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- O Google encerrará o suporte para modelos antigos do Nest Thermostat em 2025, limitando suas funcionalidades.
- Se você possui um modelo antigo, precisará considerar uma atualização para manter a funcionalidade inteligente.
- Essa decisão levanta questões sobre a durabilidade e o suporte de dispositivos inteligentes em geral.
- Os usuários expressaram insatisfação nas redes sociais, questionando a transparência da empresa.
Para quem investiu cedo no Nest Thermostat da Google, a notícia não é boa: o Google anunciou que vai acabar com o suporte para os modelos da primeira e segunda geração a partir de 25 de outubro de 2025. Isso significa que eles deixarão de ser “inteligentes”, já que não poderão mais ser controlados pelo celular ou pelo Google Assistente, funcionando apenas como termostatos de parede comuns.
A gigante da tecnologia justificou a decisão, afirmando que está cada vez mais difícil atualizar esses produtos devido às limitações do hardware antigo. Agendamentos e modos de operação ainda estarão disponíveis, mas precisarão ser controlados manualmente.
O que muda com o fim do suporte?
A partir de 25 de outubro de 2025, os seguintes modelos não receberão mais atualizações de software:
- Nest Learning Thermostat (1ª geração, 2011)
- Nest Learning Thermostat (2ª geração, 2012)
- Nest Learning Thermostat (2ª geração, versão Europa, 2014)
Apesar da má notícia, o Google prometeu oferecer descontos aos clientes elegíveis na compra do Nest Learning Thermostat de 4ª geração, o modelo mais recente. Nos Estados Unidos, o desconto será de US$ 130, enquanto no Canadá será de US$ 160. Já os proprietários europeus do Nest receberão 50% de desconto no Tado Smart Thermostat X Starter Kit.
É normal que hardware e software percam suporte com o tempo, mas a notícia ainda é frustrante para quem não sentiu necessidade de trocar por um modelo mais novo. O cupom de desconto é um bom gesto, mas não compensa totalmente o custo adicional.
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Alguém mais cético pode ver isso como uma taxa de US$ 140 para continuar usando um termostato inteligente que já foi pago. Essa situação levanta um debate importante sobre a durabilidade e o suporte de dispositivos inteligentes.
E essa não é a primeira vez que um dispositivo inteligente deixa de funcionar após o lançamento. Para ser justo, o Nest Learning Thermostat de primeira geração teve 14 anos de suporte, já que foi lançado em 2011, e o de segunda geração, lançado em 2012, também teve um bom tempo de vida.
Afinal, como devemos encarar a tecnologia smart home?
Talvez seja hora de mudar a forma como vemos a tecnologia smart home. Assim como uma torradeira ou batedeira, ela serve para facilitar o dia a dia, e não como um computador ou videogame antigo que você guarda para usar daqui a 20 anos por nostalgia. Eletrodomésticos quebram e precisam ser substituídos, e talvez seja hora de pensar da mesma forma com os dispositivos inteligentes.
Claro, uma Cuisinart não vai simplesmente desativar a maior parte das funções da sua torradeira só porque ela é antiga. Isso seria ridículo, mas sua torradeira provavelmente não está vulnerável a ataques cibernéticos (embora já existam torradeiras inteligentes, mas discutir a relevância delas é assunto para outro momento).
O Google está numa encruzilhada. Ao encerrar o suporte aos modelos mais antigos, a empresa pode se dedicar a melhorar os novos produtos e evitar que os dispositivos antigos sejam usados para invadir redes domésticas. Ao mesmo tempo, precisa equilibrar as finanças com a satisfação dos clientes.
Reação do público e o dilema da propriedade digital
E muitos clientes estão insatisfeitos com a decisão. Desde que a notícia foi divulgada, as redes sociais e o Reddit têm sido palco de reclamações. Um usuário do Reddit comentou: “Não há problema em descontinuar um produto, mas não é certo forçar a migração para o Google e depois desativar o aplicativo.”
Muitos outros usuários disseram que a decisão do Google os fez perder a confiança na empresa e que seria melhor manter todas as funções, mesmo sem atualizações de software. Se um usuário quiser correr o risco de ter vulnerabilidades de segurança, essa deveria ser uma decisão dele, e não do Google.
É fácil concordar com esse sentimento. Embora a decisão seja compreensível do ponto de vista intelectual e objetivo, não é agradável ver uma empresa removendo funções de um produto que já foi pago. Reforça a ideia de que não somos mais donos de nada, principalmente quando se trata de itens conectados à internet.
Pelo menos algumas funções permanecem. Outras plataformas de casas inteligentes já foram desativadas, transformando seus hardwares em pesos de papel caros, como a Iris da Lowe’s. Lançada em 2012, ela funcionou (mais ou menos) até 2019, quando a Lowe’s desativou todo o sistema. A única concessão aos usuários foi um reembolso para os dispositivos que não funcionariam em outras plataformas, e a Samsung ajudou os usuários a migrar os produtos Iris compatíveis para a plataforma SmartThings.
O cemitério de projetos do Google
Quem usa o Google há muito tempo não deve se surpreender. A empresa é famosa por acabar com o suporte a projetos, às vezes sem aviso prévio, tanto que existe um “cemitério do Google”. Nele, serviços como o aplicativo Google Podcasts, Google Hangouts e muitos outros assombram a paisagem digital. Há vários produtos Nest lá também, incluindo o Nest Secure, a fechadura Nest x Yale e o Nest Protect.
Para quem busca alternativas que priorizam a privacidade, existem opções ao Google Fotos.
O impacto da decisão da Google e o futuro dos dispositivos inteligentes
A decisão do Google de desativar o suporte para os modelos antigos do Nest Thermostat da Google levanta questões importantes sobre a durabilidade, o suporte e a propriedade de dispositivos inteligentes. Embora a empresa justifique a medida com base em limitações de hardware e preocupações de segurança, muitos usuários se sentem lesados ao perderem funcionalidades de um produto que já pagaram.
Essa situação serve de alerta para quem investe em tecnologia smart home: é importante considerar a vida útil dos dispositivos e a possibilidade de perder o suporte no futuro. Além disso, reforça a necessidade de repensarmos a forma como encaramos esses produtos, tratando-os mais como eletrodomésticos do que como investimentos a longo prazo.
Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Segunda: Via Digital Trends