Hideo Kojima confirma relação do Brasil com missão em Death Stranding 2

O famoso desenvolvedor Hideo Kojima, conhecido por seus trabalhos em jogos como Death Stranding 2 e Metal Gear Solid, visitou o Brasil para a Brasil Game Show 2025. Durante o evento, Kojima participou de uma coletiva de imprensa, onde revelou uma ligação entre o novo título da Kojima Productions e temas do cotidiano brasileiro. Embora a história principal se desenrole nos Estados Unidos, México e Austrália, ela aborda questões globais que ressoam com a realidade de muitos países, incluindo o Brasil.

A participação de Kojima na BGS gerou bastante entusiasmo e expectativa entre os fãs. Ele aproveitou a oportunidade para compartilhar detalhes sobre como o enredo do jogo se conecta com vivências e problemas enfrentados por diferentes culturas. Continue lendo para descobrir como o Brasil se encaixa na narrativa de Death Stranding 2, mas fique atento a alguns leves spoilers da história.

Missão dos Incêndios e a Conexão Brasileira no Death Stranding 2

Em uma das primeiras missões que os jogadores encontram ao explorar a Austrália em Death Stranding 2, Sam Porter Bridges recebe a tarefa de resgatar um canguru. Este animal está preso em uma floresta devastada por chamas intensas. A sequência do jogo mostra Sam capturando a criatura em meio ao fogo.

Nesse momento crucial, uma nova personagem entra em cena para ajudar a controlar a situação. Trata-se de Rainy, que faz sua estreia na narrativa do segundo jogo da franquia. Ela chega a bordo da nave DHV Magalhães, e sua habilidade especial é controlar a chuva temporal.

Rainy usa seu poder singular para extinguir os incêndios que consomem a floresta. Através de uma série de cenas, os jogadores conhecem melhor essa nova integrante da equipe de Fragile. A personagem é interpretada pela atriz Shioli Kutsuna e possui uma história marcante.

Apesar de ter um passado melancólico, a trajetória de Rainy é cheia de significados. Em Death Stranding 2, ela é agraciada com a capacidade de curar pessoas afetadas pela chuva temporal. Contudo, essa mesma tempestade a acompanha constantemente, como uma espécie de maldição.

O Brasil na História de Death Stranding 2

A maldição e o poder de Rainy são elementos importantes na missão do canguru, pois suas habilidades são essenciais para acabar com o incêndio na floresta australiana. Quando a personagem desembarca da nave, a chuva temporal começa a cair, cessando as chamas e enchendo o vale com uma grande quantidade de água.

Mesmo com a Austrália como cenário principal e a presença de um canguru, um animal característico da região, Hideo Kojima explicou que a mensagem por trás dessa missão é mais ampla. Ele afirmou que o objetivo é abordar temas que afetam países distantes, como o Brasil e o Japão.

Kojima destacou a intenção de enviar uma mensagem sobre eventos climáticos extremos. “É claro que temos essa relação. Assim como no Brasil, no Japão também acontecem incêndios de grande escala, ou então quando temos longas chuvas que causam inundações”, ressaltou o desenvolvedor. Esses fenômenos, infelizmente, são cada vez mais comuns em diversas partes do mundo.

As mudanças climáticas não são exploradas apenas nesta missão específica, mas aparecem em outros momentos da experiência de jogo de Death Stranding 2. Uma das grandes novidades do game são as inundações e chuvas intensas que podem causar a destruição das construções feitas pelos jogadores, adicionando um desafio extra.

Explorando a Solidão e as Conexões no Jogo

Durante a coletiva de imprensa realizada no Brasil, Hideo Kojima fez questão de reforçar outro tema central em Death Stranding 2: a solidão. Embora o jogo tenha como premissa principal conectar pessoas em um mundo pós-apocalíptico e desolado, o desenvolvedor comentou sobre a sensação de isolamento que cerca o protagonista.

Sam Porter Bridges, interpretado por Norman Reedus, enfrenta eventos traumáticos ao longo da sequência, o que intensifica seu sentimento de solidão. Para Kojima, “mesmo quando você tem uma possibilidade de conexão, você sente solidão”. Ele argumentou que, na era digital de hoje, com a conectividade global, a solidão ainda persiste.

“Hoje em dia é tudo online, então não é possível você ficar completamente sozinho desde que você tem conexão para o mundo inteiro. Mesmo assim, existe solidão”, explicou Kojima. Ele também mencionou o impacto da pandemia em sua própria vida e no desenvolvimento do jogo. Muitos de nós, inclusive, já tivemos que lidar com problemas comuns de celular que você pode resolver sozinho em casa.

Kojima revelou que ficou doente e se sentiu sozinho durante esse período, o que influenciou profundamente a criação do game. “Eu sofri bastante e, mesmo nessa condição, tive que desenvolver o jogo”, afirmou. Essa experiência pessoal trouxe uma camada ainda mais profunda para a narrativa sobre isolamento e superação.

O desenvolvedor enfatizou que sua mensagem final no game é que “conexão demais, não é nada bom”, fazendo um paralelo com os desafios de relacionamento e interação social vividos durante a pandemia do coronavírus. Além disso, a capacidade de limitar os dados que sua operadora de celular coleta sobre você pode ser uma forma de gerenciar essa “conexão demais”.

Apesar dessa visão sobre o excesso de conexões, Kojima ressaltou a importância de eventos presenciais como a BGS. Ele valoriza a oportunidade de se encontrar com os fãs pessoalmente, algo que seria impossível se tivesse seguido uma linha de isolamento extremo. É uma prova de que a interação humana ainda tem seu valor.

Death Stranding 2: On The Beach está disponível para ser jogado no PS5. Você também pode aproveitar outros jogos, como os que o Xbox Game Pass adiciona três novos jogos para aproveitar no fim de semana. A Brasil Game Show, que recebe grandes nomes como Kojima, ocorre até hoje (12) no Anhembi, em São Paulo.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.