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No dinâmico mundo da tecnologia chinesa, a disputa em IA na China está se intensificando, com empresas como Alibaba, ByteDance e Tencent investindo pesado. A competição acirrada promete grandes inovações nos próximos anos, impulsionadas pela crescente demanda por computação em nuvem e aplicações de inteligência artificial. Essa corrida tecnológica não só define o futuro da indústria na China, mas também influencia o cenário global da IA.
Gigantes da Tecnologia Chinesa Disputam a Liderança em IA
Os maiores nomes da internet na China estão em uma competição acirrada, como evidenciado pela disputa no mercado de serviços em nuvem. Um exemplo notável é o Baidu, gigante das buscas, que surpreendeu ao anunciar um aumento de 42% na receita de computação em nuvem no primeiro trimestre, superando as expectativas dos analistas.
No mesmo dia, a Tencent, criadora do famoso super-aplicativo WeChat, realizou uma conferência de computação em nuvem, anunciando reduções de preços e uma grande atualização para sua plataforma. No dia seguinte, o Alibaba, líder no comércio eletrônico chinês, revelou planos de expansão global, prometendo a disponibilidade de seus serviços em dezenas de países.
A inteligência artificial (IA) inaugurou uma nova fase de intensa competição na indústria tecnológica chinesa. Além de Baidu, Alibaba e Tencent – conhecidos como os “BAT” originais da internet chinesa – outros gigantes também estão disputando a liderança neste campo.
A ByteDance, responsável pelo TikTok e seu equivalente local Douyin, emergiu como uma força importante na IA chinesa. A Huawei, fabricante de hardware, também está de olho nas oportunidades oferecidas pela IA, assim como a Meituan e Pinduoduo, duas empresas tecnológicas em ascensão. Essa competição promete um período de inovação acelerada.
Infraestrutura em Nuvem, Modelos de IA e Aplicações Práticas
A competição pela IA chinesa se desenrola em três níveis principais: infraestrutura em nuvem, modelos de inteligência artificial e aplicações práticas. As vendas de computação em nuvem na China devem ultrapassar US$ 50 bilhões este ano, chegando a quase US$ 80 bilhões em 2027, de acordo com o banco Morgan Stanley. Uma grande parte desse crescimento será impulsionada pela demanda por IA.
Durante anos, o mercado foi liderado pelo Alibaba, cujas vendas em nuvem cresceram 18% no primeiro trimestre. No entanto, seus concorrentes estão ganhando espaço rapidamente. A unidade de nuvem da ByteDance, conhecida como Volcano Engine, tem crescido rapidamente desde o seu lançamento em 2020. A Huawei também garantiu uma fatia significativa do mercado, focando em empresas estatais que tendem a confiar mais nela do que nos gigantes da internet.
Os provedores de nuvem chineses também estão desenvolvendo seus próprios modelos de IA para atrair clientes. Esses esforços se tornaram mais desafiadores com o surgimento da DeepSeek, uma startup chinesa que disponibilizou seus modelos de ponta gratuitamente. No entanto, algumas empresas de nuvem estão se diferenciando com ofertas especializadas. O Baidu, por exemplo, está oferecendo um sistema de IA “multimodal” que combina modelos de linguagem e visão para empresas de robótica em sua plataforma.
Além disso, há uma corrida para monetizar a IA através de aplicações. Nesse aspecto, as empresas de tecnologia têm diferentes pontos de partida e estratégias. A Tencent parece estar em uma posição vantajosa, já que o WeChat, com seus 1,4 bilhão de usuários ativos, não é apenas um serviço de mensagens e sistema de pagamento, mas também incorpora milhões de “mini-aplicativos” que permitem aos usuários fazer de tudo, desde comprar roupas até pedir comida.
WeChat e Alibaba Lideram a Adoção de IA em Aplicações
A Tencent já começou a integrar recursos de IA, como busca e geração de imagens, utilizando seus próprios modelos e os da DeepSeek. Atualmente, a empresa está desenvolvendo serviços de “agentes” que podem fazer compras e realizar outras ações semiautônomas em nome dos usuários. A Tencent acredita que sua vasta base de usuários e empresas já conectadas ao WeChat lhe dará uma vantagem competitiva.
O Alibaba também possui suas próprias vantagens. Hospedar um dos maiores marketplaces de comércio eletrônico do mundo fornece uma enorme quantidade de dados de consumidores, que podem ser usados em modelos de IA para ajustar recomendações de produtos e otimizar a publicidade na plataforma. O desenvolvimento de modelos de IA está cada vez mais presente na vida dos usuários.
O Baidu, por outro lado, enfrenta uma situação menos favorável, já que sua posição na economia da internet chinesa tem se enfraquecido. A empresa não possui a mesma base de usuários cativos que seus rivais, e seu chatbot, Ernie, que é gratuito, está afetando seu negócio de busca.
Embora a receita de publicidade da Tencent tenha aumentado 20% no primeiro trimestre, a do Baidu caiu 6%. Um terço dos resultados de busca do Baidu em abril vieram através de IA generativa, um aumento em relação aos 20% no início do ano. Apesar disso, o Baidu está avançando em outras aplicações e opera uma das maiores frotas de táxis autônomos do mundo, utilizando sua tecnologia de IA.
Ascensão de Novos Competidores e o Futuro da IA na China
Com o tempo, a IA pode continuar a desafiar o domínio dos “BAT” na internet chinesa. Empresas como Pinduoduo, que compete com o Alibaba no comércio eletrônico, e Meituan, que se transformou em um super-aplicativo, estão desenvolvendo seus próprios modelos de IA. A Huawei, com seus milhões de usuários de smartphones e outros dispositivos, também pode oferecer seus próprios serviços de IA.
No entanto, a maior ameaça pode vir da ByteDance. A empresa possui vastas quantidades de dados sobre os hábitos de seus usuários e, graças à sua crescente operação de comércio eletrônico, também sobre seus padrões de compra. Diferentemente da maioria das outras empresas de tecnologia chinesas, a ByteDance possui uma presença global significativa, o que lhe proporciona maior visibilidade sobre os desenvolvimentos de IA em outros países, bem como acesso a talentos e semicondutores. A disputa em IA na China está apenas começando.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Folha de S.Paulo