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- A Microsoft encerrou as vendas e aluguéis de filmes e séries na sua loja digital no Windows e Xbox a partir de 18 de julho.
- Usuários ainda podem assistir aos conteúdos previamente adquiridos pelo aplicativo Filmes e TV, mas não há reembolso para compras feitas.
- A decisão é parte de uma mudança no foco da empresa, refletindo uma tendência de mercado para plataformas de streaming por assinatura.
A Microsoft encerrou as vendas e aluguéis de filmes e séries em sua loja digital no Windows e Xbox a partir de 18 de julho. A decisão, que veio sem aviso prévio, surpreendeu muitos usuários. Entretanto, os conteúdos já comprados continuarão acessíveis, marcando o fim de loja digital de entretenimento para a empresa.
O comunicado sobre o encerramento foi divulgado de forma discreta no site oficial de suporte da Microsoft. A empresa confirmou que não oferecerá mais novos conteúdos audiovisuais para compra ou aluguel em suas plataformas, incluindo Xbox e Windows. Essa mudança encerra uma fase que se iniciou em 2006, com o antigo Zune Marketplace.
O serviço de filmes e séries era um recurso que, por muito tempo, permitiu aos usuários expandir suas bibliotecas de entretenimento digital. A descontinuação da venda de novos itens sinaliza uma adaptação da empresa ao cenário atual do consumo de mídia.
Ainda posso assistir aos meus filmes e séries?
Sim, você ainda poderá ver os filmes ou episódios de séries que comprou. Mesmo com o fim da venda de novos conteúdos, todo o material que você adquiriu anteriormente pela Microsoft Store continuará disponível para reprodução. Para acessá-los, basta usar o aplicativo Filmes e TV.
Este aplicativo está presente em dispositivos como o Xbox e em computadores com sistema operacional Windows. É importante saber que o acesso a esses conteúdos será limitado apenas a este aplicativo. Não há, por exemplo, a possibilidade de transferi-los para outras plataformas digitais.
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Uma exceção a essa regra ocorre nos Estados Unidos. Lá, existe o serviço Movies Anywhere, que permite aos usuários vincular filmes comprados na Microsoft a outras plataformas. Entre elas estão Apple TV, Amazon Prime Video e Google Play.
Porém, o Movies Anywhere tem uma limitação importante: ele funciona apenas com títulos de estúdios que participam do programa. Exemplos de estúdios que aderem a essa iniciativa são Disney, Universal, Sony, Warner e Fox. Assim, nem todo o conteúdo adquirido é elegível para essa migração.
Outro ponto que gerou comentários negativos entre alguns usuários é a política de reembolso. A Microsoft não vai oferecer restituição pelas compras de filmes e séries que já foram feitas. Essa decisão se baseia nos Termos de Venda da Microsoft Store.
De acordo com esses termos, filmes e séries não são elegíveis para reembolso, mesmo depois que a disponibilidade desses conteúdos na loja é encerrada. A empresa afirmou que vai manter o suporte para possíveis problemas com os conteúdos já comprados e que os servidores permanecerão ativos “por muitos anos”.
Por que a Microsoft encerrou a loja de filmes e TV?
A Microsoft não divulgou uma explicação oficial para o encerramento do serviço de filmes e TV. Veículos de imprensa internacionais, como a Variety e o The Verge, tentaram obter um posicionamento da empresa, mas não receberam respostas. Apesar da falta de um comunicado formal, a medida não foi totalmente inesperada por alguns observadores do mercado.
Especialistas da área já levantavam a hipótese de um abandono das iniciativas da Microsoft no setor de mídia digital. Isso acontece desde 2017, quando a empresa encerrou o Groove Music, um serviço de música em streaming. A descontinuidade de serviços anteriores já apontava para uma possível tendência no foco da companhia.
A diminuição da relevância da loja da Microsoft também acompanha as grandes mudanças no consumo de conteúdo audiovisual. Nos últimos anos, houve um crescimento significativo de plataformas de streaming. Serviços como Netflix, Amazon Prime Video e Apple TV+ se tornaram a preferência dos usuários.
A tendência atual mostra que os consumidores estão optando cada vez mais por modelos de assinatura de streaming. Essa escolha acontece em vez de realizar compras digitais unitárias de filmes ou séries, o que reflete uma mudança nos hábitos de consumo de entretenimento e na forma como as pessoas interagem com mídias.
O encerramento do serviço também acontece em um período de reestruturações na Microsoft. A empresa anunciou recentemente mais de 9 mil demissões, um movimento que afetou amplamente várias divisões, incluindo a de games e Xbox. Essas demissões podem indicar uma reorganização estratégica da companhia.
Essa reestruturação pode estar ligada a um foco maior em outras áreas de negócios, como serviços de nuvem e inteligência artificial. Isso explica o possível afastamento de segmentos menos lucrativos ou estratégicos para a empresa, como a venda de mídia individual. Para entender mais sobre como a IA está transformando o cenário tecnológico, veja como a OpenAI apresenta ChatGPT Agente, uma IA que realiza tarefas por você, mostrando essa mudança de foco.
Relembre a evolução do serviço
A jornada da Microsoft no campo da mídia digital foi marcada por diversas fases. A loja de filmes e séries teve sua origem em 2006, como parte do Zune Marketplace. Esse serviço foi criado para apoiar o reprodutor de mídia Zune, que na época visava competir com o popular iPod, buscando consolidar o ecossistema de hardware e software da empresa.
O Zune Marketplace permitia aos usuários comprar e alugar músicas, vídeos e outros conteúdos digitais, posicionando a Microsoft como um player no crescente mercado de mídia. No entanto, o Zune não alcançou o mesmo sucesso de seu concorrente direto, o que levou a reavaliações da estratégia da empresa.
Em 2012, o serviço passou por uma mudança de nome e se tornou Xbox Video. Essa transição refletia a crescente importância do console de jogos no ecossistema da Microsoft, buscando integrar os conteúdos de vídeo diretamente à experiência de entretenimento dos jogadores. Essa unificação de marcas era uma estratégia para fortalecer a presença da empresa no lar dos consumidores.
Três anos depois, em 2015, houve outro rebranding. O serviço foi então renomeado para Filmes & TV (Movies & TV), buscando uma identidade mais abrangente e menos atrelada exclusivamente ao console. Essa mudança visava atrair um público mais amplo de usuários de Windows, não apenas os de Xbox, tornando o serviço mais universal dentro de seus produtos.
Confira a linha do tempo que mostra a evolução da plataforma ao longo dos anos:
- 2006: Lançamento do Zune Marketplace.
- 2012: Transição para Xbox Video.
- 2015: Renomeado para Filmes & TV (Movies & TV).
- 2025: Fim oficial das vendas e aluguéis de novos conteúdos.
E agora, onde comprar ou alugar filmes digitalmente?
Com a saída da Microsoft do mercado de venda e aluguel de filmes e séries, os consumidores agora precisam buscar outras plataformas. Felizmente, existem diversas opções disponíveis para quem deseja continuar comprando ou alugando conteúdo digitalmente.
Um dos principais serviços de venda de conteúdo atualmente é o Amazon Prime Video. Nele, os conteúdos para compra ou aluguel aparecem na mesma interface, o que facilita a navegação, e podem ser pagos usando os mesmos métodos da assinatura Prime Video, oferecendo uma experiência unificada.
A Apple TV funciona de forma parecida com o Prime Video. Todo o conteúdo que você compra é adicionado diretamente ao aplicativo Apple TV, que também oferece acesso a filmes e séries por assinatura. É uma opção integrada para quem já usa o ecossistema Apple, otimizando a experiência do usuário.
O Google também disponibiliza opções para compra e aluguel de conteúdo por meio da Play Store e do YouTube. Essas são alternativas interessantes, especialmente para usuários de dispositivos Android ou para quem já utiliza o site de vídeos. Muitos filmes e séries podem ser encontrados lá, com facilidade de acesso.
Outra alternativa de loja digital que pode ser útil é o Claro tv+. Para os usuários da operadora Claro e de seus produtos, essa pode ser uma opção conveniente para acessar conteúdos audiovisuais. É sempre bom ter diversas plataformas para escolher, ampliando as possibilidades de acesso ao entretenimento.
Enquanto isso, os assinantes de serviços de streaming contínuos, como Netflix e Prime Video, continuam com acesso a vastos catálogos sob demanda. Essa dinâmica deve reforçar ainda mais o modelo de assinatura como o padrão principal para o consumo de entretenimento atualmente, consolidando sua posição no mercado.
O que isso significa para o futuro digital?
A decisão da Microsoft serve como um lembrete importante sobre os riscos de depender apenas de mídias digitais compradas online. Ao contrário das mídias físicas, como DVDs ou discos Blu-ray, as aquisições digitais estão atreladas a plataformas, políticas e servidores específicos. Esses elementos podem deixar de existir a qualquer momento.
Quando um serviço é descontinuado, como no caso da Microsoft, pode não haver garantias de compensação para o consumidor. Embora a empresa tenha assegurado o acesso aos conteúdos já comprados, essa decisão marca uma mudança significativa para os usuários do ecossistema Xbox e Windows, levantando questões sobre a posse digital.
Agora, a responsabilidade recai sobre os próprios consumidores de ficarem atentos às mudanças no mercado digital. É fundamental avaliar com cautela onde investir tempo e dinheiro em conteúdos digitais. A durabilidade das bibliotecas digitais é um tema de constante debate, e a clareza sobre os termos de uso é crucial.
Um debate parecido sobre esse tema também está acontecendo no mundo dos games. Após algumas empresas, como a Ubisoft, encerrarem o suporte a jogos online ou retirarem jogos da conta dos usuários, essa situação se tornou um assunto complexo e bastante atual na área de jogos digitais. Isso reforça a necessidade de compreensão sobre a posse de bens digitais.
A situação também levanta questões sobre a longevidade dos servidores e o suporte técnico para conteúdos que foram adquiridos. A promessa de “muitos anos” sem uma data clara pode gerar insegurança para quem investiu em uma grande biblioteca de filmes e séries digitais, destacando a vulnerabilidade das compras puramente virtuais.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.