História da caça de baleias no Brasil e EUA: contrastes e impactos ambientais

Descubra as diferenças na caça de baleias entre Brasil e EUA no século 19 e os impactos ambientais que persistem até hoje.
Atualizado há 5 horas atrás
História da caça de baleias no Brasil e EUA: contrastes e impactos ambientais
Baleias em perigo: como a caça no Brasil e EUA no século 19 deixou suas marcas. (Imagem/Reprodução: Redir)
Resumo da notícia
    • A caça de baleias no século 19 teve trajetórias distintas no Brasil e nos EUA, com impactos ambientais significativos.
    • Você entenderá como a exploração desenfreada de recursos naturais pode ter consequências duradouras.
    • A sociedade reflete hoje sobre os custos do progresso e a necessidade de sustentabilidade.
    • O artigo também destaca a diferença tecnológica entre os países e seu papel na atividade baleeira.
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Você sabia que a caça de cetáceos já foi vista como sinônimo de progresso? Em 2025, o jornalista Marcelo Leite da Folha de S.Paulo nos leva a refletir sobre a trajetória da baleação e suas consequências. O artigo original explora como a matança de baleias no Brasil do século 19 se contrastava com a dos EUA, onde a atividade baleeira impulsionou o desenvolvimento, mas deixou um rastro de destruição ambiental.

Brasil e EUA: Rota Divergente na Baleação

Brasil e Estados Unidos, duas colônias americanas escravocratas de dimensões continentais, trilharam caminhos bem diferentes. Uma dessas divergências, pouco explorada, é a história da caça de baleias no Brasil durante o século 19. Enquanto o Brasil via essa atividade declinar, os navios norte-americanos a transformavam em um lucrativo negócio.

Em 4 de novembro de 1869, um telegrama de Itajaí, Santa Catarina, relatava o encalhe de uma baleia morta em Praia Grande. A população já não via com frequência o “óleo de peixe”, essencial para a iluminação da época.

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O telegrama detalhava que o cetáceo foi abatido em alto-mar com uma bombalano, arma utilizada pelos americanos. Essa informação, presente no livro “Caçadores de Baleias” de Wellington Castellucci Junior, destaca a diferença tecnológica entre os dois países.

A bombilança, um canhão que lançava lanças explosivas, era uma inovação que causava grande destruição interna nos animais. Os baleeiros dos EUA, que antes frequentavam o Rio de Janeiro, agora podiam até mesmo abandonar baleias abatidas no mar, caso a extração da gordura não compensasse.

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Tecnologia e Produção: O Abismo entre Brasil e EUA

A tecnologia era um dos principais contrastes entre a caça artesanal brasileira e a americana. No Brasil, utilizavam-se barcos a remo, enquanto nos EUA, veleiros equipados permitiam caçadas mais eficientes. A mão de obra escravizada, que arriscava a vida para arpoar os animais, também marcava a diferença.

O Brasil, que já foi um grande exportador de óleo de baleia, viu sua produção minguar. O óleo de baleia era essencial para iluminar as cidades mais desenvolvidas, como o Rio de Janeiro, onde as ruas do centro consumiam 5.270 litros por mês.

O romance Moby Dick ilustra bem como a fervura da banha nas embarcações gerava grandes volumes de óleo, transportados em barris para as metrópoles. Durante 80 anos, entre os séculos 18 e 19, a região entre Santa Catarina e Pernambuco foi o principal ponto de baleação, atraindo baleias grávidas da Antártida para águas mais quentes.

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Segundo Castellucci, a Gazeta de New Bedford registrou a passagem de 1.392 navios americanos pela costa brasileira entre 1841 e 1845, com 800 deles tendo o Rio de Janeiro como destino. No entanto, a capital imperial servia mais como porto de serviço e abastecimento do que como base para a caça.

A coroa portuguesa mantinha o monopólio da atividade, o que impediu o desenvolvimento da baleação no Brasil. Já nos EUA, portos como Nantucket, Mystic e New Bedford perdiam espaço para Yerba Buena, na Costa Oeste, que se tornaria São Francisco em 1847. Os baleeiros americanos estavam de olho no Pacífico e nos cachalotes, cuja gordura produzia o valioso espermacete.

O Legado da Baleação: Desenvolvimento e Destruição

Com mão de obra assalariada, capital e liberdade empresarial, a caça de cetáceos impulsionou o desenvolvimento dos EUA, iluminando o país até a chegada do petróleo e da eletricidade. Mas essa prosperidade teve um custo: um oceano de sangue e um desastre ambiental. Hoje, essa destruição empalidece diante da crise climática e do massacre da biodiversidade.

A busca por alternativas energéticas e a crescente preocupação com a sustentabilidade levantam debates importantes sobre o futuro do nosso planeta. A história da baleação serve como um lembrete dos impactos que a exploração desenfreada dos recursos naturais pode causar.

Naquela época, inovações como a bombalano eram vistas como progresso, mas hoje questionamos o verdadeiro custo desse avanço. A One UI 7 da Samsung está trazendo mais controle sobre a bateria dos smartphones, mostrando uma crescente preocupação com a sustentabilidade até na tecnologia.

O desenvolvimento tecnológico, se não for acompanhado de responsabilidade ambiental e social, pode levar a consequências devastadoras. A história da caça de cetáceos é um alerta para que busquemos um futuro mais equilibrado e consciente.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Folha de S.Paulo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.