Google irá lançar chatbot de IA destinado a crianças

O Google planeja lançar na próxima semana o Gemini, seu chatbot de inteligência artificial, para crianças menores de 13 anos. Essa novidade é destinada àquelas que possuem contas do Google gerenciadas por seus pais. A iniciativa ocorre em um momento em que as empresas de tecnologia competem para atrair os jovens usuários para seus produtos de IA.

Em um e-mail recente enviado aos pais, o Google informou que os aplicativos Gemini estarão disponíveis em breve para os filhos. Com isso, as crianças poderão usar o chatbot para tirar dúvidas, obter ajuda com tarefas escolares e criar histórias.

Disponibilidade e Proteções do Gemini para Crianças

O chatbot estará disponível para crianças cujos pais utilizam o Family Link, um serviço do Google que permite aos pais configurar o Gmail e escolher serviços como o YouTube para seus filhos. Para criar uma conta infantil, os pais devem fornecer dados pessoais como nome e data de nascimento.

Segundo Karl Ryan, porta-voz do Google, o Gemini possui medidas de proteção específicas para usuários mais jovens, com o objetivo de impedir a produção de conteúdos inseguros. Além disso, o Google não utilizará os dados de crianças com contas Family Link para treinar sua IA.

A introdução do Gemini para crianças pode impulsionar o uso de chatbots entre essa faixa etária, enquanto escolas e outras instituições lidam com os impactos da IA generativa. Esses sistemas, treinados com grandes volumes de dados, conseguem produzir textos e imagens que se assemelham aos criados por humanos.

O Google e outras empresas estão competindo para conquistar os jovens usuários. Milhões de adolescentes já utilizam chatbots como auxiliares de estudo e ferramentas de escrita. No entanto, grupos de defesa dos direitos da criança alertam sobre os riscos que essas ferramentas podem representar, incluindo a invenção de informações.

Alertas e Recomendações sobre o uso do Gemini

Organizações como a Unicef alertam que os sistemas de IA podem confundir, desinformar e manipular crianças, que podem não entender que os chatbots não são humanos. A Unicef também destacou que a IA generativa pode produzir conteúdos perigosos.

Em seu e-mail para as famílias, o Google reconheceu alguns desses riscos, alertando que o Gemini pode cometer erros e sugerindo que os pais ajudem seus filhos a pensar criticamente sobre as respostas do chatbot. É fundamental que os pais ensinem seus filhos a verificar as informações fornecidas pelo Gemini.

A empresa também recomendou que os pais lembrem seus filhos de que o Gemini não é humano e que informações pessoais não devem ser inseridas no chatbot. Apesar dos esforços para filtrar conteúdos inadequados, o Google alertou que as crianças ainda podem encontrar materiais que os pais não desejam que elas vejam.

Ao longo dos anos, gigantes da tecnologia têm desenvolvido produtos e recursos voltados para crianças e adolescentes. Em 2015, o Google lançou o YouTube Kids, um aplicativo de vídeo independente voltado para famílias com crianças pequenas. No entanto, iniciativas para atrair crianças online têm gerado preocupações entre autoridades e defensores dos direitos infantis. É crucial estar atento aos conteúdos acessados pelos menores.

Histórico de Preocupações e Ações Legais

Em 2021, a Meta interrompeu os planos de lançar o Instagram Kids, uma versão do Instagram para menores de 13 anos, após procuradores gerais de vários estados enviarem uma carta à empresa, afirmando que ela não conseguiu proteger o bem-estar das crianças em suas plataformas.

Empresas como Google, Amazon e Microsoft já pagaram multas para resolver queixas de violação da Lei de Proteção à Privacidade Online das Crianças (COPPA). Essa lei exige que serviços online voltados para crianças obtenham permissão dos pais antes de coletar informações pessoais de menores de 13 anos.

Inicialmente, crianças com contas do Google gerenciadas pela família poderão acessar o Gemini sozinhas. No entanto, o Google informou que os pais serão notificados e poderão gerenciar as configurações do chatbot de seus filhos, incluindo a desativação do acesso. Os pais serão informados quando seus filhos acessarem o Gemini pela primeira vez.

O porta-voz do Google, Karl Ryan, garantiu que a abordagem para fornecer o Gemini para usuários jovens está em conformidade com a lei federal de privacidade online das crianças. É essencial que as empresas sigam as regulamentações para proteger os dados dos usuários.

QINV investimentos: Impacto do Gemini no Uso da IA por Crianças

O lançamento do Gemini para crianças levanta discussões importantes sobre o uso da inteligência artificial por essa faixa etária. É fundamental que pais e educadores estejam atentos aos benefícios e riscos associados ao uso de chatbots por crianças. A capacidade de obter ajuda com tarefas escolares e criar histórias pode ser um grande atrativo, mas é preciso garantir que o uso seja feito de forma segura e responsável.

A IA tem se mostrado uma ferramenta poderosa em diversas áreas, e sua aplicação na educação pode trazer muitas vantagens. No entanto, é preciso estar ciente dos desafios e garantir que as crianças utilizem essas ferramentas de forma crítica e consciente. O acompanhamento dos pais e a educação sobre o uso responsável da tecnologia são essenciais para garantir que os benefícios da IA sejam aproveitados ao máximo, minimizando os riscos.

O desenvolvimento de produtos e serviços voltados para crianças exige um cuidado redobrado com a privacidade e a segurança dos dados. As empresas de tecnologia devem seguir rigorosamente as leis e regulamentações, garantindo que as informações pessoais das crianças sejam protegidas. Além disso, é importante que os pais tenham controle sobre as configurações de privacidade e possam monitorar o uso que seus filhos fazem dessas ferramentas.

A chegada do Gemini para crianças pode ser um marco importante no uso da IA por essa faixa etária. No entanto, é preciso que pais, educadores e empresas de tecnologia trabalhem juntos para garantir que essa tecnologia seja utilizada de forma segura, responsável e benéfica para o desenvolvimento das crianças. O futuro da educação e da tecnologia depende de como lidamos com esses desafios.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

Via InfoMoney

André Luiz

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.