Grupo chinês se passa por especialista e aplica golpe de R$ 1 milhão no Brasil

Polícia desmantela golpe milionário envolvendo falsos especialistas em investimentos no Brasil.
Publicado dia 4/09/2025
Grupo chinês se passa por especialista e aplica golpe de R$ 1 milhão no Brasil
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu integrantes de um grupo que aplicava golpes de investimentos usando a plataforma EBDOX.
    • Você deve ficar atento para não cair em golpes financeiros que prometem altos retornos fakes, como o da EBDOX.
    • Mais de 400 vítimas perderam dinheiro em um esquema que envolvia lavagem com criptomoedas e empresas fantasmas.
    • A operação resultou em buscas, apreensões e prisões em cinco estados brasileiros, mostrando a atuação coordenada dos criminosos.
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desmantelou um grupo criminoso que aplicava golpes de investimentos contra brasileiros. A operação envolveu a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) e ações operacionais em cinco estados: Roraima, Bahia, Paraná, Mato Grosso e São Paulo. Como resultado, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, medidas de sequestro de valores e três prisões temporárias.

Entendendo o Golpe de investimentos EBDOX

As investigações no Distrito Federal iniciaram em abril de 2024. Contudo, o golpe já estava em fases avançadas de execução. Por volta de outubro do ano passado, quando o sumiço do dinheiro repercutiu, a plataforma EBDOX já circulava como uma fraude na área de corretoras de criptomoedas, com várias denúncias de vítimas.

No site Reclame Aqui, que reúne as reclamações de clientes, há diversas postagens. Elas solicitam contato com os responsáveis e contam histórias sobre investimentos perdidos. Os valores eram variados, porém sem qualquer retorno por parte da companhia de fachada, que ignorava os apelos.

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A Operação EBDOX, batizada em referência à plataforma fraudulenta criada pelos suspeitos, teve um impacto significativo. Os acusados agora vão responder aos crimes de estelionato por meio de fraude eletrônica, organização criminosa e lavagem de dinheiro, mostrando a seriedade das acusações enfrentadas.

A Mecânica do Esquema Fraudulento

  • Os golpistas, de origem chinesa, estavam situados na capital São Paulo. Inicialmente, eles montaram uma rede formada por brasileiros, que tinham como objetivo coordenar grupos de WhatsApp, um passo essencial para captar as vítimas.
  • Nessa plataforma, um dos integrantes do grupo se identificava como doutor em Economia pela Universidade de São Paulo (USP). Ao demonstrar um suposto vasto conhecimento na área, ele prometia fornecer dicas e oportunidades de investimento com alto retorno financeiro.
  • Depois de um tempo e com a confiança estabelecida, o falso especialista convidava as vítimas a participarem de uma plataforma chamada EBDOX. O objetivo era realizar aplicações com a promessa de lucros elevados, algo que nunca aconteceu na prática.
  • Sempre que solicitavam saques, as vítimas eram informadas de que precisavam depositar uma garantia de 5% para liberar a transferência. No entanto, ela também não acontecia após os envolvidos alegarem que o serviço estava bloqueado por investigações da Polícia Federal.
  • Depois de meses de reclamações sem respostas, a EBDOX saiu do ar e os organizadores deixaram de responder as mensagens. Mais de 400 pessoas ficaram sem o dinheiro em depósitos, que em um caso específico chegou a R$ 220 mil.
  • As investigações descobriram que os funcionários brasileiros que trabalhavam nesses grupos eram monitorados a todo momento. Eles precisavam prestar informações em chinês aos responsáveis e recebiam criptomoedas como forma de pagamento, evidenciando uma operação coordenada.

Segundo a Polícia Civil do DF, foram várias empresas criadas pelos golpistas para movimentar a verba roubada. Uma única dessas companhias chegou a ter R$ 1 bilhão em capital social. O dinheiro era lavado via criptomoedas, créditos de carbono e exportação de alimentos de Boa Vista, capital de Roraima, para o país vizinho Venezuela, revelando um complexo esquema de lavagem de dinheiro.

Ficar por dentro das novidades em segurança digital e cibercrimes é essencial. A conscientização e o acesso à informação são ferramentas poderosas para ajudar a prevenir que mais pessoas caiam em golpes financeiros semelhantes.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.