais, ainda resistem.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), apenas 0,5% dos pagamentos no país são feitos por cheque. Embora o número tenha caído 18% em 2024, ainda houve um uso significativo, com 137,6 milhões de cheques utilizados. Desde 1995, a popularidade do cheque caiu mais de 96%, mas a Febraban aponta que ainda há situações em que o público prefere esse formato, como resistência aos meios digitais, uso como caução ou em locais com problemas de internet.
Premiações, por exemplo, costumam ser entregues com cheques simbólicos de tamanho grande para fotos, mas sem valor real, já que o pagamento é feito por meios mais modernos. Atualmente, os bancos incentivam a troca para meios digitais, pois os cheques são considerados menos seguros devido à validação baseada apenas na assinatura. Modalidades como o Pix, apesar dos riscos de golpes, oferecem maior monitoramento e proteções digitais.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via TecMundo