Google prepara melhorias para Health Connect no Android, enquanto projeto de código aberto enfrenta incertezas

Google investe em melhorias no Health Connect para Android com foco em funcionalidades nativas e sincronização.
Google prepara melhorias para Health Connect no Android, enquanto projeto de código aberto enfrenta incertezas
(Imagem/Reprodução: Androidauthority)
Resumo da notícia
    • O Android Open Source Project enfrenta atrasos e reavaliação pela Google, gerando dúvidas sobre seu futuro aberto.
    • Você poderá contar com o Health Connect coletando dados nativamente, aumentando a integração e a segurança dos seus dados de saúde.
    • A mudança no projeto pode afetar desenvolvedores e usuários, impactando a forma como aplicativos Android são personalizados e distribuídos.
    • Atualizações no app Gemini aprimoram o uso da câmera e organização de conteúdos, preparando para recursos em realidade estendida.
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A Google está reavaliando a maneira como lida com o Android, com sinais de que o projeto de código aberto pode se tornar mais fechado. Enquanto isso, o Health Connect para Android está recebendo uma atenção especial para se tornar uma alternativa mais robusta ao Apple Health. Além disso, o aplicativo Gemini está ganhando recursos para melhorar a organização e interação do usuário, buscando otimizar a experiência geral.

O Futuro Incerto do Android Open Source Project (AOSP)

A liberação do código-fonte do Android 16 QPR1, prevista para os celulares Pixel em setembro de 2025, foi adiada por várias semanas. Essa demora levanta discussões sobre o futuro do AOSP (Android Open Source Project), que é a versão de código aberto do sistema operacional Android. Historicamente, a Google costumava disponibilizar o código rapidamente após as atualizações.

O AOSP, licenciado sob a Apache 2.0, permite que qualquer pessoa modifique e redistribua o código sem pagar taxas à Google, nem ser obrigado a compartilhar suas alterações. É por isso que existem diversas versões customizadas, como a One UI da Samsung e o Hyper OS da Xiaomi, que são baseadas nesse projeto. A Google, no entanto, mantém controle sobre a compatibilidade e os serviços através do Google Mobile Services (GMS).

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Esse modelo permitiu que o Android se tornasse o sistema operacional móvel dominante globalmente, presente em carros, tablets e telas de avião. Contudo, o sucesso levou a Google a reconsiderar sua estratégia. A empresa agora busca mais controle, especialmente sob pressão de entidades reguladoras como a União Europeia, que criticam o monopólio da Google através do GMS.

Para desenvolvedores, a mudança representa um período de adaptação, já que a Google tem reduzido a acessibilidade pública do código. Mishaal Rahman, editor-chefe, notou que a Google não tem obrigação legal de liberar o código-fonte, e algumas versões do Android, como para Wear OS e Android TV, já não o têm. A exceção é o Android Automotive, onde a abertura é uma estratégia para atrair fabricantes de automóveis.

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Evolução do Health Connect para Android

O Health Connect para Android, presente em todo celular com Android 14 ou superior, começou apenas como um hub para reunir dados de saúde de outros aplicativos. Antes dele, aplicativos como Fitbit, Adidas Running, Strava e Google Fit armazenavam dados de formas diferentes, dificultando a comunicação entre eles para um panorama completo da saúde.

Essa ferramenta foi criada para padronizar a forma como os dados são armazenados e recuperados, facilitando a integração entre os aplicativos. Ela funciona como um aplicativo e uma API, permitindo ao usuário controlar quais aplicações acessam seus dados e por quanto tempo, mantendo tudo seguro e armazenado localmente no dispositivo. No entanto, inicialmente, não havia como sincronizar dados entre múltiplos dispositivos, o que limitava sua utilidade para quem usa vários aparelhos.

Ao contrário do Apple Health, que utiliza os sensores do iPhone ou Apple Watch para coletar métricas de saúde e fitness diretamente, o Health Connect dependia exclusivamente de terceiros para obter dados. Esta diferença o tornava menos abrangente. Porém, novas descobertas indicam que a Google está adicionando suporte nativo para contagem de passos ao sistema Pixel.

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Essa funcionalidade significa que o Health Connect poderá coletar dados por conta própria, usando o acelerômetro do celular, sem precisar de um aplicativo extra. Este é um passo significativo para a Google transformar o Health Connect em uma plataforma mais completa, similar ao que o Apple Health oferece, embora ainda haja desafios a serem superados em termos de sincronização entre dispositivos e amplitude de dados.

Novidades no Aplicativo Gemini

O aplicativo Gemini está recebendo uma série de atualizações para aprimorar a experiência do usuário. Uma das principais novidades é a seção “Criado por você”, que reunirá todas as criações geradas pelo Gemini, incluindo imagens, vídeos, documentos de pesquisa e códigos. Essa galeria organizada facilitará o acesso, diferentemente de antes, onde era preciso procurar em conversas antigas.

Outra melhoria é para o recurso Gemini Live, que permite compartilhar a câmera do celular. Ao apontar a câmera para um local e fazer perguntas, o aplicativo exibirá cartões de informação do Google Maps, mostrando nome, tipo de local, avaliação média e número de avaliações. Isso adiciona contexto visual útil sem interromper a experiência de compartilhamento da câmera, algo que era uma lacuna anteriormente.

A Google está testando um novo design para a tela inicial do Gemini, trocando os botões fixos por um menu expansível e sugestões de prompts. Essa interface mais dinâmica visa tornar o início de conversas e o acesso a funcionalidades mais intuitivos. Especialistas acreditam que muitas dessas inovações, especialmente o compartilhamento de câmera, são preparativos para a chegada dos óculos de realidade estendida, como o Android XR.

O Android XR é um projeto que a Google está desenvolvendo em parceria com a Samsung e a Qualcomm, prometendo dispositivos como fones de ouvido e talvez óculos inteligentes. As interações aprimoradas do Gemini Live, como a integração com o Google Maps, parecem pensadas para uma navegação visual e contextualizada em realidade aumentada, indicando um futuro onde as informações serão acessadas de maneira mais imersiva.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.