Geração Z e o movimento fitness: os impactos na adolescência

Descubra como a Geração Z está transformando o movimento fitness e os desafios que isso traz para a saúde mental e física dos adolescentes.
Atualizado há 5 horas atrás
Geração Z e o movimento fitness: os impactos na adolescência
Geração Z transforma o fitness, mas traz novos desafios para a saúde dos jovens. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • A Geração Z está adotando o movimento fitness de forma intensa, influenciada pelas redes sociais.
    • Você pode entender como essa tendência afeta a saúde mental e física dos adolescentes.
    • O uso excessivo de suplementos e a busca por padrões irreais podem trazer riscos à saúde.
    • Pais e educadores precisam estar atentos para evitar comportamentos prejudiciais.
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O mundo fitness está bombando, e quem mais sente essa onda são os adolescentes das gerações Z e Alpha. Criados na era digital, eles são super influenciados pelas redes sociais, seja na hora de fazer exercícios, escolher a comida ou cuidar da mente. Mas será que essa febre toda só traz coisas boas? Vamos dar uma olhada nos prós e contras desse fenômeno que molda os jovens de hoje.

Redes sociais e saúde mental de adolescentes

Um livro que virou referência para entender a saúde mental de adolescentes é “Geração Ansiosa”, do psicólogo Jonathan Haidt. Ele manda a real: o celular é o grande vilão por trás dos transtornos mentais que andam assustando a galera.

A imersão no mundo virtual, turbinada por smartphones, redes sociais, jogos online e internet de alta velocidade, tem cobrado um preço alto na saúde mental de adolescentes. Haidt aponta alguns dos principais problemas: falta de contato social, noites mal dormidas, dificuldade de concentração e vício. E, claro, tudo isso impacta a saúde como um todo.

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A psicóloga Ana Carolina Ribeiro explica que a adolescência já é barra pesada por si só. É uma fase de descobertas, de busca pela identidade, mas também de muita pressão dos amigos e da sociedade.

Com o cérebro ainda em desenvolvimento, fica difícil lidar com tantas cobranças, e isso acaba afetando a relação do jovem consigo mesmo e com os outros. Por isso, é fundamental que pais e profissionais estejam de olhos abertos, prontos para ouvir e entender o que esses adolescentes estão passando nessa fase de construção.

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Um novo jeito de socializar?

A Geração Z parece estar trocando os bares pelas academias. Mas será que essa mudança é totalmente positiva?

Percebo isso ao frequentar academias: a galera da Geração Z marca presença forte, trocando os esportes de rua pelo levantamento de peso. Victor, de 21 anos, que curte tanto corrida quanto academia, confirma que a galera nascida nos anos 2000 já entendeu que se exercitar é essencial.

E não é raro ver grupos de adolescentes treinando juntos, mostrando que a academia virou um ponto de encontro. Além da busca por um corpo legal, eles também estão de olho nos benefícios para a saúde mental de adolescentes. Mas será que é só isso?

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É preciso ter cuidado com a “fitinspiration” que rola solta nas redes sociais. O que os influencers mostram pode levar os jovens a exagerar nos exercícios e a consumir suplementos sem necessidade. Essa geração já nasce com a ideia de que o bem-estar está ligado à performance, como alerta a nutricionista Alice Erwig, da USP.

Estamos vivendo uma época em que o corpo perfeito não vem da saúde, mas dos filtros. Entre likes, algoritmos e padrões impossíveis, os adolescentes se sentem cada vez mais pressionados a se encaixar em modelos que nem deveriam existir.

O que era para ser uma fase de crescimento e descobertas acaba virando um palco de comparações, dietas restritivas e exageros. A busca pela magreza extrema está de volta, e de um jeito ainda mais perigoso.

Alimentação e suplementos: uma combinação perigosa?

Se a galera anda pegando mais leve com o álcool, o mesmo não se pode dizer dos suplementos e da qualidade da alimentação. Muitos jovens usam esses produtos, muitas vezes sem comprovação científica, como uma forma de compensar uma dieta que não é lá essas coisas.

A nutricionista Alice Erwig vê um cenário preocupante: “Adolescentes trocando refeições por barras e shakes, e consumindo pré-treinos e termogênicos como se fossem balas. E tem casos ainda mais extremos, com uso de hormônios e jejum intermitente sem qualquer critério. E tudo isso, claro, influenciado por influencers sem formação na área da saúde, mas com milhares de seguidores e promessas”.

Um estudo feito em São Luís, no Maranhão, mostrou que 65% dos adolescentes entre 12 e 19 anos usam suplementos, principalmente os meninos, e sem orientação profissional. Já no Canadá, uma pesquisa com mais de 900 jovens revelou que quase metade (43%) começou a usar suplementos por influência de influencers nas redes sociais.

Quase 70% deles buscam informações em sites, e apenas 9,8% acham que estão fazendo algo errado. A nutricionista nota que muitos adolescentes estão voltando ao consultório com metas de corpo baseadas em padrões irreais que veem nas redes sociais.

Muitos já mostram sinais de transtornos alimentares e têm uma relação muito ruim com a comida, além de uma visão distorcida do próprio corpo e da realidade.

Para piorar a situação, a nova geração busca informações principalmente nas redes sociais e já está consumindo vários suplementos sem nenhuma comprovação científica. Isso transforma uma fase crucial do desenvolvimento em um terreno fértil para comportamentos de risco, com consequências sérias para a saúde física e mental a longo prazo.

A alimentação do dia a dia, que deveria ser a base de tudo, acaba sendo deixada de lado. Arroz, feijão, frutas e verduras perdem espaço para cápsulas, fórmulas industrializadas e modismos sem sentido.

O paradoxo fitness

As novas gerações parecem presas em um paradoxo: querem saúde e bem-estar, mas continuam obcecadas com questões estéticas. É o que chamam de “wellness washing“, quando a preocupação com a aparência esconde um discurso de bem-estar.

Mas não se trata apenas de estética, é um problema de saúde pública. A adolescência é uma fase importantíssima para o desenvolvimento físico, hormonal e mental. Mexer com isso de forma radical pode deixar marcas profundas e duradouras. E o pior: tudo isso acontece com a falsa sensação de que está tudo sob controle, enquanto o corpo real paga o preço. Empresas francesas anunciam investimento de R$ 100 bilhões no Brasil, mostrando que a economia e a saúde podem caminhar juntas.

É fundamental que os pais e educadores estejam atentos aos sinais de alerta e busquem ajuda profissional caso notem algo de errado. A saúde dos nossos jovens é um investimento que vale a pena! Assim como Niède Guidon uniu ciência e comunidade para preservar a Serra da Capivara, é preciso unir esforços para proteger a saúde mental de adolescentes.

Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

Segunda: Uma frase em itálico “Via e então insira o nome do site que foi usado como referência como âncora do link de referência https://www.tecmundo.com.br/ciencia/404943-wellness-e-geracao-z-atencao-para-o-movimento-fitness-na-adolescencia.htm com tag nofollow. Por exemplo: Via TecMundo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.