Funcionários da OpenAI terão semana de férias obrigatórias para conter evasão de talentos

OpenAI implementa férias obrigatórias para seus funcionários para manter talentos frente à concorrência no mercado de inteligência artificial.
Atualizado há 19 horas atrás
Funcionários da OpenAI terão semana de férias obrigatórias para conter evasão de talentos
OpenAI adota férias obrigatórias para reter talentos no competitivo setor de IA. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • Funcionários da OpenAI terão uma semana de férias obrigatórias para ‘recarregar as energias’, segundo documento interno.
    • A medida busca reter talentos valiosos diante da forte disputa por profissionais de IA, especialmente contra a Meta.
    • Essa estratégia é uma resposta às perdas de pesquisadores para a Meta e às ofertas atraentes de outras empresas.
    • A OpenAI enfrenta dificuldades internas, como carga horária elevada e incertezas na transformação do negócio.
    • Executivos buscam reconhecer e recompensar os talentos que permanecem, enquanto tentam evitar maior fuga de equipe.
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Funcionários da OpenAI, a empresa por trás do ChatGPT, em breve terão uma semana de férias obrigatórias para “recarregar as energias”. Esta medida, revelada pela Wired através de um documento interno, assinado pelo chefe de pesquisas Mark Chen, não é apenas um benefício. Na verdade, é uma estratégia para manter talentos valiosos diante da concorrência acirrada no mercado de inteligência artificial generativa.

A decisão é uma ação emergencial. Ela foi definida pelos executivos da OpenAI para acalmar os ânimos de seus colaboradores. Além disso, busca ganhar tempo para montar uma estratégia eficaz. O objetivo é resistir às ofertas de trabalho tentadoras que estão sendo feitas pela Meta, uma das principais rivais.

O cenário no mercado de IA está aquecido. Empresas buscam os melhores especialistas para desenvolver suas tecnologias. Essa disputa por talentos pode levar a movimentos estratégicos como o que a OpenAI está implementando para proteger sua equipe.

Meta e a disputa por talentos em IA

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A Meta, empresa controladora de Facebook, Instagram e WhatsApp, tem investido pesado. Recentemente, a companhia anunciou grandes investimentos para impulsionar sua divisão interna de IA. Isso inclui tanto melhorias na infraestrutura quanto o desenvolvimento de ferramentas mais avançadas, posicionando-a como uma forte concorrente da OpenAI.

A situação para a OpenAI ficou mais delicada nas últimas semanas. Vários engenheiros, programadores e especialistas em IA deixaram a dona do ChatGPT para se juntar à Meta. A empresa de Mark Zuckerberg teria oferecido contratos bastante generosos. Isso incluiu bônus que chegaram a até US$ 100 milhões, além de outras compensações atraentes.

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Pelo menos oito pesquisadores de destaque realizaram essa transição entre as empresas. Eles foram atraídos não só pelos altos salários, mas também pela promessa de trabalhar em um ambicioso projeto de “superinteligência” da Meta. Este projeto visa desenvolver inteligência artificial que pensa como humanos.

No documento interno, executivos e coordenadores da OpenAI tentam convencer a equipe a permanecer. Eles argumentam que a “pressão” e as “ofertas ridiculamente explosivas” podem não ser as melhores atitudes e devem ser avaliadas com calma. Eles também oferecem um canal direto para funcionários “balançados” conversarem com a chefia. Essas decisões têm sido tomadas, inclusive, pelo cofundador e CEO, Sam Altman.

Desafios internos da OpenAI perder equipe

Além da aproximação agressiva da Meta para contratar os melhores talentos, o ambiente de trabalho na OpenAI tem sido apontado como um fator de desgaste. Há relatos de uma carga horária semanal que, em muitos casos, ultrapassa as 80 horas de trabalho. Isso pode contribuir para a saída de funcionários em busca de melhores condições.

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As mudanças corporativas na companhia também estariam gerando um certo desgaste no time. Em especial, a decisão de recuar na transformação para uma empresa com fins lucrativos gerou incertezas. Além disso, houve atritos com a principal parceira e investidora, a Microsoft.

Mark Chen, chefe de pesquisas da OpenAI, assegura que a companhia está “procurando formas criativas de reconhecer e recompensar os melhores talentos” que decidirem ficar. Ele expressou um sentimento visceral, descrevendo a situação como se “alguém tivesse arrombado a nossa casa e roubado alguma coisa”. Ele pediu confiança, garantindo que a empresa está agindo para resolver a questão.

Atualmente, a OpenAI não é considerada um negócio lucrativo. Isso acontece apesar dos altos investimentos recebidos e do crescimento contínuo de sua receita. Um dos planos da empresa para este ano é transformar o chatbot em um “super assistente” capaz de auxiliar em diversas tarefas cotidianas. Além da Meta, empresas como a chinesa DeepSeek também começaram a chamar a atenção, indicando o surgimento de novos e fortes concorrentes no mercado de IA.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.