O fim do Skype: relembrando o legado das videoconferências

Descubra a trajetória do Skype e o impacto do seu fechamento nas videoconferências.
Atualizado há 1 mês
Fim do Skype
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O Fim do Skype está marcado: a Microsoft anunciou que o famoso aplicativo de chamadas será descontinuado em 5 de maio de 2025. Criado em 2003, o Skype revolucionou a comunicação com chamadas de voz sobre IP (VoIP), oferecendo ligações gratuitas entre usuários e tarifas reduzidas para chamadas internacionais. Vamos relembrar a trajetória dessa plataforma e entender os motivos de seu encerramento.

O Início da Jornada do Skype

O Skype nasceu da visão dos empreendedores Niklas Zennström e Janus Friis, que buscavam reduzir os custos das chamadas de voz através de um protocolo P2P (peer-to-peer). O nome original, “Skyper” (derivado de Sky peer-to-peer), teve que ser adaptado devido a domínios já registrados.

A plataforma se destacou como um dos primeiros serviços VoIP acessíveis, permitindo chamadas gratuitas entre usuários e ligações internacionais a preços acessíveis. Essa proposta inovadora confrontou os altos custos das operadoras tradicionais, especialmente em chamadas interurbanas e internacionais.

A popularidade do Skype cresceu rapidamente, e em poucos anos, o programa se tornou amplamente utilizado tanto por pessoas físicas quanto por empresas. Sua interface intuitiva e a qualidade das chamadas foram fatores cruciais para a sua rápida adoção.

Em setembro de 2005, o eBay adquiriu o Skype por cerca de US$ 2,5 bilhões. Posteriormente, em 2009, a Silver Lake, Andreessen Horowitz e o Canada Pension Plan Investment Board investiram aproximadamente US$ 1,9 bilhão para adquirir 65% da empresa.

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A Aquisição pela Microsoft

Em 2011, a Microsoft adquiriu o Skype por US$ 8,5 bilhões, na época a maior aquisição já realizada pela empresa. Essa compra refletia a estratégia da Microsoft de integrar o serviço ao Windows, Xbox e ao pacote Office, buscando competir com o crescente sucesso do iPhone.

Para concentrar seus esforços na nova plataforma, a Microsoft encerrou o Microsoft Live Messenger (MSN) pouco mais de dois anos após a aquisição do Skype. Essa decisão estratégica visava consolidar a base de usuários em uma única plataforma de comunicação.

Em 2015, o Lync, plataforma de comunicação empresarial da Microsoft, foi substituído pelo Skype for Business. Essa versão integrada funcionalidades do Skype com ferramentas corporativas, como reuniões online e compatibilidade com dispositivos de videoconferência.

O Skype se consolidou como uma ferramenta essencial para reuniões, entrevistas e chamadas pessoais. Em 2016, atingiu cerca de 300 milhões de usuários ativos por mês, e em seu auge, em 2013, chegou a ter 70 milhões de pessoas conectadas simultaneamente.

O Declínio e o Fim do Skype

A Microsoft tentou revitalizar o Skype diversas vezes, mas a plataforma enfrentou dificuldades técnicas e perdeu sua identidade com as mudanças constantes na interface. Em 2017, a Microsoft lançou o Microsoft Teams, um concorrente direto do Skype, voltado para a comunicação corporativa e ferramentas de colaboração.

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Com o tempo, o modelo do Skype se tornou ultrapassado, com uma interface considerada envelhecida e pouco prática. Enquanto isso, concorrentes ofereciam interfaces mais simples e integração com dispositivos móveis, como o Android Auto promete melhorar o conforto com controle de clima, o Skype acumulava reclamações sobre desempenho e usabilidade.

Novas plataformas de comunicação surgiram com soluções mais simples, como WhatsApp, FaceTime e Google Meet. O Zoom, por sua vez, ganhou enorme popularidade durante a pandemia de Covid-19, intensificando a competição no mercado.

Com o crescimento do Teams, a Microsoft direcionou seus esforços para o novo serviço, deixando o Skype em segundo plano. Como resultado, o número de usuários do Skype diminuiu de 300 milhões para pouco mais de 36 milhões em 2023.

O anúncio do Fim do Skype já era esperado. Em 28 de fevereiro de 2025, a Microsoft confirmou o encerramento da plataforma. A empresa redirecionará todos os esforços para o Microsoft Teams, e os usuários do Skype serão migrados automaticamente para o Teams, mantendo seus contatos e histórico de conversas. Uma situação parecida já aconteceu quando a Microsoft permite edição de nomes exibidos em reuniões do Teams.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.