Google desiste de projeto para eliminar cookies de terceiros no Chrome

Google encerra projeto Privacy Sandbox e mantém cookies de terceiros no Chrome, mudando a estratégia de privacidade digital.
Atualizado há 4 horas
Google desiste de projeto para eliminar cookies de terceiros no Chrome
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • O Google anunciou o fim do Privacy Sandbox, projeto para substituir cookies de terceiros no Chrome.
    • Você terá mais controle sobre a coleta de dados, podendo aceitar ou recusar o rastreamento.
    • A decisão afeta a forma como a publicidade digital é feita e como seus dados são utilizados.
    • Concorrentes continuam pressionando por mais privacidade, mantendo o debate ativo no mercado.
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O Google anunciou o Fim do Privacy Sandbox, seu projeto ambicioso que buscava substituir os tradicionais cookies de terceiros no Chrome. A iniciativa visava criar novas tecnologias de publicidade direcionada, prometendo mais privacidade ao usuário. Agora, a empresa deve optar por um modelo mais clássico de escolha, onde o controle sobre o armazenamento de dados fica com o usuário. Essa decisão redefine o cenário da publicidade digital.

Inicialmente, o Privacy Sandbox tinha o objetivo de eliminar a necessidade de rastreamento individual, muitas vezes considerado invasivo. Com o cancelamento, parece que a gigante de Mountain View não está mais tão focada em remover esses cookies. Em vez disso, a estratégia se inclina para oferecer ao usuário a opção de aceitar ou negar a coleta desses dados.

O Fim do Privacy Sandbox e Seus Motivos

Apesar da decisão de encerrar o projeto, as justificativas oficiais do Google não são tão claras. A empresa explicou que o Privacy Sandbox enfrentou “baixos níveis de adoção” por parte da indústria. Além disso, houve um retorno de que o conjunto de tecnologias não estava entregando valor suficiente para justificar uma mudança tão significativa no ecossistema de anúncios.

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A falta de adesão pode estar ligada à complexidade das novas ferramentas propostas ou à hesitação de anunciantes e publicadores em se adaptar. Muitos esperavam uma transição mais fluida para um novo sistema de privacidade, mas os desafios técnicos e a percepção de valor não atenderam às expectativas. Essa dificuldade de implementação pode ter sido um fator decisivo.

O conceito por trás do Privacy Sandbox era criar um equilíbrio entre a privacidade do usuário e a sustentabilidade do ecossistema de publicidade. No entanto, a execução desse equilíbrio provou ser mais desafiadora do que o previsto. A dificuldade em engajar todos os participantes do mercado acabou por minar a continuidade do projeto.

Um Projeto Marcado por Críticas

O Google Chrome se mantém como o navegador mais popular do mundo há anos, mas não sem controvérsias. Rivais como Apple e Microsoft já expressaram preocupações sobre o uso do Chrome. Ambas as empresas emitiram comunicados incentivando seus usuários a considerarem outras opções, citando questões de segurança, privacidade e, claro, os cookies.

O Privacy Sandbox estava diretamente conectado a essas preocupações de privacidade levantadas por concorrentes como a Apple. As promessas do Google de proporcionar uma navegação mais segura e privada não se concretizaram com este projeto. Isso adicionou um elemento extra à rivalidade acirrada entre as grandes empresas de tecnologia, principalmente no que diz respeito ao controle de dados e publicidade. Para mais informações sobre como as grandes empresas navegam nesse cenário, vale a pena acompanhar as movimentações de mercado da Apple, que muitas vezes refletem a confiança dos investidores.

Dentro desse contexto de competição, o Google também busca integrar seus serviços em diversas plataformas. Por exemplo, o Google Wallet agora exibe atualizações de voos em celulares Samsung, mostrando a busca por conveniência e integração, enquanto a discussão sobre privacidade continua intensa.

Ao longo de sua existência, o projeto enfrentou diversos obstáculos e críticas. Veja os pontos-chave:

  • A primeira proposta do Sandbox era o FloC, que agruparia usuários com interesses de navegação semelhantes em grandes grupos dentro do navegador, ao invés de rastreá-los individualmente.
  • A Apple, concorrente, criticou fortemente o recurso FloC, fazendo uma alusão ao filme ‘Os Pássaros’. Isso sugeria que os rastreadores atacariam os usuários com grande força e de forma generalizada.
  • Mesmo órgãos reguladores importantes, como o CMA do Reino Unido, levantaram preocupações. Eles acreditavam que a iniciativa, na prática, beneficiaria mais o ecossistema de anúncios do próprio Google, consolidando sua posição no mercado.
  • A concorrência, incluindo empresas como a Samsung, temia que, ao eliminar os cookies de terceiros, o Google usaria sua posição de liderança para dominar ainda mais o mercado de anúncios digitais, criando um ambiente desfavorável para outros players.
  • Publicadores de conteúdo e anunciantes expressaram que as APIs propostas eram complexas de implementar. Além disso, elas apresentavam um desempenho abaixo do esperado, o que dificultava a transição para o novo modelo.
  • Apesar de todas as notícias desafiadoras em relação a esses projetos, o Chrome ainda mantém uma fatia de mercado de 70% em dispositivos móveis e desktops, demonstrando sua forte presença global.
  • O fato de muitos usuários continuarem a utilizar o navegador Google Chrome aponta para a boa integração e facilidade de uso como fatores decisivos na escolha do software, mesmo em meio a debates sobre privacidade.
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Apesar de o Google ter voltado atrás na eliminação total dos cookies de terceiros no Chrome, a pressão por mais privacidade e controle dos dados não diminui. A Microsoft, com seu navegador Edge, e a Apple, com o Safari, continuam sendo competidores fortes. Essas empresas frequentemente destacam a privacidade como um diferencial. A Apple, por exemplo, enfrenta seus próprios desafios regulatórios que moldam suas políticas de privacidade.

Ainda que o sistema de cookies clássico seja mantido, é certo que os rivais continuarão a monitorar e a desafiar as decisões da gigante de tecnologia. O Chrome continua sendo o navegador mais utilizado no mundo, o que o coloca constantemente sob os holofotes do mercado e da regulamentação. O futuro da publicidade digital e da privacidade do usuário no Chrome dependerá das próximas implementações e da resposta dos usuários e da indústria.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.