GM anuncia fim do suporte ao CarPlay em todos os veículos futuros, incluindo carros a gasolina

A General Motors (GM) iniciou a remoção gradual do suporte ao CarPlay em seus veículos elétricos em 2023, o que gerou algumas reclamações de usuários de iPhone. Contudo, a empresa parece firme em sua decisão e não planeja voltar atrás, expandindo a estratégia para todos os seus futuros modelos a gasolina.

Na verdade, a GM pretende ir além, retirando o CarPlay de todos os seus carros a combustão que serão lançados no futuro. Essa mudança impactará diretamente a experiência dos motoristas, que precisarão se adaptar ao sistema de infotenimento próprio da montadora.

A CEO da GM, Mary Barra, explicou em uma entrevista à The Verge que a prioridade inicial foi desenvolver a plataforma para os veículos elétricos. No entanto, a meta é que essa alteração se estenda por todo o portfólio da empresa, abrangendo todos os tipos de veículos.

A executiva destacou que a atualização não acontece de uma vez para todos os 40 modelos da marca. A integração será feita em etapas, conforme cada novo veículo ou grande lançamento chegar ao mercado. Esse processo gradual assegura uma transição mais gerenciável.

Ao ser questionada se os futuros carros a gasolina não teriam mais o “espelhamento de smartphone” para CarPlay ou Android Auto, Mary Barra confirmou que essa é a expectativa correta. Ela indicou que a direção da empresa é clara e consistente nesse aspecto.

O Fim da Projeção de Smartphones nos Veículos

A decisão da GM de abandonar sistemas como o CarPlay e o Android Auto pode parecer radical para muitos, mas a empresa a vê como um passo necessário para o futuro. Usuários de iPhone e Android terão que se acostumar com as soluções nativas da montadora.

Sterling Anderson, diretor de produtos da GM, comparou essa atitude à estratégia de Steve Jobs ao remover o disk drive dos computadores, uma “abordagem muito Jobsian“. Na época, houve reclamações, mas a tecnologia flash se mostrou o futuro. Ele acredita que o mesmo acontecerá com a plataforma da GM.

Anderson argumentou que a plataforma de infotenimento desenvolvida pela GM oferece um ambiente “muito mais imersivo”. Além disso, ele enfatizou que o sistema próprio consegue “fazer muito mais coisas” do que o CarPlay sozinho, agregando valor à experiência do usuário.

Em veículos elétricos, a General Motors já fez a transição para um sistema de infotenimento que, anteriormente, era chamado de Ultifi. A empresa defende que, ao eliminar o CarPlay da Apple, obteve acesso a integrações diretas e informações cruciais para sua linha de carros elétricos. Essa otimização visa uma experiência mais unificada.

Por Que a GM Optou Pela Remoção do CarPlay e Android Auto?

A GM argumentou que ter uma solução unificada e interna é a melhor opção para os consumidores. Isso permite maior controle sobre a interface, a segurança dos dados e a integração de novas funcionalidades específicas para seus veículos.

A autonomia sobre o sistema de infotenimento permite à GM oferecer recursos exclusivos e personalizados. A empresa busca uma experiência de usuário mais coesa e que se alinhe diretamente com a identidade e os avanços tecnológicos de seus carros.

Essa estratégia começou a tomar forma com o lançamento da Cadillac Escalade IQ 2028. A GM está implementando um sistema de computação veicular centralizado, projetado para transformar a maneira como os veículos são construídos e atualizados ao longo do tempo. É um grande avanço para a conectividade automotiva.

A empresa também pretende compartilhar o software em todo o seu portfólio. Isso inclui todos os veículos elétricos e a gasolina, abrangendo as marcas GMC, Chevrolet, Buick e Cadillac. A ideia é criar um ecossistema tecnológico uniforme e eficiente para os seus motoristas.

O Futuro dos Sistemas de Infotenimento da GM

Com a evolução dos sistemas de veículos, a GM busca otimizar a funcionalidade e a segurança, oferecendo um ambiente digital mais integrado. A expectativa é que essa centralização traga benefícios em termos de desempenho e de personalização para os usuários.

A empresa também pode integrar mais facilmente novas tecnologias, como recursos de assistência ao motorista e personalização, diretamente em seu sistema. Isso pode proporcionar uma experiência mais fluida e conectada, sem depender de plataformas externas de espelhamento.

A aposta em uma plataforma própria visa ainda fortalecer a marca e o controle da experiência do usuário. Em vez de ser apenas um espelho do smartphone, o carro se torna um centro de tecnologia por si só. Inclusive, usuários de Android também devem sentir a diferença, já que o Android Auto também será removido.

A mudança representa um investimento significativo da GM em sua própria tecnologia, buscando criar um diferencial no mercado. A empresa acredita que, no longo prazo, essa abordagem será mais vantajosa para ela e para seus clientes, mesmo que a adaptação inicial possa gerar desconforto. Essa decisão mostra um foco em soluções de longo prazo.

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