Que fim levou o pager, o dispositivo de comunicação que fez sucesso nos anos 90?

Que fim levou o pager? Descubra a história desse dispositivo icônico dos anos 90, do seu auge ao declínio com a ascensão dos smartphones. Saiba mais!
Atualizado há 42 segundos
Que fim levou o pager

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Que fim levou o pager? Essa é a pergunta que muita gente se fez ao saber que, em setembro de 2024, explosões simultâneas desses dispositivos causaram mortes e ferimentos no Líbano. Afinal, em plena era dos smartphones, quem ainda usa pager? O incidente reacendeu a curiosidade sobre esse aparelho, popular nos anos 80 e 90, e conhecido no Brasil como “bipe”. Ele funcionava via frequências de rádio, transmitindo mensagens curtas, sendo um precursor do SMS e, indiretamente, dos aplicativos de mensagens atuais.

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A História do Pager: Da Polícia aos Bolsos

O pager, apesar de ter se popularizado nos anos 80, tem uma história bem mais longa. Na década de 1920, o Departamento de Polícia de Boston, nos EUA, utilizava um sistema similar para comunicação. Era um dispositivo de rádio unidirecional, instalado em carros de patrulha. A primeira patente, porém, só veio em 1949, pelas mãos de Alfred J. Gross, visando o uso por médicos.

Nos anos 50, um serviço de assinatura de pager surgiu em Nova York, permitindo receber mensagens a até 40 km de distância. A tecnologia evoluiu, combinando elementos do walkie-talkie e do rádio automotivo. A Motorola impulsionou o pager nos anos 70, lançando modelos com tela LCD e mensagens de texto curtas. Surgiram, também, versões bidirecionais, permitindo o envio de mensagens, e outras com suporte a voz.

Nos anos 80, as redes de longa distância permitiram a transmissão de mensagens entre países, via ondas de rádio. Os aparelhos alfanuméricos, com mais informações e telas melhores, alavancaram a popularidade do pager. A BlackBerry, nos anos 90, lançou modelos com teclado, permitindo responder mensagens diretamente no dispositivo.

Como Funcionava o Pager?

Para enviar uma mensagem, era necessário ligar para uma central, informar o código do pager e ditar o texto. A central codificava a mensagem e a transmitia, via ondas de rádio, para o pager correspondente. O aparelho emitia um bipe ou vibrava para notificar o usuário. As mensagens podiam ser numéricas (como um número de telefone) ou alfanuméricas (texto curto). Modelos bidirecionais permitiam o envio de respostas.

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O alcance dependia da potência e quantidade de antenas da rede. Áreas rurais ou com pouca infraestrutura podiam apresentar dificuldades de sinal. Pagers bidirecionais, com teclados QWERTY e telas maiores, surgiram mais tarde, permitindo inclusive o envio de e-mails. No entanto, o pager bidirecional acabou por sucumbir à popularidade crescente dos telefones celulares.

Declínio e o Advento dos Celulares

Inicialmente, o pager era uma alternativa acessível aos caros celulares. Mas com a queda dos preços e o aumento dos recursos dos telefones móveis, a situação se inverteu. Ligar, receber chamadas e enviar mensagens de texto sem intermediários, além da crescente velocidade da internet móvel, impulsionaram a migração dos usuários para os celulares. Os smartphones deram o golpe final nos pagers. Muitas fabricantes de pagers se reestruturaram, como a Motorola, que teve sua divisão de celulares vendida primeiro para o Google e depois para a Lenovo.

O Pager em 2025: Nichos e Resistência

Apesar do domínio dos smartphones, o pager encontrou nichos de mercado. Seu alcance em locais sem sinal de celular ou Wi-Fi (como hospitais ou áreas remotas), baixo custo, maior autonomia de bateria, confiabilidade (sem congestionamento de rede) e ausência de rastreamento (sem GPS ou Bluetooth) o mantiveram relevante.

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Em 2024, cerca de dois milhões de pessoas ainda usavam pagers, principalmente em hospitais, serviços de emergência e resgate. Apesar das grandes marcas terem abandonado o segmento, empresas na China e Taiwan ainda fabricam diversos modelos. Um exemplo é a Gold Apollo, cujos pagers, com bateria de longa duração e resistência à água, eram usados no Líbano durante os incidentes das explosões.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via TecMundo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.