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- A Google está investindo pesado em um modelo mundial de IA para criar um assistente universal.
- O objetivo é superar a Microsoft na corrida pela liderança em inteligência artificial.
- Isso pode redefinir a forma como interagimos com a tecnologia no futuro.
- A estratégia também visa proteger o negócio de buscas da Google, avaliado em US$ 200 bilhões.
A Google está apostando alto no modelo mundial de IA, visando construir uma camada operacional de inteligência artificial antes que a Microsoft domine a interface do usuário. Após o evento I/O 2025, ficou evidente que a empresa está concentrando seus esforços em IA, sob a marca Gemini, integrando inovações rapidamente em seus produtos. Mas será que essa estratégia ousada vai dar certo?
A gigante de buscas não quer apenas lançar funcionalidades chamativas. A ambição é criar um sistema operacional para a era da IA, um “modelo mundial” capaz de alimentar um assistente universal. Este assistente entenderia o ambiente físico, raciocinaria e agiria em nosso nome. Será que a Google conseguirá superar a concorrência e manter seu império de buscas?
A empresa está processando 480 trilhões de tokens por mês, um aumento de 50 vezes em relação ao ano anterior. Além disso, mais de 7 milhões de desenvolvedores estão utilizando a API Gemini, um crescimento de cinco vezes desde o último I/O. Os custos unitários estão caindo, e o AI Mode e o AI Overviews testam a latência e a qualidade da IA em tempo real.
O controle do assistente universal
A Google está investindo pesado no que chama de “modelo mundial”, buscando criar uma IA com profundo entendimento do mundo real. Mas surge uma questão crucial: quanto controle a empresa quer ter sobre este assistente? Será que a prioridade é salvar seu negócio de buscas de US$ 200 bilhões, ou abrir a tecnologia para outros desenvolvedores e empresas?
A empresa nem sempre prioriza a construção de produtos para terceiros com a mesma clareza que a Microsoft. Isso porque mantém funcionalidades importantes reservadas para seu motor de busca. No entanto, a Google está se esforçando para fornecer acesso aos desenvolvedores sempre que possível. Um exemplo disso é o Project Mariner, que terá seus recursos de automação de navegador liberados via Gemini API.
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A visão de Demis Hassabis
A visão mais clara do projeto da Google veio de Demis Hassabis, CEO do Google DeepMind. Ele afirmou que a empresa continua a investir em inteligência artificial geral (AGI). Hassabis explicou que o objetivo é estender o Gemini para se tornar um “modelo mundial”, capaz de planejar e simular novas experiências, como o cérebro humano.
Este modelo mundial aprenderia os princípios de como o mundo funciona, simulando causa e efeito e aprendendo por observação. Um exemplo disso é o trabalho do Google DeepMind em modelos como o Genie 2, que gera ambientes de jogos interativos a partir de imagens ou textos.
Hassabis tem apresentado o conceito de “modelo mundial” e seu assistente universal desde o final de 2024. Sundar Pichai e Josh Woodward também ecoaram essa visão no palco do I/O. Enquanto outros líderes de IA discutem modelos mundiais, a Google é a única que liga esse conceito à sua estratégia de assistente universal.
O CEO Sundar Pichai reforçou essa ideia, mencionando o Project Astra, que explora as capacidades futuras de um assistente de IA universal capaz de entender o mundo ao seu redor. Esses recursos estão sendo integrados ao Gemini Live. Josh Woodward detalhou o objetivo do aplicativo Gemini de ser o assistente de IA “mais pessoal, proativo e poderoso”.
As novas ferramentas de desenvolvedor apresentadas no I/O são peças fundamentais. O Gemini 2.5 Pro e o eficiente 2.5 Flash formam a inteligência central. A Google também apresentou o Gemini Diffusion, indicando sua disposição em ir além das Transformer stacks para melhorar a eficiência. Todas essas capacidades estão sendo integradas em um conjunto de ferramentas que inclui AI Studio, Firebase Studio e Vertex AI.
Defendendo o mercado de buscas
Este projeto ambicioso é impulsionado pelas capacidades de P&D da Google e pela necessidade estratégica de defender seu negócio de buscas. No mercado de software empresarial, a Microsoft tem uma posição forte com o Copilot. Um executivo da Fortune 500 afirmou que a liderança da Microsoft no Office 365 será difícil de superar.
O caminho da Google para a liderança pode estar em redefinir a interação com a tecnologia, criando um assistente universal superior. Se a empresa entregar um assistente de IA verdadeiramente universal, ele poderá se tornar a nova camada indispensável para interagir com a tecnologia.
Mas essa investida na IA é uma corrida contra o tempo. A empresa precisa proteger seu motor de busca de US$ 200 bilhões, enquanto o reinventa. O Departamento de Justiça dos EUA ainda analisa a questão do monopólio da empresa, e a Europa também pode limitar a forma como o Gemini coleta dados da web.
Nos últimos meses, a Google tem trabalhado em várias frentes, e isso tem resultado em um crescimento mais rápido do que seus rivais. No entanto, a transição para a IA em grande escala é um desafio, como mostra o caso da Apple.
Enquanto isso, a Microsoft avança com o Microsoft 365 Copilot, o Azure AI Foundry e o Copilot Studio. A OpenAI também está avançando com o ChatGPT e planeja lançar uma oferta de anúncios, representando uma ameaça ao modelo de busca da Google. Além de criar modelos de ponta, a OpenAI está fazendo uma jogada vertical com a aquisição da IO de Jony Ive.
A Amazon também está pressionando com o Bedrock, que hospeda modelos da Anthropic, Meta, Mistral e Cohere.
Navegando no futuro da Google
A ambiciosa tentativa da Google de construir a inteligência fundamental para a era da IA apresenta oportunidades e desafios para os líderes empresariais:
- Mover-se agora ou adaptar-se depois: Ficar para trás pode resultar em reescritas dispendiosas quando as interfaces baseadas em assistentes se tornarem padrão.
- Aproveitar o potencial revolucionário: Para organizações que buscam adotar a IA mais poderosa, o “modelo mundial” da Google oferece um caminho para a inovação.
- Preparar-se para um novo paradigma de interação: O sucesso do “assistente universal” da Google significaria uma nova interface primária para serviços e dados.
- Considerar o longo prazo (e seus riscos): Alinhar-se com a visão da Google é um compromisso de longo prazo.
- Contrastar com alternativas focadas: Soluções pragmáticas da Microsoft oferecem produtividade empresarial agora. Uma estratégia diversificada, aproveitando o melhor de cada um, geralmente faz sentido.
O futuro da Google
O evento I/O da Google deixou claro que a empresa pretende arquitetar e operar a inteligência fundamental do futuro orientado por IA. A busca por um “modelo mundial” e as ambições de AGI visam redefinir a computação e garantir sua liderança.
A grande questão é a execução e o tempo. Será que a Google conseguirá inovar e integrar suas tecnologias mais rapidamente do que seus concorrentes? Será que conseguirá transformar as buscas e superar os desafios regulatórios? Os próximos anos serão decisivos. Se a empresa cumprir sua visão de “modelo mundial”, poderá inaugurar uma era de inteligência personalizada e ambiente, tornando-se a nova camada operacional para nossas vidas digitais.
Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.
Segunda: Via VentureBeat