Guia de Compra: Diferenças entre os Chips Apple M4 e M5

A Apple lançou recentemente o chip M5, que promete elevar o desempenho dos seus dispositivos. Este novo processador traz melhorias significativas para tarefas que exigem muito do CPU, GPU e inteligência artificial (IA). Mas, o que realmente muda quando comparamos o M4 vs M5, que foi introduzido em maio de 2024?

Desempenho Aprimorado do Chip M5

O chip M5 da Apple representa um salto em várias áreas cruciais. Ele oferece um desempenho multithreaded da CPU até 15% mais rápido. Isso significa que, em tarefas que utilizam múltiplos núcleos do processador, o M5 consegue processar as informações de forma mais eficiente e veloz. Para quem trabalha com edição de vídeo ou compilação de código, essa diferença pode ser bem notável.

No quesito gráfico, o M5 não fica para trás, apresentando um desempenho geral da GPU até 30% superior. Além disso, o chip entrega um desempenho até 45% mais rápido no ray tracing, uma técnica avançada de renderização que simula o comportamento da luz para criar gráficos mais realistas. Isso é ótimo para jogos e aplicativos de design 3D, onde a qualidade visual é fundamental. Se você gosta de jogos, o Apple Arcade pode se beneficiar dessas melhorias.

A largura de banda da memória unificada também recebeu um empurrão, com 27,5% a mais no M5. Isso significa que o chip consegue mover dados entre o processador, a memória e a GPU de forma muito mais rápida, o que é crucial para aplicativos pesados e multitarefas. Uma maior largura de banda ajuda a manter tudo funcionando sem gargalos, especialmente em fluxos de trabalho intensivos.

Além dessas melhorias gerais, a Apple divulgou ganhos mensuráveis em aplicações específicas que usam IA. Isso mostra o foco da empresa em tornar seus chips mais preparados para as crescentes demandas da inteligência artificial. O M5 é projetado para lidar com tarefas de IA de forma mais ágil e potente, impactando diretamente o uso de diversas ferramentas.

O Foco do M5 em Inteligência Artificial

Com o M5, a Apple realmente apostou em um design centrado em IA. A nova arquitetura da GPU agora inclui um Neural Accelerator dedicado em cada núcleo da GPU. Para contextualizar, este novo chip oferece mais de seis vezes o desempenho de computação de pico da GPU para IA, se comparado ao chip M1, lançado anteriormente.

As melhorias não param por aí. A Apple também destacou avanços no Neural Engine, na largura de banda da memória e nas APIs de desenvolvedores, que agora suportam modelos de IA executados diretamente no aparelho. Essas mudanças de hardware em relação ao M4 são bem significativas, tornando o M5 mais robusto para futuras aplicações de inteligência artificial.

A otimização para IA é evidente em vários resultados práticos. O M5 alcança mais de 4 vezes o pico de desempenho de computação da GPU para IA. Isso se traduz em um tempo 3,6 vezes mais rápido para o primeiro token em modelos de linguagem grandes (LLM), o que é essencial para respostas rápidas de assistentes virtuais e outras ferramentas de processamento de linguagem natural.

Outros exemplos incluem um processamento 1,8 vezes mais rápido no Topaz Video Enhance AI, 1,7 vezes mais rápido na renderização com ray tracing no Blender e uma melhoria de 2,9 vezes no aprimoramento de fala por IA no Premiere Pro. Esses números mostram que, para profissionais que dependem de IA, a diferença entre o M4 e o M5 é substancial. Para quem busca um novo dispositivo, a notícia sobre os novos lançamentos da Apple pode ser muito útil.

Diferenças Técnicas entre M4 e M5

Para entender melhor as novidades, vale a pena olhar a ficha técnica do M4 vs M5. O chip M4 foi produzido com a tecnologia de 3nm de segunda geração da TSMC (N3E), enquanto o M5 já usa a terceira geração, a N3P. Isso pode parecer um detalhe, mas impacta a eficiência e o número de transistores possíveis no mesmo espaço.

Uma grande mudança é a inclusão do Neural Accelerator em cada núcleo da GPU do M5, algo que não estava presente no M4. Essa inovação é o motor por trás dos ganhos de desempenho em IA. As APIs de desenvolvedores também evoluíram, com o M5 suportando Metal 4 com Tensor APIs, que permitem programar diretamente os Neural Accelerators da GPU. O M4, por sua vez, utilizava Metal 3.

O motor de ray tracing também foi aprimorado, passando da segunda para a terceira geração no M5. O dynamic caching, que ajuda a otimizar o uso da memória, também avançou da primeira para a segunda geração. E para quem trabalha com projetos grandes, o suporte de armazenamento interno do M5 dobrou, indo de 2TB para até 4TB, o que é um grande benefício.

Por fim, a largura de banda da memória unificada do M5 é de 153 GB/s, contra 120 GB/s do M4, um aumento que faz a diferença em tarefas que exigem muita memória. Isso sem falar nos núcleos de shader, que foram aprimorados no M5, garantindo ainda mais eficiência gráfica. Essa diferença pode ser notada em dispositivos como o MacBook Pro M4 de 14 polegadas, que recebeu um desconto de US$ 250 nos EUA, mas essa promoção não é válida no Brasil. O M4 já era potente, mas agora tem um sucessor ainda mais capaz.

Quem se Beneficia Mais do M5?

Para quem tem cargas de trabalho que envolvem inferência de IA no dispositivo, renderização 3D complexa ou outras tarefas que dependem muito da GPU ou da memória, a mudança do M4 para o M5 faz uma diferença e tanto. A combinação de Neural Accelerators por núcleo, maior largura de banda de memória e a nova arquitetura de GPU resulta em aumentos de velocidade consideráveis em certas operações de IA.

Em ambientes onde o tempo para obter um resultado impacta diretamente o fluxo de trabalho — como em LLMs locais, modelos de difusão, aprimoramento de vídeo ou renderização para produção e jogos com ray tracing — o M5 representa uma evolução marcante, e não apenas uma pequena atualização. Os dispositivos que contam com essa tecnologia, como o Apple Vision Pro, oferecem uma experiência aprimorada.

No entanto, para o uso diário comum, como navegar na internet, trabalhar com documentos de escritório, reproduzir mídias ou fazer edições básicas, a diferença dificilmente será notada. O M4 já era um chip de alta performance que geralmente superava as exigências das tarefas normais em Macs e iPads, deixando pouco espaço para o M5 mostrar toda a sua força em cenários não especializados.

Para o usuário médio, dispositivos equipados com o M4 continuam sendo praticamente indistinguíveis daqueles que rodam com um M5 em termos de experiência. Por isso, não há motivo para desanimar se você já tem ou pensa em comprar uma máquina com M4. Mas, se o plano é manter o aparelho por muitos anos, os dispositivos com M5 podem ser mais preparados para o futuro, lidando melhor com as ferramentas de IA que estão cada vez mais populares.

Atualmente, o chip M5 está disponível apenas no MacBook Pro de 14 polegadas, no mais recente iPad Pro e no Apple Vision Pro. Espera-se que variantes mais potentes, como o M5 Pro e M5 Max, sejam lançadas em futuros modelos de Mac. A Apple continua aprimorando sua linha de processadores, sempre buscando o que há de mais recente em tecnologia.

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