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O Galaxy Z Flip 7 chegou com a promessa de ser o celular dobrável que muitos fãs esperavam. Ele traz melhorias notáveis na tela externa, um design mais fino e um display interno maior. Contudo, algumas escolhas de hardware e software geram discussões. Após um período de uso, o aparelho mostra seu potencial, mas também algumas limitações que podem impactar a experiência de quem busca o melhor em um dobrável. Ele é uma boa opção, mas poderia ter ido além.
A Tela Externa do Galaxy Z Flip 7: Brilho e Desafios
A tela externa do Galaxy Z Flip 7 é a mudança mais evidente no hardware, e por um bom motivo. Enquanto o painel de 3.4 polegadas do Flip 6 cumpria sua função, ele não era o destaque. Sua resolução era baixa, a taxa de atualização não impressionava e o brilho deixava a desejar.
No Galaxy Z Flip 7, a Samsung corrigiu esses pontos. A tela externa agora é de 4.1 polegadas, um avanço significativo que transforma a interação. A tela preenche quase toda a parte superior do aparelho quando fechado, deixando para trás o formato irregular de pasta da geração anterior. Essa área extra facilita a formatação de aplicativos e a digitação no teclado virtual.
Além do tamanho, a qualidade da tela externa melhorou consideravelmente. A resolução de 948 x 1.048 pixels é a mais nítida já vista em um Z Flip. A taxa de atualização de 120Hz proporciona fluidez, e os 2.600 nits de brilho máximo garantem boa visibilidade mesmo sob luz solar forte.
No entanto, a experiência com o software da tela externa é menos positiva. Apesar do hardware robusto, a Samsung impõe restrições ao que pode ser feito no painel do Z Flip 7. Por exemplo, para usar qualquer aplicativo Android na tela externa, é preciso recorrer a soluções como Good Lock e MultiStar. Funções básicas como editar ou adicionar novos modelos de relógio, gerenciar widgets ou configurar atalhos rápidos não estão disponíveis diretamente. Também não é possível usar teclados de terceiros, como o Gboard, nem girar a tela para outras orientações.
Essas limitações se somam no uso diário, causando frustração, especialmente quando outros aparelhos, como os modelos Razr da Motorola, oferecem maior liberdade. O hardware da tela externa é muito bom, convidando à interação, mas o software restritivo da Samsung impede uma experiência mais completa.
Apesar das críticas, há pontos positivos. Recursos como Gemini e Now Brief estão acessíveis pela primeira vez na tela externa. Embora seja útil interagir com o Gemini com o telefone fechado, isso não compensa as funções que a Samsung não implementou ou melhorou em relação ao Galaxy Z Flip 6. A empresa investiu em um hardware superior, mas o software não acompanhou, o que faz com que a inovação pareça incompleta.
Design Mais Fino e Tela Interna Aprimorada
O design do Galaxy Z Flip 7 também recebeu atenção. O aparelho está mais fino que o Flip 6, medindo 13.7mm de espessura quando fechado, comparado aos 14.9mm do modelo anterior. Para quem usou o Flip 6, a diferença é perceptível. Enquanto não é tão fino quanto o Galaxy Z Fold 7, o Flip 7 agora parece mais um celular compacto quando fechado, e não dois telefones empilhados.
Essa redução na espessura é resultado de uma nova dobradiça. Essa nova tecnologia também contribui para uma dobra quase imperceptível na tela interna. Embora ainda seja possível notá-la sob certas condições de luz, ela é quase indetectável ao toque. O Galaxy Z Flip 6 já tinha uma dobra discreta, e o Flip 7 conseguiu melhorá-la ainda mais.
A tela interna do Galaxy Z Flip 7 também foi aprimorada. Com 6.9 polegadas, bordas mais finas e uma proporção de 21:9, o display principal se assemelha mais ao de um smartphone convencional. Modelos anteriores da linha Z Flip tinham telas mais altas e estreitas, mas isso mudou no Flip 7, proporcionando uma experiência de uso mais familiar e confortável.
O Processador Exynos 2400: Um Ponto de Discussão
Desde o primeiro Galaxy Z Flip, a Samsung utilizava chips Qualcomm Snapdragon em seus dobráveis, seguindo a prática da maioria de seus smartphones nos EUA. A expectativa para o Flip 7 era que ele viesse com o chip Snapdragon 8 Elite da Qualcomm. No entanto, a Samsung optou pelo seu próprio chipset Exynos 2400.
O Snapdragon 8 Elite é reconhecido por seu desempenho, e a decisão de não incluí-lo no Flip 7 gerou certa decepção. Em testes de benchmark, o Exynos 2400 do Flip 7 apresentou resultados semelhantes ou até inferiores ao Snapdragon 8 Gen 3 do Galaxy Z Flip 6. Comparado a outros dispositivos com o Snapdragon 8 Elite, como o Motorola Razr Ultra e o Galaxy S25 Ultra, o Flip 7 teve desempenho visivelmente menor. Nos testes de CPU do GeekBench 6, o Flip 7 obteve uma pontuação multi-core ligeiramente melhor que o Flip 6, mas ficou atrás nos testes single-core e no PCMark.
Nos testes de GPU, o Flip 7 superou o Flip 6 em todos os três testes do 3DMark, embora por pouca margem em Wild Life e Wild Life Extreme. O Razr Ultra manteve uma liderança significativa sobre os três dobráveis. A estabilidade do Flip 7 nos testes foi a menor, ficando atrás do Flip 6 e consideravelmente atrás do Razr Ultra. Curiosamente, o Flip 7 manteve uma temperatura mais baixa que o Flip 6 durante os testes, mas o Razr Ultra ainda se destacou no desempenho geral.
No uso diário, o Flip 7 se comportou bem em tarefas básicas, como verificar mensagens, assistir a vídeos e navegar em redes sociais. É um telefone responsivo e confiável para o dia a dia. Contudo, é perceptível que o desempenho foi afetado pela escolha do chip Exynos 2400, que, embora seja um bom processador, não é o mais potente disponível. Para um smartphone com preço inicial de US$ 1.100, espera-se o desempenho mais alto. Promoções em outros mercados, como as do Motorola Razr (2025) com desconto, ressaltam essa expectativa de valor.
A bateria de 4.300mAh oferece uma autonomia adequada. Com uso moderado, principalmente em Wi-Fi e com duas a três horas de tela ligada por dia (foco em redes sociais, e-mail e vídeo, sem jogos), o aparelho pode durar do início da manhã até o final da noite com cerca de 40% de carga restante. Para quem utiliza mais o celular, com dados 5G e alguns jogos, o Galaxy Z Flip 7 geralmente dura um dia inteiro de uso.
As velocidades de carregamento, no entanto, são um ponto fraco. O Galaxy Z Flip 7 mantém o carregamento com fio de 25W do Flip 6. Apesar disso, o Flip 7 leva mais tempo para atingir 100% de carga (91 minutos, contra 85 minutos do Flip 6) e esquenta consideravelmente mais no processo, o que pode estar relacionado ao chip Exynos. A temperatura média de carregamento do Flip 7 foi de 36.6 °C, significativamente maior que os 29.5 °C do Flip 6.
Câmeras: Boas, mas sem Destaque
O conjunto de câmeras do Galaxy Z Flip 7 é o mesmo do Galaxy Z Flip 6. Ele conta com uma câmera principal de 50 megapixels, uma câmera ultrawide de 12MP e uma câmera de selfie de 10MP na tela interna. Assim como no modelo anterior, o Galaxy Z Flip 7 capturou fotos com boa aparência, embora nunca tenha ido além de uma câmera “boa” para uma “excelente”.
Em ambientes com boa iluminação, a câmera principal do Galaxy Z Flip 7 tem um bom desempenho. As cores nas fotos são vibrantes e saturadas, sem serem exageradas. Fotos de paisagens e alimentos apresentam detalhes nítidos. Para redes sociais, essas fotos se mostram satisfatórias.
Ao ampliar as imagens, algumas limitações da câmera principal se tornam mais evidentes. Em fotos de animais, por exemplo, pelos podem parecer com pouca nitidez em certas áreas. Em cenários com pouca luz, como em fotos noturnas, a câmera pode registrar bastante ruído, especialmente no fundo. Mesmo assim, em situações específicas, o resultado pode ser aceitável, capturando bem as luzes e o ambiente.
No entanto, em cenas noturnas complexas, a performance da câmera pode ser um problema. Fotos de letreiros luminosos à noite, por exemplo, podem ter a exposição comprometida pela câmera principal, que não consegue lidar bem com as luzes intensas (a câmera ultrawide, por vezes, se saiu melhor nesses casos).
As dificuldades do Flip 7 em baixa luz são mais claras quando há movimento. Em fotos de shows ou eventos, as imagens podem ficar borradas e sem foco, com perda de detalhes e presença de ruído. Apesar de capturar a atmosfera das luzes do palco, a nitidez e o detalhe das imagens são sacrificados.
Um ponto positivo das câmeras do Flip 7, devido ao seu formato dobrável, é a capacidade de usar a câmera principal e a ultrawide para selfies. A qualidade é superior à de uma câmera frontal de um smartphone tradicional, como o Galaxy S25. Embora as mesmas limitações de baixa luz se apliquem, a experiência de selfie é consideravelmente melhor.
A câmera ultrawide também se mostra eficiente. Com um campo de visão de 123 graus, ela permite capturar uma área maior da cena sem distorções visuais significativas, como o efeito “olho de peixe”. Ela mantém a consistência de cores e a qualidade geral da câmera principal. É um sensor secundário confiável.
Para quem quiser conferir as fotos em alta resolução, além de outras imagens que não foram incluídas neste artigo, estão disponíveis em uma pasta no Google Drive.
O Galaxy Z Flip 7: Uma Opção no Mercado de Dobráveis?
O Galaxy Z Flip 7 é um smartphone com pontos interessantes. As melhorias na tela externa e no design mostram que a Samsung ainda tem um papel relevante no nicho de dobráveis. Contudo, em outros aspectos, como a escolha do chip Exynos e as câmeras, a Samsung parece não ter feito o suficiente para se destacar. Com um preço de lançamento de US$ 1.100, a decisão de compra do Galaxy Z Flip 7 não é automática.
A favor da Samsung, o Galaxy Z Flip 7 tem vantagens em relação à concorrência, como os modelos Razr. É o único dobrável tipo “flip” nos EUA com sete anos de atualizações Android, e o suporte pós-venda da Samsung para reparos é considerado superior ao da Motorola. Além disso, há o benefício de o Z Flip 7 se integrar ao ecossistema Samsung, especialmente se você já possui dispositivos como um Galaxy Buds ou um Galaxy Watch.
Se as atualizações de software e a rede de suporte da Samsung são prioridades para você, e se você já tem outros dispositivos da marca, o Galaxy Z Flip 7 pode ser a melhor opção de dobrável. Mesmo com suas características, ele se alinha bem a esse perfil de usuário.
No entanto, se esses fatores não são os mais importantes para você, o Flip 7 talvez não seja a melhor escolha entre os smartphones dobráveis de ponta. O Motorola Razr Ultra, por exemplo, oferece um chip mais potente, maior duração de bateria, carregamento mais rápido e um software para a tela externa que aborda muitas das limitações do aparelho da Samsung. Embora o preço inicial de US$ 1.300 seja mais alto, as promoções da Motorola podem reduzir essa diferença. Em mercados internacionais, ofertas para o Motorola Razr (2025) são frequentes.
O Motorola Razr (2025) básico também pode ser uma opção. Ele tem uma tela externa menor, um processador menos capaz e menos RAM que o Z Flip 7, mas custa significativamente menos, cerca de US$ 700. Além disso, oferece um software de tela externa superior, uma bateria maior que a do Flip 7 e carregamento mais rápido. Existe também o Galaxy Z Flip 7 FE, uma versão mais acessível, mas o Razr (2025) pode ser uma opção mais vantajosa.
O Samsung Galaxy Z Flip 7 não é um smartphone ruim. Em alguns aspectos, ele é o modelo Z Flip mais avançado já lançado pela Samsung, e para alguns usuários, ele pode ser a escolha ideal. Contudo, a Samsung teve a chance de posicionar o Galaxy Z Flip 7 como o melhor dobrável do ano, mas não aproveitou a oportunidade completamente. O aparelho é competente, mas, mais uma vez, enfrenta forte concorrência no segmento.
Características | Detalhes |
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Modelo | Galaxy Z Flip 7 |
Preço de Lançamento (MSRP) | US$ 1.099,00 |
Tela Externa | 4.1 polegadas, 948 x 1.048 de resolução, 120Hz, 2.600 nits de brilho máximo |
Tela Principal | 6.9 polegadas, proporção 21:9 |
Processador (CPU) | Exynos 2400 |
Bateria | 4.300mAh |
Carregamento com Fio | 25W (91 minutos para 100% de carga) |
Câmera Traseira Principal | 50MP |
Câmera Traseira Ultrawide | 12MP |
Câmera Frontal (Tela Interna) | 10MP |
Suporte a Atualizações | 7 anos de atualizações Android |
Espessura (fechado) | 13.7mm |
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.