Giro da Terra fica mais rápido e dias mais curtos nesta semana

A Terra completou um giro mais rápido nesta semana, tornando o dia mais curto do que 24 horas, devido a fatores naturais e astronômicos.
Atualizado há 20 horas atrás
Giro da Terra fica mais rápido e dias mais curtos nesta semana
A Terra girou mais rápido e encurtou o dia, impactando nosso tempo diário. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • A Terra realizou um giro mais rápido, colocando o dia abaixo de 24 horas.
    • O movimento de aceleração pode afetar o padrão de tempo global e a cronometragem mundial.
    • Fatores como influência da Lua, atividade sísmica e mudanças climáticas impactam na rotação terrestre.
    • Historicamente, os dias foram mais curtos no passado, variando de 19 a 23 horas.
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< p>O Giro da Terra tem apresentado variações imperceptíveis, mas que vêm chamando a atenção dos cientistas. Nesta terça-feira (22), o planeta completa um giro ligeiramente mais rápido, tornando o dia um dos mais curtos já registrados. Segundo o Space.com, a Terra gastou 1,34 milissegundos a menos para realizar uma rotação completa, fazendo a duração do dia ficar abaixo das tradicionais 24 horas.

Por que o Giro da Terra fica mais rápido ou mais lento?

O tempo de um dia na Terra, que é de 86.400 segundos, não é fixo. A velocidade de rotação pode variar influenciada por diversos fatores ao longo do ano. Uma das causas principais é a atração gravitacional da Lua. Este fenômeno, conhecido como frenagem da maré, faz com que o planeta se expanda em certas regiões e a Lua atue como um freio, desacelerando a rotação da Terra. Para mais detalhes, cientistas monitoram essas mudanças usando relógios atômicos de alta precisão, como os que fazem parte do recurso de cronometragem global.

Além da Lua, o percurso do Sol, as mudanças sazonais na atmosfera e até o núcleo do planeta influenciam na duração do dia. Fatores como atividade sísmica, clima, formação de geleiras, oceanos e o campo magnético também interferem na rotação. Desde os anos 1970, com o uso de relógios atômicos, foi possível perceber que o Giro da Terra vem acelerando gradualmente, chegando a registrar os dias mais curtos nesta década.

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Um estudo divulgado em 2020 revelou que os 28 dias mais curtos desde o início da década foram possíveis de registrar. Causas exatas ainda não são claras, mas suspeita-se que o acúmulo de água no hemisfério Norte e o derretimento das geleiras ao longo do século XX tenham contribuído para essa mudança.

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Previsões e possibilidades futuras

Os especialistas acreditam que esse movimento de aceleração pode ser temporário e que, no futuro, o Giro da Terra voltará a desacelerar, retornando a uma duração de dia mais próxima das 24 horas. Para contornar os efeitos dessa variação na cronometragem, será necessário ajustar o padrão de tempo global, por exemplo, extraindo um segundo bissexto ao invés de adicioná-lo, como costuma acontecer.

Um fato interessante é que este fenômeno de aceleração foi observado com maior precisão graças aos relógios atômicos, que usam as oscilações dos átomos para medir o tempo com precisão de milissegundos. Por isso, a medição do Giro da Terra é uma tarefa contínua, feita pelo Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (IERS).

O que já foi mais curto no passado?

Embora atualmente o Giro da Terra esteja mais rápido, na história antiga, os dias eram bastante diferentes. Entre 1 bilhão e 2 bilhões de anos atrás, a duração de um dia chegava a cerca de 19 horas. Já há aproximadamente 250 milhões de anos, um dia durava cerca de 23 horas. Essas mudanças ocorreram devido à maior proximidade da Lua naquela época, fazendo a atração gravitacional mais forte.

Com o avanço da tecnologia, os cientistas monitoram esses movimentos com grande precisão, usando os chamados relógios atômicos. Estes sistemas elevadíssimos permitem calcular o tempo com uma exatidão quase absoluta, formando o padrão do Tempo Universal Coordenado (UTC), usado nas redes de comunicação e nos satélites.

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Apesar da atual tendência de aceleração, o Giro da Terra tem uma tendência de desaceleração de aproximadamente 2 milissegundos por século. Assim, nos períodos mais remotos, os dias eram bem mais curtos, fato que ajuda a entender as oscilações atuais na duração do dia.

Para quem desejar entender mais sobre esse fenômeno, vale conferir os estudos do Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra, que esclarecem se, de fato, os dias sempre tiveram 24 horas ou se essa medida é uma média aproximada.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiada, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.