Golpes Virtuais: O Que Você Precisa Saber Para se Proteger

Descubra quais golpes online estão causando prejuízos e como se proteger.
Atualizado há 11 horas
Golpes Virtuais: O Que Você Precisa Saber Para se Proteger
Fique atento aos golpes online e aprenda a se proteger eficientemente. (Imagem/Reprodução: G1)
Resumo da notícia
    • A cada ano, os golpes virtuais causam bilhões de reais em prejuízos no Brasil.
    • Proteja seu dinheiro conhecendo as fraudes mais comuns, como o golpe do WhatsApp.
    • Embora a maioria esteja ciente, as fraudes continuam a enganar muitas pessoas.
    • Manter-se informado e vigilant pode evitar perdas financeiras significativas.
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Os golpes digitais continuam a fazer vítimas no Brasil, com um prejuízo que ultrapassou os R$ 10 bilhões em 2024, um aumento de 17% em relação ao ano anterior. Uma pesquisa recente revelou que uma em cada quatro pessoas com mais de 16 anos já foi lesada por fraudes online. Os golpes mais comuns incluem o do WhatsApp, falsas vendas e falsos funcionários de banco, que exploram a vulnerabilidade e a falta de atenção dos usuários.

Os números são alarmantes e mostram que, apesar dos alertas, muitas pessoas ainda caem nessas armadilhas. Entender como esses golpes funcionam e quais são as principais estratégias utilizadas pelos criminosos é crucial para se proteger e evitar prejuízos financeiros.

Em agosto do ano passado, a aposentada Lourdes Diana, de 77 anos, recebeu uma mensagem no WhatsApp de um contato com a foto de sua filha pedindo R$ 800 emprestados. Sem desconfiar, Lourdes fez um pix de R$ 1 mil, acreditando que estava ajudando a filha. A história de Lourdes é apenas um exemplo entre os milhares de brasileiros que caíram no “golpe do WhatsApp”.

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Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), 153 mil pessoas foram vítimas desse golpe em 2024. Além do golpe do WhatsApp, as falsas vendas (150 mil vítimas) e o golpe do falso funcionário de banco (105 mil vítimas) também lideram o ranking das fraudes mais comuns.

O prejuízo total causado por esses golpes, segundo a Febraban, chegou a R$ 10,1 bilhões em 2024, um aumento de 17% em relação aos R$ 8,6 bilhões registrados no ano anterior. Mas por que tantas pessoas ainda caem nesses golpes, mesmo com a divulgação constante de informações sobre eles?

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Especialistas apontam três fatores principais: o alcance da internet, o imediatismo e a capacidade de manipulação dos golpistas. Wanderson Castilho, perito em crimes digitais, explica que quanto mais pessoas são atingidas, maior a probabilidade de alguém cair em um golpe. Além disso, a rapidez da internet faz com que as pessoas ajam sem pensar.

Outro ponto crucial é a falta de conhecimento sobre a tecnologia. Muitas pessoas não compreendem o poder da internet e, consequentemente, tornam-se mais vulneráveis à manipulação. Usando técnicas psicológicas, os criminosos conseguem enganar até mesmo os usuários mais experientes.

Uma pesquisa recente revelou que 24% dos brasileiros com mais de 16 anos já perderam dinheiro em golpes no último ano. Isso significa que quase uma em cada quatro pessoas já foi vítima de algum tipo de fraude cibernética, como clonagem de cartão, fraude na internet ou invasão de contas bancárias.

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O Instituto DataSenado estima que mais de 40,8 milhões de pessoas perderam dinheiro devido a crimes cibernéticos. A pesquisa foi realizada por telefone, o que indica que muitos casos podem não ter sido reportados à polícia ou aos bancos.

Os especialistas destacam que os mais jovens e os mais velhos são os mais vulneráveis a esses golpes. Os idosos, por não terem tanta familiaridade com a tecnologia, tendem a acreditar mais facilmente nas histórias dos criminosos, especialmente quando se fazem passar por familiares.

Já os jovens, por terem excesso de confiança e acreditarem que sabem tudo sobre tecnologia, acabam negligenciando os cuidados básicos e caindo em armadilhas. Os criminosos se aproveitam dessa confiança e da busca por agilidade e preços baixos.

Como Funcionam os Golpes Mais Comuns

Para se proteger, é essencial conhecer os golpes mais comuns e saber como eles funcionam. O golpe do WhatsApp, as falsas vendas e o golpe do falso funcionário de banco são os que mais fazem vítimas no Brasil.

Golpe do WhatsApp

Nesse golpe, os criminosos clonam a conta de WhatsApp da vítima. Para obter o código de segurança enviado pelo aplicativo, eles se passam por um serviço de atendimento ao cliente e solicitam o código. Ao fornecer o código, a vítima perde o controle da sua conta.

Para evitar esse golpe, é fundamental ativar a “verificação em duas etapas” no WhatsApp. Essa função permite cadastrar uma senha que será solicitada periodicamente pelo aplicativo. Nunca compartilhe essa senha com ninguém e não a insira em links suspeitos.

Falsas Vendas

Os criminosos criam sites e páginas falsas de lojas nas redes sociais e enviam promoções inexistentes por e-mail, SMS e WhatsApp. Os preços são geralmente muito abaixo dos praticados no mercado, o que atrai as vítimas.

Para não cair nesse golpe, desconfie de preços muito baixos e tome cuidado com links recebidos em mensagens e e-mails. Verifique sempre a reputação da loja antes de fazer qualquer compra e prefira pagar com cartão de crédito, que oferece mais segurança em caso de fraude.

Falsa Central Bancária ou Falso Funcionário

Nesse golpe, os criminosos se passam por funcionários de bancos ou empresas e entram em contato por telefone, informando sobre problemas na conta ou compras irregulares no cartão. Eles solicitam dados pessoais e financeiros da vítima e, em alguns casos, pedem transferências para regularizar a situação.

Para se proteger, verifique sempre a origem das ligações e mensagens recebidas. Os bancos podem entrar em contato para confirmar transações suspeitas, mas nunca solicitam dados pessoais, senhas ou transferências. Em caso de suspeita, desligue e entre em contato com o seu gerente ou canais oficiais do banco.

A Exposição de Dados Pessoais e a QINV inteligência artificial

Os vazamentos de dados pessoais, que expõem informações como nomes, endereços, telefones e senhas, representam um grande risco para os usuários. Com essas informações em mãos, os criminosos conseguem personalizar os golpes e torná-los mais convincentes.

Nos últimos cinco anos, o governo federal registrou quase 58 mil incidentes cibernéticos, incluindo mais de 9 mil casos de vazamento de dados em sistemas da União. Em novembro de 2024, a Polícia Civil de São Paulo descobriu uma quadrilha que vendia dados de mais de 120 milhões de pessoas.

Arthur Igreja, especialista em tecnologia e inovação, explica que os vazamentos de dados fornecem aos golpistas informações que tornam o contato mais crível. Ao confirmar dados como nome completo e endereço, a vítima tende a acreditar que está falando com alguém de confiança.

Como se Proteger dos Golpes Digitais

Adotar medidas simples de “higiene digital” pode ajudar a evitar grande parte das fraudes. Ative a verificação em duas etapas nos aplicativos, desconfie de preços muito abaixo do mercado, verifique a reputação de perfis comerciais e nunca compartilhe dados por mensagens ou ligações suspeitas.

Rony Vainzof, professor especializado em direito digital, proteção de dados e segurança cibernética, ressalta que as instituições financeiras jamais solicitam senhas ou códigos de autenticação. Ele destaca que a engenharia social, facilitada pelo uso da inteligência artificial e pela exposição de dados, exige um grau de atenção e cautela muito maior por parte das pessoas.

Além dos cuidados pessoais, é fundamental estruturar uma política nacional de cibereducação, fortalecer os mecanismos de normatização e garantir a aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados, bem como a repressão aos criminosos. Para saber mais sobre segurança, veja como a Microsoft elimina senhas com nova abordagem de segurança.

Embora a tarefa de se proteger seja individual, superar esse cenário exige mais do que medidas isoladas. Afinal, a internet é uma terra sem lei e cada um deve fazer a sua parte para evitar cair em golpes.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

Via g1.globo.com

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.